sábado, 24 de novembro de 2012

Piso Salarial Nacional

Ministro do STF nega suspensão de reajuste para professores

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa negou pedido de liminar (decisão provisória) de seis governadores para suspender o índice de reajuste do piso nacional de professores da rede pública, definido em lei de 2008.
O critério atual leva em conta o aumento no valor gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Com base nesse parâmetro, o reajuste deste ano foi de 22,22% em relação ao valor pago ano passado --o salário subiu de R$ 1.187 para R$ 1.451.
Com dificuldade para cumprir a regra, muitos Estados ainda não pagam o valor estipulado.
Em sua decisão, o ministro argumentou que o Supremo já considerou constitucional a fixação do piso para a rede pública em 2011 e que esse questionamento sobre o mecanismo de reajuste deveria ter sido feito nesta ação.
"Essa omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do texto impugnado", disse.
Barbosa rebateu ainda tese dos governadores de que pode faltar recursos para pagar a correção. Ele sustenta que previsão legal obriga a União a complementar os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos. "Toda e qualquer alegação de risco pressuporia prova de que o governo federal estaria a colocar obstáculos indevidos à legítima pretensão dos entes federados a receber o auxílio proveniente dos tributos pagos pelos contribuintes de toda a Federação".
Para o relator, há a judicialização precoce da questão. "Sem a prova de hipotéticos embaraços por parte da União, a pretensão dos requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e político previstos pelo próprio ordenamento jurídico para correção dos deficits apontados", disse.
O mérito da ação ainda será analisado pelo plenário do Supremo, mas não há previsão para ocorrer.
Os governadores defendem um novo parâmetro que permita um menor impacto nas contas públicas. Segundo a ação, a fórmula atual causa um impacto de tal forma no orçamento dos Estados que pode comprometer os demais serviços dos governos estaduais e municipais e inviabilizar investimentos.
Na ação, os Estados destacam a diferença entre o reajuste atual e o que seria aplicado com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O INPC acumulado em 2011 foi de 6,08%.
"O sistema, por certo, retira dos entes federados todo e qualquer controle sobre seus orçamentos, cabendo a um órgão da Administração Federal, a definição dos reajustes, a partir de critérios inseguros e imprevisíveis", diz a ação.
O documento é assinado por governadores dos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Entre eles, há apenas um petista: o governador Tarso Genro, ex-ministro da Educação.
Ao validar o piso no ano passado, o Supremo entendeu que ele deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais, como vale-refeição e gratificações. A decisão teve origem em outra ação direta de inconstitucionalidade proposta pelos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará.

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Mercadante inicia entrega de tablets para professores do Ensino Médio

Para ministro, começar a capacitação dos professores do Ensino Médio para uso dos tablets é uma medida estratégica

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, entregou 200 tablets aos coordenadores estaduais do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado) e representantes de 18 universidades federais participantes do programa. Os equipamentos são destinados à capacitação de professores. “Há uma demanda explosiva por educação no Brasil. A desigualdade social está na escola”, disse o ministro em solenidade realizada hoje (20), em Brasília.
Para Mercadante, começar a capacitação dos professores do ensino médio para uso dos tablets é uma medida estratégica. “Estamos discutindo como melhorar o ensino médio e temos que fortalecer o professor dentro de sala de aula e o melhor caminho é o tablet”, avaliou Mercadante.
Foram licitados pela pasta dois modelos de tablets, um com 7 polegadas (17,78 centímetros) e outro com 9,7 polegadas (24,638 centímetros). As vencedoras foram as empresas brasileiras Positivo e Digibras. Os estados e municípios podem aderir diretamente ao registro de preços, cuja ata terá vigência até junho de 2013.
Para dar início à capacitação pedagógica de professores do ensino médio da rede pública de todo país, o ministério adquiriu 5 mil unidades de tablets para serem utilizados no projeto piloto do Proinfo Integrado. A entrega dos aparelhos nas escolas será realizada em 2013. Os coordenadores do programa farão curso de formação para, em seguida, treinar os multiplicadores, que formarão os professores em cada estado participante.
O modelo de 7 polegadas para distribuição nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste tem um custo aos cofres públicos de R$ 278,90 e, para o Nordeste e Sul, de R$ 276,99. Já o modelo de 9,7 polegadas será adquirido pelos estados pelo valor de R$ 461,99 para o Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste e de R$ 462,49 para Nordeste e Sul. De acordo com o ministro, um tablet de 7 polegadas com as mesmas especificações é vendido no mercado brasileiro por R$ 799, em média.
Segundo Mercadante, com a entrega de novas tecnologias da informação, os professores e as escolas públicas vão poder combinar os equipamentos com as demais mídias. Ele citou o Portal do Professor, onde estão disponíveis cerca de 15 mil aulas criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Além disso, o ministro destacou que todas as obras literárias e livros didáticos adquiridos pela pasta também estão disponíveis no equipamento.
O Ministério da Educação (MEC) transferiu este ano R$ 117 milhões a 24 estados e Distrito Federal para compra de 382.317 tablets, que serão destinados inicialmente a professores de escolas de ensino médio do país.
Mercadante anunciou também que na próxima sexta-feira (23), ministros da Educação dos países do Mercosul vão se reunir em Brasília e lançarão um programa de intercâmbio digital.

