quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quarta-feira de Cinzas

É na quarta-feira de cinzas que começa a quaresma. Passam-se quarenta dias antes da Sexta-feira Santa. O nome “oficial” da quarta feira de