Fonte: Agência Brasil

Dilma quer todo o royalty do petróleo na Educação

"Se não tivermos Educação não vamos longe", afirmou a Presidente Dilma Rousseff

A presidente Dilma Rousseff disse que a economia brasileira tem que crescer no mínimo 4% ao ano. Ela adiantou que a grande prioridade do seu governo será o investimento em Educação. Para isso, ela vai reapresentar, no âmbito do Plano Nacional de Educação, a destinação dos royalties do petróleo integralmente para essa área. Dilma também ressaltou a importância do pragmatismo na gestão governamental e, em especial, em relação ao tripé macroeconômico - superávit fiscal, regime de câmbio flutuante e meta de inflação. "Acho que todo governo tem que ser pragmático", assinalou. "Um governo não pode achar que tem um receituário e que vai seguir aquele receituário" a qualquer custo, disse ela.
Depois de almoçar com o rei da Espanha, Juan Carlos I, e de ter tido um encontro com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, Dilma participou de um seminário organizado pelo Valor e pelo jornal "El Pais", ontem em Madri. Antes de abrir o seminário "Brasil no Caminho do Desenvolvimento", Dilma recebeu o Valor para uma entrevista.
Ela ressaltou a importância da competitividade da indústria brasilei para sustentar o crescimento do país que precisasegundo sua avaliação, ser de pelo menos 4% ao ano. Dilma anunciou que o governo prepara um conjunto de medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais e disse que é um consenso em seu governo que a indústria é fundamental pelo efeito multiplicador do seu crescimento sobre toda a economia.
Valor: Países latino-americanos se queixam das barreiras alfandegárias brasileiras e outros países estão se unindo em blocos direcionados ao Pacífico. Isso preocupa?
Dilma Rousseff: Eles estão fechando essa aliança porque acham que terão uma oportunidade maior lá e houve uma certa indução dos Estados Unidos. Nós não levantamos barreiras. Nós somos um dos países que sofreram as consequências mais dramáticas, e a União Europeia também, dos "quantitative easing" todos, porque ninguém segura uma desvalorização da moeda na proporção que eles fizeram. Não existe nenhuma política de protecionismo mais eficaz do que essa que foi feita, ao não só desvalorizarem o dólar, também, mas ao diminuírem o custo do capital.
"Não é que tenhamos que proteger a nossa indústria, nós temos é que torná-la cada vez mais competitiva"
Valor: Mas a saída para o Pacífico é viável?
Dilma: Acho que eles tentam essa saída, mas a saída para o Pacífico é complexa porque é uma saída para onde, para a China? Nós temos uma relação com a China de outra qualidade, nós queremos manter o comércio, as commodities, mas queremos - e os chineses mesmo reconhecem que é possível - aumentar as vendas de produtos manufaturados e agregar valor. Quando se fala que vai haver uma modificação no modelo chinês, não significa que eles vão diminuir os investimentos, eles vão diminuir a formação bruta de capital fixo ligada à produção de infraestrutura e vão aumentar a produção industrial ligada ao consumo mais sofisticado. Não é que eles vão dar mais salário, eles vão aumentar os investimentos, vão ter que ter manufaturas mais sofisticadas. O que nós queremos é participar desse esforço porque eles vão produzir, mas também vão importar. Eu acredito que tem lugar para todo mundo. Os países que fazem a Aliança do Pacífico, eles têm vantagens em fazer isso e eu tenho a impressão que é uma aliança mais para os Estados Unidos. Mas esse não é o tipo de problema que se coloca para uma economia como a brasileira. Nós temos que ter uma relação com os EUA e eu tenho certeza de que a partir da reeleição do [Barack] Obama vamos poder acelerar essa relação, mas nós não somos um país de bens primários. E de uma coisa vocês podem ter certeza: dentro do governo há uma convicção de que nós não iremos para um caminho de desenvolvimento se nós não dermos importância à indústria.
Valor: Por quê?
Dilma: A indústria é importante para articular os demais setores, ela tem um poder de inovação que se espraia pela economia, ela é decisiva para nós que precisamos aumentar a formação bruta de capital fixo, que precisamos elevar nossa taxa de investimento. Nós temos obrigação de ter os olhos voltados para a indústria. Não é que tenhamos que proteger a nossa indústria, nós temos é que torná-la cada vez mais competitiva. E a indústria não se tornará competitiva se nós não tivermos uma parceria público-privada, ou seja, o Estado e o setor privado brasileiros vão ter de fazer um esforço inaudito.
Valor: A desvalorização da taxa de câmbio, como a que ocorreu nos últimos meses, seria, então, uma forma de fazer essa transição para uma indústria mais competitiva?
Dilma: Que câmbio, o nosso? Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado. Nós estávamos com um câmbio supervalorizado, ninguém duvida disso, seja pela relação juro/câmbio, seja por efeito da política de "quantitative easing", que despejou em nossa cabeça mais de US$ 9 trilhões. Depois que eu falei isso na ONU houve uma reação: "Mas não tem esse efeito o quantitative easing", disseram. Não? Ele é feito mensalmente e vai acumulando seus efeitos. São, no total, cerca de US$ 85 bilhões mensais que, multiplicados por 12 meses dá cerca de US$ 1 trilhão no ano. Se você não esterilizar esse US$ 1 trilhão, ele vai para alguns lugares, entre eles o Brasil. Ele tem um efeito depressivo sobre a moeda. Nem vou falar da entrada de capital especulativo no Brasil, que isso é nossa obrigação defendermos. O efeito é garantir uma moeda desvalorizada e simplificar o ajuste dos Estados Unidos. Por trás disso tem toda a conversa de que os outros são protecionistas. Se nós botássemos US$ 1 trilhão na nossa economia, nós seríamos primeiro inflacionários e depois estaríamos desvalorizando artificialmente nossa moeda. Os Estados Unidos, nós temos que reconhecer, têm uma imensa capacidade de serem pragmáticos.
Valor: Seu governo também é pragmático?
Dilma: Acho que todo governo tem que ser pragmático. Um governo não pode achar que tem um receituário e que ele vai seguir esse receituário. Exemplo: eu vou fazer o ajuste mais austero do mundo e vai dar certo. O que vai acontecer? Meu crescimento cai e, então, aumenta meu déficit. Porque o denominador despenca, o PIB despenca e sobe a relação dívida pública/PIB. É isso eles estão vivendo aqui na Europa. E nós sabemos o que é porque nós já vivemos isso. A hora em que começa a crescer o seu Produto Interno Bruto, seu ajuste vai ficar mais fácil.
Valor: E por que a economia brasileira demora a reagir e crescer?
Dilma: Porque nós temos que fazer um esforço na área da competitividade. Isso não é uma figura de retórica, é real. Nós temos que diminuir o custo de capital, nós estamos tentando fazer isso, temos que aumentar as fontes de financiamento de investimento de longo prazo, não pode ser só o BNDES. Nós temos que ter um capital mais barato, vindo do mercado de capitais. O Brasil vai ter que sofisticar, temos que ter capitais, temos que ter produtos financeiros que viabilizem o investimento.
"Nós estamos em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado"
Valor: O governo está preparando medidas para o mercado de capitais para este ano ainda?
Dilma: O governo está preparando, mas não tenho certeza de que saia agora. Não vou dizer quais são porque estão sendo preparadas ainda. Nós temos que mudar as condições de financiamento da economia brasileira. Nós temos que aumentar também a presença das empresas em várias atividades. Na área de infraestrutura, por exemplo, tem que fazer parcerias, PPPs, e nós vamos fazer. Nós vamos ter que fazer um esforço grande na área de Educação, sobretudo na Educação profissional. Nós precisamos disso. Nós temos que reduzir o custo da mão de obra, por isso nós estamos fazendo a desoneração da folha de salários. Nós vamos ter de avançar, dentro das possibilidades dos diferentes agentes envolvidos, na desoneração fiscal. Começamos a desoneração da folha, começamos com 15 setores, fomos para 40, e vamos fazer mais. Temos de resolver o problema do ICMS, mas não pode resolver o problema do ICMS sem compensação para os Estados. E também não temos todo o dinheiro do mundo para sair fazendo isso tudo simultaneamente. Vamos ter também de ter um investimento em Educação. Uma coisa que eu acho que não perceberam é porque nós queremos destinar os royalties para a Educação. Nós vamos ter que fazer um esforço para persuadir... Porque não é só o Congresso que é responsável, é toda a sociedade. Porque se não tivermos Educação não vamos longe. Eu preciso fazer isso e os próximos governantes deste país vão ter que apostar em Educação violentamente. Eu preciso fazer Alfabetização na idade certa, porque 15% das crianças de oito anos não sabem ler, não sabem escrever um pouco, nem têm capacidade de interpretação. Temos de mudar isso, tem que ter Educação em período integral e tem que fazer Educação profissional. Não estou falando nem do programa Ciência sem Fronteira, ou de pesquisa. Nós nos propomos a colocar todos os esforços, qualquer que seja a repartição, para a Educação até 2020.
Valor: A senhora propõe usar toda a parcela dos royalties do petróleo do governo federal em Educação?
Dilma: Sim. A nossa e a deles, porque os municípios e Estados são os grandes responsáveis pela Educação. Vão botar onde o dinheiro? A Noruega resolveu com os royalties do petróleo um problema deles que era gravíssimo, o da previdência. O nosso problema gravíssimo é o educacional. Depois a gente vai reapresentar o Plano Nacional da Educação, o PNE. E temos de fazer o possível e o impossível para o país crescer. O Brasil tem que crescer no mínimo 4% ao ano.
Valor: E o que mais o governo fará para ter esse crescimento?
Dilma: Eu não posso dizer, mas nós vamos fazer mais algumas coisas. Nós temos alguns bons resultados, como o Minha Casa, Minha Vida, nós fechamos 1 milhão de casas e vamos fazer 2 milhões. São 1 milhão entregues e 2 milhões contratados.
Valor: E os problemas de infraestrutura?
Dilma: Nós temos vários problemas de infraestrutura. Resolvemos muitos com o regime de contratação especial, o RDC. O Brasil tem que ter um banco de projetos, nós estamos tentando solucionar. E em muitas coisas nós precisamos tornar mais eficientes Estados e municípios. Porque não temos como investir em saneamento, por exemplo. Nosso problema não é dinheiro, é execução. Pergunta para a Miriam [Belchior, ministra do Planejamento] se falta dinheiro.
Valor: A questão macroeconômica é menos relevante hoje?
Dilma: Não, e aquela história de que a gente acabou os três pilares é absolutamente equivocada.
Valor: Mas o câmbio não está administrado?
Dilma: Não acho.
Valor: Não está nos R$ 2 a R$ 2,04 o dólar?
Dilma: Não acho, pela situação internacional ele está até... Ele esta mantendo um patamar, às vezes ele sobe, aí o pessoal fala "o Tombini vai fazer swap". Aí ele cai e o pessoal do mercado fala "vai cair"...
Valor: A senhora diria que o tripé superávit fiscal, meta de inflação e câmbio flutuante também pode ser administrado com pragmatismo?
Dilma: Não existe política que não seja pragmática. Me diz qual? Você vai ser ortodoxo e vai ver onde vai dar com os burros n'água. Você já viu momentos na história o povo ser muito ortodoxo? Nós estamos vendo agora, aqui. Já nos EUA eles nunca são. O Fundo Monetário Internacional na nossa época [nos anos 80 e 90] era de uma rigidez absoluta. Aí resolveu agora fazer uma avaliação de indicadores dos efeitos dos ajustes e percebeu o efeito negativo que têm sobre o crescimento. O problema daqui [dos países da zona do euro] é que tem problema político também.
O euro não é uma obra completa. Você começa pela moeda, moeda exige Estado e exige um emprestador de última instância e exige emissão de título. Então, enquanto não teve crise eles seguraram. Agora tem que negociar e como é que você negocia com 17 Parlamentos? Tem um problema político. É a chamada "armadilha do consenso". E eu acho que tem uma especulação muito forte contra o euro.
Valor: O Brasil apresentará candidato ao comando da OMC (Organização Mundial do Comércio)?
Dilma: Não necessariamente. Podemos tanto apresentar quanto apoiar um dos que eventualmente aparecerem.

Valor: Quem poderia ser o candidato brasileiro?
Dilma: Não te diria quem. Ninguém sabe ainda. Temos que olhar isso em relação a todas as outras coisas que estão na mesa. Não tem só essa decisão sobre a mesa, temos que ver as vantagens e desvantagens.
Valor: E a questão da energia, está uma grande confusão e a Eletrobras está se queixando...Dilma: Você acha que eu quero quebrar a Eletrobras? Agora, entre quebrar a Eletrobras e ela querer ganhar uma renda que não é dela, que é das empresas brasileiras e da população...
Fonte: Valor Econômico (SP)

O que pensam os professores brasileiros

As pessoas que optam pela carreira de professor não são derrotadas. Pelo contrário, são profundamente idealistas e querem mudar o mundo, mudando a vida de seus alunos, mostra pesquisa em VEJA desta semana

É impressionante como sabemos pouco sobre os principais atores do nosso sistema educacional, os professores. Claro, se você acredita na maioria das notícias e artigos veiculados sobre eles, já deve ter um quadro perfeito formado na cabeça: os professores são desmotivados porque ganham pouco, precisam trabalhar em muitas escolas para conseguir pagar as contas do fim do mês.
O sujeito se torna professor, no Brasil, por falta de opção, já que não consegue entrar em outros cursos superiores. Portanto, já chega à carreira desmotivado, e, ao deparar com o desprezo da sociedade e seus governantes, desiste da profissão e só permanece nela por não ter alternativa. Essa é a versão propalada aos quatro ventos. Mas eu gostaria que você, dileto leitor, considerasse uma hipótese distinta. E para isso não quero usar a minha opinião, mas dar voz aos próprios professores. Os dados que vêm a seguir são extraídos de questionários respondidos por professores da rede pública brasileira, em um caso para compor um “Perfil do Professor Brasileiro” da Unesco, em outro em pesquisa Ibope para a Fundação Victor Civita e, finalmente, na Prova Brasil de 2009 (a última com microdados disponíveis. A íntegra dos três pode ser encontrada em twitter.com/gioschpe).
Comecemos pelo início. Não é verdade que os professores caiam de paraquedas na carreira. O acaso motivou a entrada de só 8% dos mestres, e só 2% foi dar aula por não conseguir outro emprego. Sessenta e três por cento dos docentes têm inclusive outros membros da família na profissão. Perguntados sobre a motivação para exercerem a carreira, 53% dizem que é por “amor à profissão” e outros 14% apontam ser para “contribuir para uma sociedade melhor”. Só 15% citam motivos que podem ser interpretados como oportunistas ou indiferentes à função social da profissão (9% mencionam “realização profissional” e 6%, “salário/benefícios oferecidos”). O professor não tem uma má percepção da sua profissão: 81% concordam que são “muito importantes para a sociedade” e 78% dizem ter orgulho de ser professor(a).
As pessoas que optam pela carreira de professor não são derrotadas. Pelo contrário, são profundamente idealistas. Querem mudar o mundo, mudando a vida de seus alunos. Quase três quartos dos professores (72%) acham que uma das finalidades mais importantes da educação é “formar cidadãos conscientes”. Nove entre dez professores concordam que “o professor deve desenvolver a consciência social e política das novas gerações”. Apenas 45% acreditam que “o professor deve evitar toda forma de militância e compromisso ideológico em sala de aula”.
Esse jovem idealista então vai para a universidade estudar pedagogia ou licenciatura na área que lhe interessa (falo sobre esses cursos em breve). Depois começa a trabalhar.
As condições objetivas de sua carreira são satisfatórias. A ideia de que o professor precisa correr de um lado para o outro, acumulando escolas e horas insanas de trabalho, não resiste à apuração dos fatos. Quase seis em cada dez professores (57%) trabalham em apenas uma escola. Em três ou mais escolas, só 6% do total. Um terço dos professores dá até trinta horas de aula por semana. Vinte e oito por cento lecionam quarenta horas (a carga normal do trabalhador brasileiro) e só um quarto dos professores tem jornada acima de quarenta horas por semana. Dois terços dos professores têm estabilidade no emprego -- é praticamente impossível demiti-los.
Felizmente, casos de violência na escola são menos comuns do que a leitura de jornais nos faria crer: 10% dos professores se disseram vítimas de agressão física no último ano. Por tudo isso, a sensação geral dos professores com sua carreira é de satisfação. Quase dois terços (63%) estão mais ou igualmente satisfeitos com a profissão quando entrevistados do que no início de sua carreira. O grau de satisfação médio do professor, de zero a 10, é de 7,9. Só 10% dizem querer abandonar a carreira.
Essa satisfação é curiosa, porque os professores estão falhando na sua tarefa mais simples, que é transmitir conhecimentos e desenvolver as capacidades cognitivas de seus alunos. Não sou eu nem os testes nacionais e internacionais de educação que atestamos isso: são os próprios professores. Só 32% deles concordariam em dizer “meus alunos aprendem de fato”. Dois terços dos professores admitem que só conseguem desenvolver entre 40% e 80% do conteúdo previsto no ano. Só um terço coloca esse patamar acima de 80%. Sintomaticamente, o questionário do MEC que pergunta sobre esse desempenho nem inclui a possibilidade de o professor ter desenvolvido mais conteúdo que o previsto. O que explica esse insucesso?
Um dos principais vilões é identificado pelos próprios professores: seus cursos universitários. Só 34% dos professores acreditam que sua formação está totalmente adequada à realidade do aluno. Nossas faculdades de formação de professores estão mais preocupadas em agradar ao pendor idealista de seus alunos do que em satisfazer suas necessidades técnicas. São cursos profundamente ideo-logizados e teóricos, descolados da realidade de uma sala de aula média brasileira.
Então se dá o momento-chave para entendermos nosso sistema educacional: o professor sai da universidade, passa em um concurso, chega à sala de aula e, na maioria dos casos, fracassa. Seus alunos não aprendem. Esse professor poderia entrar em crise, poderia buscar ajuda, poderia voltar a estudar, poderia ter planos de apoio de sua Secretaria de Educação. Mas nada disso costuma acontecer, porque não há sanção ao professor ineficaz, nem incentivo ao professor obstinado.
O professor que fracassa continuará recebendo seu salário, pois tem estabilidade. Seguirá, inclusive, sendo promovido, pois na maioria das redes a promoção se dá por tempo de serviço ou titulação, não por mérito. Esse professor não será nem incomodado: um dos pilares de grande parte de nossas redes é a autonomia da escola, a ideia de que ninguém pode dizer ao professor o que ou como ensinar. Pais e alunos tampouco costumam se manifestar: confundem uma escola limpa, bonita, que oferece merenda e uniforme com educação de qualidade. O professor pode até faltar ao trabalho sem medo de sanções. Estudo recente sobre a rede estadual de São Paulo mostrou que o professor médio falta em dezoito dos 200 dias letivos.
É um índice de falta muito superior até mesmo ao dos outros servidores públicos, que já é maior que na iniciativa privada. Depois de uma investigação de meses com o repórter Rafael Foltram junto às secretarias estaduais, descobrimos que há situações muito piores, com faltas entre 11% e 15% dos dias letivos. E isso é certamente uma subestimação, pois a maioria das secretarias não fica sabendo quando um professor se ausenta durante parte de um dia; algumas só são notificadas em faltas de três dias ou mais. O professor deixa de se preocupar em investir em si mesmo: 74% veem TV todos os dias, mas só 12% leem livros de ficção e 17% participam habitualmente de seminários de atualização.
Mesmo nesse sistema tão permissivo e ineficiente, persiste um problema: os professores sabem que seus alunos não estão aprendendo. E é extraordinariamente difícil a qualquer pessoa continuar em uma carreira, indo ao trabalho todos os dias, sabendo-se um fracasso. Muitos profissionais sucumbem à depressão e ao esgotamento. Alguns abandonam a carreira. Mas a maioria resolve essa dissonância cognitiva (eu sou um bom professor, meu aluno não aprende) de duas maneiras: culpando o aluno e redefinindo o “sucesso”.
Alfabetizar e ensinar a tabuada, por exemplo, deixam de ser medições válidas de êxito e passam a ser vistos como “reducionismo”. O importante é a libertação do espírito, e isso qualquer um pode definir da maneira que lhe gerar conforto, no recôndito de sua alma. Já a culpabilização do aluno e de sua família é mais ostensiva. Eis as explicações dos professores para as dificuldades de aprendizagem dos alunos: 94% apontam a “falta de assistência e acompanhamento da família”, 89% citam o “desinteresse e a falta de esforço do aluno” e 84% dizem ser “decorrentes do meio em que o aluno vive”.
Nossos alunos, especialmente os pobres, são massacrados por um mar de descrença e descompromisso do sistema que a sociedade financia para educá-los. Só 7% dos professores acreditam que quase todos os seus alunos entrarão na universidade.
Esses professores criaram uma leitura de mundo à parte e completa para se blindarem contra o próprio insucesso. Qualquer crítica ou cobrança só pode vir de algum celerado que pretende privatizar a escola ou quer “alienar” o alunado. Pesquisas não são confiáveis, números mentem, estatísticas desumanizam: os professores não precisam de ajuda, muito menos de interferência. Segundo eles, o exercício da docência é algo tão particular, hermético e incompreensível que não pode se sujeitar aos métodos investigativos que analisam todas as outras áreas do conhecimento humano: só quem vive a mesma situação é que pode falar alguma coisa.
Na área da saúde, seria ridículo dizer que um pesquisador de laboratório não pode criar um remédio porque nunca atendeu pacientes com aquela doença ou que um médico só poderia realmente tratar do doente se tivesse passado um tempo considerável internado no hospital. Na educação brasileira, o discurso de que os “de fora” não podem se meter é aceito sem hesitação.
É por isso que me parecem disparatadas as iniciativas que querem usar de aumentos orçamentários para “recuperar a dignidade do magistério” ou melhorar a educação dobrando os salários dos profissionais da área. A maioria dos professores não está com a dignidade abalada. Está satisfeita, acomodada.
O professor não se tornará um profissional mais exitoso se não tiver uma profunda melhora de preparo, por mais que seu salário seja aumentado. Se compararmos nosso alto gasto em educação com o baixo resultado que o sistema educacional entrega ao país, o surpreendente é que a autoestima dos educadores esteja tão alta. Ao lidar com o “luto” do nosso insucesso educacional, a maioria dos professores ainda está na fase da negação (a culpa é dos alunos e pais) e raiva (contra o mundo neoliberal, a falta de apoio etc.). Esse mecanismo de defesa tem uma utilidade importante: faz com que o professor possa prosseguir em sua carreira, sem sucumbir ao desespero que fatalmente adviria se percebesse a dimensão de seu insucesso. Mas, para o país, cobra um preço alto.
Primeiro, porque aliena os professores bons e aqueles que ainda não são bons, mas são comprometidos, batalhadores. É difícil visitar uma escola em que não haja uma tensão surda entre a minoria comprometida e a maioria acomodada, e os competentes não querem trabalhar em um ambiente de inércia. A reação histérica de muitos professores à página no Facebook da estudante Isadora Faber (que chegou a ser acusada criminalmente de calúnia e difamação por uma professora, o que levou a menina de 13 anos a ter de prestar depoimento em delegacia) é demonstrativa da total intransigência desses profissionais com qualquer denúncia que abale o status quo. Em segundo lugar, e mais importante, essa resistência impede os próprios professores de procurar as ferramentas que poderiam melhorar o seu desempenho acadêmico. Como sabe qualquer terapeuta, só é possível ajudar quem quer ser ajudado.
A sociedade brasileira não pode retirar os maus professores do cargo, pois a maioria tem estabilidade no emprego. Mas tampouco pode tolerar o seu imobilismo. As mirabolantes e simplistas soluções orçamentárias não resolvem esse problema tão difícil: como fazer que professores dessensibilizados por anos ou décadas de cinismo voltem a ter a esperança e o brilho nos olhos que os fizeram optar por essa linda profissão.

Fonte: Revista Veja

Escolas e professores se rendem à rede

Popularização de celulares e outras mídias eletrônicas faz instituições de ensino e educadores reconhecerem que fenômeno não tem volta e a desenvolverem estratégias para lidar com ele

Com estudantes cada vez mais conectados à internet, as Escolas de Belo Horizonte enfrentam desafios para administrar o fenômeno da proliferação de smartphones, tablets e outros gadgets. A pergunta que está longe de obter uma resposta consensual é: liberar ou proibir o uso de celulares e outros itens da lista de parafernália eletrônica na Escola? É por meio deles que os Alunos usam o tempo todo as redes sociais. Mas essas mídias também são usadas por Professores para se aproximarem do universo dos jovens e facilitar a troca de informações, pesquisas e outras atividades.
Dentro de sala de aula, o uso de celular é proibido em Minas por lei estadual desde 2002, mas, no intervalo, o uso é livre. E o que se vê é que Professores e diretores das instituições de Ensino estão cada vez mais criando perfis nas redes sociais para interagir com os Alunos e, ao mesmo tempo, fiscalizar.
O Colégio Santo Antônio, por exemplo, mantém perfis no Facebook e Twitter e, assim, promove uma aproximação com o universo acessado pelos Alunos. Lá há Professores que usam os smartphones dentro da sala como auxiliares na forma de ensinar; outros proíbem radicalmente, sob pena de advertência para os estudantes que não acatarem a restrição.
“Nosso entendimento é de que os Professores ainda não tiveram um preparo para lidar com a situação, mas conseguem se resolver”, afirma Cristine Oliveira, programadora pedagógica da Escola e também Professora. Seja como for, no horário de prova é lei: os Alunos são obrigados a deixar os aparelhos na frente da sala, bem longe dos olhos e das mãos.
Daniele Passagli, supervisora pedagógica na rede de Ensino Coleguium, diz que o trabalho com os Alunos tem que ser diário. “Temos que conscientizá-los de que eles não podem usar em sala, mas os Professores motivam o uso das redes sociais. Eles discutem sobre os temas pelo Facebook, Twitter, trocam mensagens, mas dentro de sala vemos que é tentador para os Alunos”, afirma.
A rede nunca pensou em restringir totalmente os celulares nas Escolas, mas, segundo Daniele, quem infringe as normas pode receber advertência e até ter o aparelho recolhido e entregue somente aos pais. “O uso do celular afeta o desenvolvimento do Aluno, quebra a linha de raciocínio, a concentração na aula é menor, ele não acompanha com a eficiência devida”, alertou Daniele.
O coordenador de Marketing, Tecnologia e Comunicação do Colégio Salesiano, Fabrício Sabino Carvalho, explica que na biblioteca da Escola os Alunos têm acesso ao Skype e Hotmail. Por meio da rede wireless da instituição, outras redes sociais são bloqueadas. A Escola nunca pensou em radicalizar: a ideia é tentar conscientizar sobre o uso das novas mídias. “Muitas vezes, eles trazem o notebook para apresentar um trabalho, fazem vídeos pelos celulares para alguma disciplina, e isso achamos que é benéfico. Por outro lado, hoje, meninos de 11 anos usam as redes sociais e escrevem sem pensar. Nós alertamos sobre o uso e os riscos”, afirmou.
On-line cada vez mais cedo
Estudo feito este ano pela Ong Safernet, especializada em segurança no ambiente virtual, com base na pesquisa “Nós, jovens brasileiros”, investigou aspectos do perfil dos mais de 10 mil entrevistados de 13 a 17 anos, ouvidos sobre uso da internet. O trabalho identificou que a maioria dos que disseram ter se relacionado com pessoas que conheceram na rede são de classe social AB e têm de 13 a 14 anos.
O diretor de prevenção da organização Safernet, Rodrigo Nejm, chama a atenção para a função da família diante desse quadro e lembra que adolescentes a partir de 12 anos já receberam na Justiça punições cabíveis para a idade por causa de perfis falsos nas redes sociais e ofensas a colegas. “Os pais precisam se lembrar de que eles podem ser responsabilizados. A internet não é mais uma terra sem lei e eles têm o compromisso de ensinar os filhos a usar esse recurso com cuidado”, afirmou.
O trabalho de pais e Educadores, alerta, tem que ser constante. “A internet é um espaço público. O Facebook é como se fosse uma praça, um clube que reúne mais de 1 bilhão de pessoas, e é preciso ter cuidado nesse ambiente. Ele reflete um mundo com todas as oportunidades e perigos, onde há pessoas mal-intencionadas, conteúdo impróprio e adultos que fingem ser crianças para cometer violência. As leis que valem para esse ambiente são as mesmas de fora dele”, adverte.
ANTES DE CAIR NA NET
Adote medidas simples para que você ou seu filho não virem vítimas das redes sociais
Não poste fotos ou informações pessoais
Não responda a provocações nem ofenda outras pessoas
Muitos links trazem códigos de programas maliciosos e, por isso, não devem ser abertos. Só clique no que pode confiar
Se tiver o perfil roubado, clonado ou sofrer difamação imprima tudo o que possa servir como prova e procure um advogado
Denuncie o abuso ao site de relacionamento
Não exiba imagens suas ou do ambiente em que se encontra a estranhos
Não abra sua webcam para desconhecidos. Você pode colocar um criminoso dentro da sua casa. Além disso, nunca se sabe para onde essas imagens serão enviadas
Dê preferência a sites com final .com.br
Não permita que seu filho acesse salas de bate-papo sem o acompanhamento devido. Navegue com ele alguns minutos por dia. Conheça os ambientes virtuais que ele frequenta
Aconselhe seu filho a não transmitir informações pessoais como nome, endereço, Escola em que estuda, e a nunca distribuir fotos pela internet
Oriente seu filho a não receber nem executar arquivos de pessoas desconhecidas e conheça as pessoas com as quais ele se relaciona
Não permita que seu filho marque encontros com pessoas que ele conheceu na internet
Evite acomodar o computador no quarto ou em lugares isolados da casa. Dê preferência a lugares com circulação de pessoas
Estabeleça regras e limites para o uso da internet de acordo com a idade do seu filho
Fonte: SaferNet (www.safernet.org.br)
Foi vítima? Denuncie
Promotoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos: (31) 3330-8401 ou pelo e-mail crimedigital@mp.mg.gov.br
Navegue pelo www.safernet.org.br, saiba como denunciar e obtenha outros esclarecimentos.

Fonte: Estado de Minas (MG)

Opinião: Os tablets do comissário Mercadante

"Em fevereiro passado, o comissário Aloizio Mercadante anunciou que a Viúva compraria até 600 mil tablets para serem entregues a professores do Ensino Médio", afirma Elio Gaspari

O governo da Índia anunciou que distribuirá milhões de tabuletas Aakash para estudantes ao preço de US$ 21 por unidade. Trata-se de uma venda subsidiada, pois no mercado as peças custam até US$ 80.
Grande notícia para quem achava que não se conseguiria produzir computadores por menos de US$ 100. É verdade que essas tabuletas não podem ser chamadas de computadores, mas dão para o gasto dos projetos pedagógicos a que pretendem atender.
No Brasil, está em curso a seguinte gracinha: em fevereiro passado, o comissário Aloizio Mercadante anunciou que a Viúva compraria até 600 mil tablets para serem entregues a Professores do Ensino médio. O que eles fariam com os equipamentos, não se sabe, pois não havia projeto pedagógico para acompanhá-los. Nove meses depois, a Boa Senhora já comprometeu R$ 115 milhões para a compra de 380 mil tabuletas.
Eremildo, o idiota, fez a conta: cada uma sairá por R$ 302, ou US$ 150. Essa compra resulta de um pregão vencido por fornecedores que ofereceram quatro modelos, indo de R$ 277 a R$ 462. Tomando-se o preço do mercado indiano (US$ 80) e o mais baixo do pregão nacional (US$ 138), o cretino operou o Milagre de Simonsen. Brilhante economista e ministro da Fazenda de 1974 a 1979, Mario Henrique Simonsen enunciou uma lei segundo a qual, em certos casos, é preferível pagar a comissão para que se esqueça o projeto. Sem julgar o que houve na compra dos tablets, o cretino propõe o seguinte: reservam-se 10% dos R$ 115 milhões para despesas imprevistas. Sobram R$ 103,5 milhões, e gasta-se esse dinheiro comprando 647 mil tabuletas de US$ 80, em vez de 380 mil a US$ 150.
Mesmo sem saber o que fará com elas, a Viúva ganha mais 267 mil tabuletas, e, como sobraram os 10%, ficará todo mundo feliz.

Fonte: O Globo (RJ)
http://todospelaeducacao1.mktnaweb.com/

Governo anuncia reajuste para professores

O salário inicial terá reajuste de 40%, sendo a segunda melhor remuneração do Nordeste. Governo também realizará concurso público e anuncia a aplicação de 1/3 da carga horária

A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) anunciou, ontem, o valor dos reajustes salariais para os Professores da rede pública estadual. O pagamento será feito a partir de dezembro, mas retroativo a outubro de 2012.
O maior aumento será para os Professores graduados, que estão em nível inicial. O reajuste será de 40%. Pelos cálculos do presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, o salário inicial deverá subir para R$ 2.310. “Isso faz o Ceará saltar de sexto estado para o segundo lugar do Nordeste em melhor remuneração”.
As demais categorias terão os seguintes reajustes: especialista (12%), mestre (7,61%), doutor (4,51%) e temporário (10%). A titular da Seduc, Izolda Cela, justificou que “quem está no final da carreira - mestres e doutores - foi contemplado (com um aumento maior) ano passado”.
Também foi anunciado aumento no valor da gratificação para secretários (que passa para R$ 983,09), coordenadores (sobe para R$ 1.310,77) e diretores Escolares de Centros de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) e de Escolas com menos de 400 Alunos (aumenta para R$ 1.872,59). Professores em sala de aula também receberão bonificação de um terço do salário no fim do ano.
Concurso
Foi anunciada ainda a realização de concurso público para a contratação de três mil novos Professores para as Escolas de Ensino médio. A previsão da secretária Izolda Cela é de que o edital saia no começo de dezembro e as primeiras contrações ocorram até o fim do primeiro semestre de 2013.
As vagas serão criadas para suprir a demanda por novos Professores, devido a aplicação de um terço da carga horária dos Educadores para atividades extra-classe, definido na Lei do Piso (ver coordenada). Porém, a Seduc não antecipou detalhes do certame.
Para garantir os recursos necessários às medidas anunciadas, Governo e sindicato Apeoc acertaram que 77% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) no Ceará serão destinados a melhorias na carreira dos Professores em 2012. Já em 2013 e 2014, o percentual vai aumentar para 80%.
Pelas contas do Governo, isso deve significar um acréscimo de R$ 100 milhões. Já a Apeoc faz a estimativa em R$ 120 milhões. Caso haja sobra, o valor deverá ser revertido em bonificação para os Professores.
ENTENDA A NOTÍCIA
A mesa de negociação montada pelo Governo do Estado com o sindicato Apeoc chegou a um acordo quanto ao reajuste salarial dos Professores. Categoria ainda quer garantir vale-refeição para Professores temporários.
Serviço
SeducEndereço: Avenida Gen. Afonso Albuquerque, s/n , Cambeba
Telefone: (85) 3101 3894

1/3 da carga horária para extra-classe
A partir de 2013, os Professores cearenses de rede pública estadual que estiverem em sala de aula terão 25% de sua carga horária direcionada à preparação das atividades, ultrapassando o percentual nacional que direciona 20% para estas ações.
O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, declarou após a reunião na Seduc que esta ampliação do tempo de planejamento dos Professores é um “grande avanço”, mas que ainda não é o suficiente para os profissionais. “O ideal é uma carga de 50% de tempo para a sala de aula, e a outra metade para que o Professor se planeje e prepare a aula”.
Segundo Anízio, esta e as outras medidas conseguidas após longa negociação com a Secretaria tornam a carreira no magistério mais atrativa e começam um processo de maior valorização do Professor do estado.
Para os Professores, esta é uma pequena vitória que abrirá portas para novas conquistas na Educação, acredita ele. “Vamos buscar muito mais”, declarou, referindo-se às as medidas enviadas ontem à Assembleia Legislativa para aprovação.

Fonte: O Povo (CE)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Escola estadual está com atividades paralisadas em Almino Afonso desde setembro por falta de reforma

Engenheiro atestou a impossibilidade de funcionamento do estabelecimento de ensino

Como se não bastassem os prejuízos causados à comunidade Escolar durante o ano em curso, Educadores, pais e Alunos aumentam a preocupação sobre o futuro da Escola Estadual Clodomir Chaves, que continua com suas atividades paralisadas por falta de condições funcionais, devido às deficiências na sua estrutura física.
A reportagem manteve contato com pessoas ligadas à direção da Escola, que confirmaram que até o momento o Governo do Estado tem feito vistas grossas para o problema de extrema gravidade, visto que a Escola teve suas atividades suspensas por não ter condições de funcionamento.
"A preocupação maior é que o ano letivo de 2012 está terminando, e 2013 está às portas, e até agora nada foi feito para dar um ponto final nesse impasse", reclamou a fonte, que pediu para não ser identificada.
Na 14ª Diretoria Regional de Educação (14ª Dired), em Umarizal, a qual Almino Afonso é jurisdicionada, a reportagem obteve a informação que o Governo do Estado está ciente do problema, inclusive já teria autorizado o deslocamento de técnicos da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) para fazer um levantamento nas estruturas físicas da Escola, visando sua recuperação. Mas em nível local os Educadores desconhecem essa informação e acrescentam que até agora esse técnico não apareceu.
O único técnico que esteve na Escola, segundo a fonte, foi um engenheiro da própria SEEC, que na oportunidade apresentou um laudo atestando a impossibilidade de funcionamento do estabelecimento de Ensino, ao mesmo tempo em que sugeria sua interdição.
A Escola Estadual Clodomir Claves foi o primeiro estabelecimento de Ensino fundado em Almino Afonso e foi interditada no dia 4 de setembro.

Fonte: O Mossoroense (RN)

Opinião: A urgência do Ensino Médio

"Ou o Brasil forma bem os jovens de agora ou não teremos quem sustente a sua economia num futuro próximo", afirma Mozart Neves Ramos

No início da gestão do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma importante decisão foi tomada: o Brasil precisa fechar de vez a “torneira” do Analfabetismo. É preciso que todas as crianças estejam alfabetizadas pelo menos até os oito anos de idade. O secretário de Educação Básica, Cesar Callegari, não perdeu tempo e saiu a campo: trouxe todos os atores diretamente envolvidos com essa etapa educacional, especialmente a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), e elaborou um programa de Alfabetização que inclui formação docente, material didático de boa qualidade e avaliação. Em menos de um ano, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) foi estruturado e em breve será lançado oficialmente. Esse é um exemplo de convicção, decisão política, coragem e investimento direcionado para uma etapa tão importante.
Na outra ponta da Educação Básica está o Ensino Médio, com diversos problemas que desencadeiam baixos indicadores de aprendizagem. Esses problemas não são de hoje, já vêm de longe, e seus efeitos começam a se tornar mais nítidos agora. Sem resolvê-los, o país não atingirá uma das metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE): o de elevar a 33% o percentual de jovens de 18 a 24 anos no Ensino superior. Vale lembrar que essa já era a meta do PNE que se concluiu em 2010. Nem sequer nos aproximamos desse percentual ao seu término, chegando a apenas 14,6%. 
De antemão, sabemos que essa será uma das metas mais desafiadoras do plano, em função da crise que o Ensino médio vem enfrentando. Faltam Professores, um currículo atraente e Escola de tempo integral. Enquanto isso, o Ministério da Educação e os secretários estaduais de Educação não se entendem. A consequência desse descompasso em relação ao Ensino médio pode afetar diretamente o crescimento do país, que vive hoje uma boa onda econômica.
Ou o Brasil forma bem os jovens de agora ou não teremos quem sustente a sua economia num futuro próximo. Faltará — o que já se vem observando nos mercados internos em expansão — mão de obra qualificada para atender as demandas. O Brasil terá que importá-la, enquanto os nossos jovens ficarão à margem do processo produtivo.
Para tentar ajudar a resolver o problema da mão de obra qualificada, as empresas e o Sistema S (Senai, Senac, Sesi, Sebrae e outros) começam a investir fortemente no aumento de Escolaridade de seus trabalhadores, tal como vem fazendo o Sesi/SC. Essas iniciativas vêm contribuindo para a redução da desigualdade de renda. Números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que o aumento da Escolarização da mão de obra fez cair a diferença salarial entre os que têm menos e mais instrução. Uma das consequências foi que o Índice de Gini — indicador que mede a distribuição de renda — baixou de 0,552 em 2001 para 0,485 em 2011. Pela primeira vez, ficou abaixo de 0,5 — e quanto mais próximo de zero, melhor a distribuição de renda.
Mas muito do que se investe hoje em Educação é para tapar o buraco deixado pela baixa qualidade do Ensino oferecido. Uma situação análoga à da formação continuada de Professores, que deveria ser uma atualização e uma nova qualificação, e não uma formação complementar à inicial, como acontece.
O Brasil precisa resolver o problema do Ensino médio. Não há mais tempo. Um país que quer ser protagonista num cenário mundial competitivo não pode se acomodar com uma geração nem-nem — jovens que nem trabalham nem estudam. Segundo estudo do Senai, o país tem hoje 5,3 milhões de brasileiros entre 18 e 25 anos que estão excluídos do mercado de trabalho e do Ensino formal. Para esses sobram profissões de baixa remuneração, que não exigem o Ensino médio. Ocorre que nos tempos atuais, com mudanças tecnológicas tão intensas, as mudanças estruturais são cada vez mais rápidas nos meios de produção. Assim, em médio prazo, esses trabalhadores precisarão de maior Escolarização, seja para aperfeiçoar a Educação num curso universitário, seja para fazer um curso profissionalizante.
No país há alguns poucos modelos, já em escala razoável, de bons programas de Ensino médio, a exemplo das Escolas de Referência de Tempo Integral, em Pernambuco. Porém, diferentemente do pacto nacional que vem se estabelecendo pela Alfabetização de crianças na idade certa, para melhorar o Ensino médio, ainda faltam entendimento, cooperação, humildade e investimentos. É preciso estabelecer também um pacto pelo Ensino médio, e o mais rápido possível! 

Fonte: Correio Braziliense (DF)
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A ordem é relaxar

Alunos de alguns colégios de Belo Horizonte aprendem técnicas especiais para enfrentar os dois dias de testes do exame nacional com cabeça fria e menos estresse e ansiedade

O tique-taque do relógio até parece soar com mais força diante da proximidade do grande dia. Depois de amanhã, mais de 5 milhões de jovens em todo o país vão mostrar os conhecimentos de uma vida inteira de estudos na prova mais importante do país: o Exame Nacional do Ensino médio (Enem). Nos últimos momentos, Professores e estudantes mostram que o melhor remédio para controlar a ansiedade é deixar o estresse de lado. Para vencer esse primeiro desafio, colégios de Belo Horizonte estão investindo em técnicas para deixar os Alunos mais à vontade, com cabeça e mente leves. Assistir a vídeos, participar de gincanas do conhecimento e fazer relaxamento tem movimentado as Escolas na semana decisiva.
A estudante Ana Luíza Baragli, de 17 anos, candidata a uma vaga em engenharia química, gostou da estratégia. Ontem, durante a aula de relaxamento no Colégio Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte, ela levou a atividade tão a sério que conseguiu até dormir. A primeira parte, com exercícios em pé, serviu para tirar a tensão dos músculos. Os Alunos sentaram para medir a respiração e andaram de olhos fechados pelo salão. Na última etapa, se deitaram nos colchonetes para se desconectar totalmente do mundo lá fora. “Isso ajuda muito, porque o Enem é uma prova de resistência e, se ficar tenso, não vai adiantar. O Professor nos ensina, e assim, no dia da prova, poderei fazer na parte da manhã”, disse.
A ideia foi levada pelo Professor de biologia Ronaldo Alvarenga Carvalho, que também é terapeuta naturalista, e está em prática desde o ano passado. Ele aprendeu técnicas de relaxamento numa aula de filosofia chinesa, no curso de acupuntura, e levou para a sala de aula para a rapaziada do terceiro ano desestressar e esvaziar a mente. “O relaxamento ajuda também a estudar e a concentrar no dia a dia. Para o Enem, fizeram o que deviam. Agora, estão num cansaço mental tão grande que qualquer coisa que tire o estresse é bem-vindo nesse último momento”, afirmou.
Além do relaxamento, o colégio preparou uma série de outras atividades. Nas aulas de geografia, filmes com temas cobrados na avaliação ajudam a revisar o conteúdo, de forma mais leve. Em inglês, as produções cinematográficas também são opção para treinar o vocabulário. Os estudantes participaram de gincanas do conhecimento no Parque das Mangabeiras e em sala de aula. Hoje haverá uma divertida competição de matemática.
Numa outra gincana envolvendo a disciplina, o estudante Rafael Ramos da Silva, de 17, candidato a uma cadeira no curso de direito, esteve na equipe que perdeu o desafio e, como prenda, foi “obrigado” pelos colegas a dançar uma música, que ele não revelou qual. “O interessante foi o depois, por causa da diversão e da descontração”, contou bem-humorado. Para Rafael, quem se preparou verá o reflexo disso na prova. Quem não fez nada nem adiantar se apressar agora. O Aluno destaca a atuação dos Professores: “Eles se preocupam em passar mensagens positivas. Criamos laços ao longo do ano, e esse final é decisivo, pois são coisas que levaremos para a vida.”
Ronaldo Carvalho ressalta que as atividades desenvolvidas no Padre Eustáquio são uma forma de trabalhar o conhecimento de forma lúdica, tornando mais prazeroso relembrar e até aprender. Ele dá a dica: “É preciso tranquilidade, ler a prova com calma e prestar atenção nos enunciados. O relaxamento melhora essa capacidade de concentração e fortalece o lado mental dos Alunos.”
Prática de 20 anos
A prática já é antiga e ocorre antes de provas e com todos os Alunos, desde os pequenos, mas antes do Enem, tem sabor ainda mais especial. No Colégio Arnaldo, o responsável pela técnica de relaxamento é o Professor de Ensino religioso e psicopedagogo Nilson Tavares Costa, que implantou a atividade quando chegou à Escola, há quase duas décadas. Mas, se hoje é um dos principais aliados na preparação, relaxar já foi visto com desconfiança pela instituição e até mesmo pelos próprios Alunos. “Relaxamento é entrar em contato consigo mesmo. Ajuda nos relacionamentos dos estudantes, incluindo Professores e a família”, disse.
Os estudantes adoram, e em cinco minutos todos já estão dormindo, garante o Professor. Prestar atenção na música é fundamental para se desligar. Nilson sempre começa o trabalho abordando uma dificuldade que eles tenham. “Ela é mental, não existe um problema, mas uma dificuldade de lidar com ele. A forma como se reage é que o faz ficar maior”, ressalta. “Costumo dizer que o conteúdo está dentro, organizado numa gaveta. A questão é como acessar e organizar isso”, completa. O Professor enfatiza: “Pensamento positivo é importante, mas só isso não garante a aprovação. Tem que ter ação.”
Candidato ao curso de medicina, o Aluno Antônio Soares Santana Júnior, de 18 anos, diz que tenta levar o mesmo ritmo desde o início do ano, sem se apressar, mas também sem relaxar demais para não correr o risco de perder o foco. Ele passou os últimos tempos fazendo revisão e pegando cadernos para ver em qual matéria ainda tinha dúvida. Para tirar o estresse, ele frequenta academia e um curso de design gráfico. A aula de relaxamento na Escola é outra alternativa. “Nesse momento, estamos com a cabeça estressada e desorganizada. Relaxar ajuda a refletir, parar para organizar o pensamento e focar no que é preciso”, afirma.
A colega dele, Maria Carmen Souza Diniz, de 18, candidata ao curso de design, se dedica apenas às aulas de desenho, de que precisa para a prova de habilitação. Ela disse que está mais tranquila que antes. “Como não é possível adiantar o tempo, se não tiver calma as coisas não fluem. A carga horária é grande e esse tempinho para relaxar ajuda a esvaziar a mente, porque vida de vestibulando não é fácil.”
PARA CASA
1) Busque um lugar onde você mais gosta de ficar, e mesmo que não esteja nele, imagine que está
2) Ponha uma música suave ao fundo
3) Mentalize e concentre-se na respiração. A inspiração e a expiração devem ser sentidas no abdômen, não no peito
4) Busque uma posição confortável: sentado, se conseguir ficar com a coluna ereta, ou deitado
5) Pense num lugar e numa atividade de que gosta: se uma caminhada na praia, imagine a praia; uma caminhada no campo ou um banho de cachoeira
6) Se conseguir se desligar dos problemas externos, nem que seja por cinco ou 10 minutos, perceberá uma diferença e uma melhora em se concentrar nas atividades.

Fonte: Estado de Minas (MG)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Confira assuntos que podem ser tema da redação do Enem 2012

Professores apostam nos temas presentes nas mídias

Não basta mergulhar nos livros didáticos, decorar regras de acentuação e caprichar na ortografia. Para se dar bem na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 3 e 4 de novembro, é preciso conhecer a fundo assuntos da atualidade. Professores ouvidos pelo Jornal O GLOBO sugerem atenção a tópicos já largamente discutidos neste ano. Segundo eles, entre os temas que podem cair na prova por ganhar relevância recentemente estão: Código Florestal, casamento gay, comportamento jovem nas mídias sociais, bullying e as questões ambientais debatidas durante a Conferência Rio+20.
- Os exames de seleção exigem que o aluno seja capaz de transcender a informação: ele deve saber interpretar os fatos, além de relacionar as novidades com o conteúdo aprendido em sala de aula. Em geral, não é preciso decorar nomes, datas e acontecimentos - diz Bruno Rabin, coordenador de português do Colégio e Curso de A_a_Z.
Para o coordenador de português do Colégio e Curso pH, Filipe Couto, a própria matriz de referência do exame já indica como será o tema da prova. Sempre é apresentado um problema, seja de maneira explícita ou implícita, ligado a realidade social, política e econômica do país. Assim, ao contrário de outros vestibulares, é difícil que caia temas relacionados a questões pessoais, como ciúme e vaidade. Na redação, Couto explica que é cobrado um posicionamento crítico do estudantes, além de propostas de intervenção. Pela sua experiência, é difícil prever um tema e a melhor maneira dos vestibulandos se prepararem é estarem antenados nas principais discussões presentes na mídia.
- Os estudantes precisam estar antenados com as grandes discussões do mundo contemporâneo. Em anos passados, já foram abordados sobre a preservação do meio ambiente, trabalho infantil, diversidade cultural, violência, participação política. São todos temas muito presentes na mídia. Quanto mais fontes ele ler sobre esses assuntos, mais recursos terá para construir um posicionamento crítico em relação à questão. Mas é muito difícil acertar qual será o tema - afirma Couto.
Para 2012, ele aponta alguns assuntos mais gerais que podem estar presentes, como o meio ambiente, enfocando neste caso as possibilidades de uma relação mais sustentável entre o homem e a natureza, e os cuidados com a saúde e o corpo, ligados aos grandes eventos esportivos que acontecerão na cidade nos próximos anos.
Não existem provas específicas de atualidades no Enem e nos vestibulares. O que há, de fato, são disciplinas como história e geografia fazendo uso de fatos recentes para abordar o que foi aprendido ao longo da vida escolar. A constante atualização auxilia no desenvolvimento de outra competência exigida pelos vestibulares, e também pelo Enem: a fluência na leitura.
- O Enem traz enunciados longos e cheios de informação. Quem tem a leitura como hábito, faz com mais facilidade, além de dispor de uma concentração mais apurada - afirma Bruno Rabin.
A redação é parte fundamental do Enem, tanto pela característica da proposta quanto pelas polêmicas em torno das notas. A partir deste ano, o Inep, que organiza o exame, promete ser mais criterioso na correção. Nesta edição, os alunos vão ter acesso a correção da prova. Outra alteração foi a redução em cem pontos na diferença máxima que poderá haver entre as notas dadas pelos dois corretores para que o texto siga para um terceiro avaliador. Nos casos em que nem o terceiro corretor consiga chegar a um consenso com os outros dois, a prova será submetida a uma banca examinadora, que dará a nota final.
Os candidato fazem a redação no segundo dia do exame, junto com mais 45 questões de Linguagens e Códigos e outras 45 de matemática. O texto deve ser dissertativo-argumentativo, ter no mínimo 7 e no máximo 30 linhas e não pode fugir do tema.

Fonte: O Globo (RJ)

Leitura é dica para um bom desempenho na redação do Enem

Candidatos devem estar atualizados e acompanhar as notícias divulgadas em jornais e revistas

Brasília – Depois de mais de três décadas sem entrar em uma sala de aula, Sílvia Rabello, 57 anos, mantém a animação dos jovens estudantes e o desejo de fazer diferente assim que concluir o curso de artes plásticas, na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. O entusiasmo é gerado pela força de quem ficou fora do ambiente escolar, em decorrência da maternidade e dos afazeres domésticos, e de quem, com esforço próprio, conquistou o sonho de ingressar na universidade.
“Há dois anos entrei em um supletivo e, depois de dois meses, me inscrevi no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]. Não precisei fazer o vestibular, consegui passar com a minha nota”, contou ela que largou os estudos sem concluir o ensino médio. Antes de entrar na faculdade, Silvia já pintava quadros e vendia para arquitetos que trabalhavam com decoração de interiores. Agora, se prepara para uma nova fase em sua carreira, assim que receber o diploma.
Para quem vai fazer o exame no próximo fim de semana, a dica da artista plástica é se dedicar à leitura. “A prova é muito próxima do cotidiano e adaptada à realidade do nosso país. Fiquei muito impressionada com meu desempenho no Enem”, disse, lembrando os anos em que se distanciou dos livros escolares.
 “O que me ajudou muito foi a redação, que vale 50%. Eu não sabia que tinha armazenado tanta informação ao longo desses anos e não achava que ia passar”, contou.
A redação é o momento que mais gera expectativa entre os participantes do Enem. A nota representa 50% do resultado total do exame. Na edição deste ano, marcada para o próximo fim de semana (3 e 4 de novembro), em que 5,7 milhões de pessoas vão fazer as provas, as regras de correção mudaram.
Mas as principais dicas para a redação, na opinião de quem já fez o exame, continuam as mesmas de anos anteriores. “A redação é o principal ponto do exame e precisa ser bem escrita, sem rebuscamento, mas bem estruturada e argumentativa”, indicou João Pedro de Souza Pena Barbosa, que conseguiu vaga no curso de direito de duas instituições federais – Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – com a nota que conquistou no Enem do ano passado. João Pedro conta que fazia duas redações por dia, além dos textos já exigidos pelos professores do 3º ano.
O estudante, que por processo de transferência hoje cursa direito na Universidade de São Paulo (USP), afirma que conseguiu os resultados que esperava com o Enem. João Pedro ainda complementa as dicas para quem vai fazer a prova pela primeira vez: “Leitura é essencial e o ponto-chave do Enem, que não exige tantas questões com fórmulas, como nos vestibulares que tem surpresas e pegadinhas. O Enem é mais justo e mais interessante, mas [o aluno] precisa ter leitura, estar antenado em jornais e buscar técnicas de leitura dinâmica”.
O professor de redação, literatura e língua portuguesa do Colégio Militar de Brasília Leandro Batista da Silva faz coro às dicas de quem já prestou o exame e reforça que os candidatos devem estar atualizados e acompanhar as notícias divulgadas em jornais e revistas. “É uma prova que visa a perceber como o aluno interage com o mundo que o rodeia e como ele lida com as questões desse mundo”, acrescentando que é preciso atenção às competências exigidas: articulação de ideias, coesão e coerência, gramaticalidade, progressão temática e argumentação.
Para ele, o tempo extra no segundo dia de prova (uma hora e meia a mais) é suficiente para que os candidatos produzam um bom texto.
“O que é mais válido é que o aluno tenha atenção durante a escrita da sua redação. Geralmente a redação [do Enem] está vinculada aos textos motivadores de toda a prova. Então todos os textos que o aluno for lendo ao longo da prova já vão servir de embasamento”, destacou, citando o exame do ano passado, quando o tema proposto era o universo das redes sociais e a internet.
O professor alerta, entretanto, que “os alunos não podem reproduzir os trechos dos textos motivadores”.
Para os participantes que consideram a redação como o “bicho-papão” do exame, a dica do professor é seguir o modelo clássico do padrão dissertativo-argumentativo. “O aluno deve apresentar a tese no primeiro parágrafo, citar três argumentos e, nos três parágrafos seguintes, desenvolver esses argumentos, ampliando as informações e fazer a conclusão apresentando sua proposta de intervenção.”
A sugestão do especialista para os mais inseguros é começar a prova pelas questões objetivas e, só depois, redigir um rascunho da redação. Em seguida, deve marcar o cartão de respostas da parte objetiva e só então passar a redação a limpo. “O aluno precisa ter cuidado com pontuação, concordância e regência e isso ele só consegue fazendo uma releitura do texto”, destacou.

Fonte: Agência Brasil

Mais da metade dos inscritos para o Enem 2012 são negros

Dados do Inep revelam que dos 5,7 milhões de participantes da edição deste ano do Enem 2,4 milhões se declararam pardos; 694 mil, pretos e 35 mil, indígenas

Brasília – Dos mais de 5,7 milhões de participantes da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 2,4 milhões se declararam pardos; 694 mil, pretos e 35 mil, indígenas. Os dados fazem parte de balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame.
A distribuição por raças é um dos recortes previstos na Lei de Cotas, publicada há duas semanas. Os novos critérios terão de ser incluídos nas regras de seleção para universidades públicas por meio do Enem.
A nova lei obriga instituições federais de ensino superior a destinar progressivamente uma parte das vagas para estudantes que frequentaram todo o ensino médio em escolas públicas. O objetivo do governo é atingir o índice de 50% das vagas em quatro anos. Um dos fatores a serem considerados é a raça declarada pelo candidato.
As provas do Enem serão realizadas em 1,6 mil municípios de todo o país no próximo fim de semana (3 e 4 de novembro).
A estudante Fernanda Brito Félix, 19 anos, conseguiu, no Enem de 2011, a vaga que buscava na Universidade de Brasília (UnB). Mas o curso possível não era o sonhado. Com o primeiro semestre de pedagogia garantido, a aluna decidiu participar, novamente, do Enem este ano, para tentar a transferência para o curso de direito.
“Só estudei em escola pública e as escolas públicas não têm capacidade alguma de preparar um aluno para um vestibular de [universidade] federal”, disse Fernanda. Para ela, o Enem “acaba sendo uma chance”, mas há dificuldades como a falta de preparo dos alunos no ensino médio. “A prova é cansativa e o aluno não tem essa preparação na escola ou conteúdo. O segredo é estudar muito.”
A receita de quem já foi beneficiado pelo exame parece coincidir com as impressões de quem vai enfrentar a prova pela primeira vez. Aluna do último ano do ensino médio no Colégio Setor Oeste, escola pública de Brasília, Hyasmin Stephanye Leite se prepara para a prova desde janeiro. “Busco métodos na internet, em apostilas. Tenho estudado três horas por dia. Poderia ser mais, mas tenho inglês à tarde”, contou.
Para Hyasmin, o colégio oferece a estrutura de que ela precisa. “Depende mais do aluno do que da escola. Não podemos nos comparar a alunos de escolas particulares, temos que nos comparar a nossa dedicação. Se você estuda, não é a escola que faz diferença, é o aluno que faz.”
Os números do Inep também revelam que a maioria dos participantes do Enem 2012, que tem recorde de inscrições e participações confirmadas, é composta por mulheres. As brasileiras respondem por 59% das inscrições, com 3,4 milhões, enquanto os homens somam 2,3 milhões (41%).
O estado de São Paulo tem o maior número de inscritos, com 932,4 mil, seguido de Minas Gerais (653.074), da Bahia (421.731) e do Rio de Janeiro (408.902).
Do total de inscritos, 4 milhões foram isentos da taxa de R$ 35 por serem alunos de escolas públicas ou pertencerem a famílias de baixa renda.

Fonte: Agência Brasil

Em busca de uma vaga no ensino superior, 5,7 milhões participam do Enem no próximo fim de semana

Previsão é que os gabaritos do Enem sejam divulgados no dia 7 de novembro e os resultados gerais saiam no dia 28 de dezembro


No próximo fim de semana, 5.791.290 estudantes brasileiros farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. O teste marcado para os dias 3 e 4 de novembro é uma oportunidade para estudantes que querem ingressar em universidades federais ou faculdades particulares do país.
Criado em 1999, o Enem ganhou mais importância há três anos, com a criação do Sistema Único de Seleção Unificada (Sisu). Por meio desse sistema, a nota obtida no exame passou ser usada por instituições públicas de ensino superior para ingresso de estudantes em substituição aos vestibulares tradicionais.
No caso das faculdades particulares, a nota no Enem é um dos critérios para obtenção de bolsas de estudo parciais ou integrais por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).
“Acho que o Enem dá mais oportunidade para muitas pessoas. É uma prova que, comparada aos vestibulares, é mais fácil porque considera muitos conhecimentos gerais”, avaliou a estudante Bárbara Albuquerque Faraco. Aluna do Colégio Setor Oeste, escola pública de Brasília, ela estuda quatro horas por dia para conseguir uma vaga no curso de comunicação social na Universidade de Brasília (UnB). “Estudo desde o início do ano, mas reforcei a carga nos últimos três meses. A vida de estudante não é fácil, mas sei que vai ter resultado.”
Do total de universidades federais, pelo menos 45 já adotam o Enem para ingresso de alunos. Cada instituição tem autonomia para escolher a forma de aproveitamento das notas do Enem: como fase única, em substituição ao vestibular; como primeira fase ou para o preenchimento de vagas remanescentes, não ocupadas com o vestibular tradicional.
Em algumas instituições, a nota do Enem é somada ao resultado do vestibular, e a média é usada para ingresso nos cursos superiores.
A participação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
No sábado (3), primeiro dia de provas do Enem, os candidatos vão responder a questões de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. No domingo (4), serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias e de matemática e suas tecnologias. Além disso, no último dia do exame, o aluno fará a redação, que está no topo das preocupações dos participantes por representar 50% da nota total.
“Não estou nervosa, mas preocupada com o tanto que a prova será cansativa porque é muito comprida e é pouco tempo”, disse Yasmim Leite Neres Perna. Ela admite o cansaço com os estudos que foram intensificados nos últimos dias, tanto para o Enem e quanto para o vestibular.
“Espero que a prova do Enem seja mais tranquila, mas acho que a parte da redação será mais rígida do que a do vestibular. Ainda não vi as mudanças nos critérios deste ano”, disse a estudante do Marista, escola da rede particular.
A previsão é que os gabaritos do Enem sejam divulgados no dia 7 de novembro e os resultados gerais saiam no dia 28 de dezembro.
Fonte: Agência Brasil

ENEM 2012

Especialistas dão dicas para candidatos ao Enem 2012

Professor_Jorge_NegriAs provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão realizadas no próximo final de semana, em todo o país. O Exame é utilizado como processo seletivo em várias universidades federais, como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) e também pode ser aproveitado no Processo Seletivo Vocacionado (PSV) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
O Enem conta com quatro provas objetivas, sendo cada uma com 45 questões, e uma redação. No sábado, 3, serão aplicadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. No domingo, 4, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias. No primeiro dia, os candidatos terão 4h30 para responder as questões. Já no segundo dia, eles contam com 5h30.
Segundo Jorge Negri, professor de um cursinho da cidade, as questões do Enem não são difíceis para os alunos. "As questões são muito interpretativas. Na maioria das vezes, a resposta está no próprio enunciado, basta ler com atenção. Então a preparação para o Enem é muito diferente de um vestibular, que é uma prova técnica e exige fórmulas, entre outros. O Exame exige muita leitura por parte dos estudantes", afirma.
Para o professor, nos próximos dias, os candidatos devem buscar somente a leitura. "A leitura é a grande dica para o Enem. Como a prova está muito próxima, eu recomendo que os candidatos não mudem a rotina. Durmam bem, comam bem e procurem não ter estresse. Aproveitem também para conhecer o local de prova e o trajeto que irá percorrer no dia do exame de forma a evitar contratempos. Também devem separar a documentação para não correr o risco de esquecer algo", recomenda Jorge Negri.
Para o dia da prova, as recomendações já são outras. "Que os candidatos saiam de casa com pelo menos duas horas de antecedência. Então já que a prova será às 12h, procurem sair às 10h, para evitar problemas no trajeto. Levem água, uma barra de cereal e goma de mascar, que é bom para não se estressar. Na hora da prova, os candidatos devem começar pelo que sabe em todas as provas e só depois voltar para as que não sabe resolver. Tenham tranquilidade e não fiquem preocupados", comenta o professor.
As provas serão aplicadas às 13h, horário de Brasília. Como Mossoró não adota o horário de verão, os portões serão fechados às 12h. Os candidatos deverão levar somente caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, cartão de confirmação de inscrição, documento de identificação oficial com foto, água e lanche.
Dicas para fazer uma boa prova
- Tenha confiança

- Aproveite o tempo para revisar
- Controle a ansiedade
- Descanso é importante para um bom desempenho
- Se o candidato já estudou tudo, o conselho é "se desligar da prova".
- Não perca o foco dos estudos
- Invista na leitura de livros e atualidade
- Na véspera da prova, é importante relaxar, fazer uma refeição leve e dormir cedo
- Confira o local de prova e a documentação necessária
- Na hora da prova, os candidatos devem começar pelo que sabe em todas as provas e só depois voltar para as que não sabe resolver.
- Leia o enunciado da prova com atenção
- Leve água, uma barra de cereal e goma de mascar, que é bom para não se estressar.

ENEM 2012

Mais de 131 mil estudantes do RN farão provas do Enem no fim de semana


DN Online

O Exame Nacional do Ensino Médio 2012 (Enem) vai movimentar mais de 5,7 milhões de estudantes em todo o país neste final de semana. No Rio Grande do Norte 131.395 alunos irão prestar o exame que oportuniza o acesso ao Ensino Superior nas universidades federais.

No Estado, o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFRN) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) usam os resultados do Enem para o preenchimento total das vagas. Já a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vai adotar o Enem para o preenchimento de 50% das vagas.

Os estudantes devem ficar atentos ao horário de verão. No RN, os portões dos locais de prova serão abertos às 11h e fechados às 12h. No sábado, 3, as provas serão de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4h30min.

Já no domingo, 4, as provas serão de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias.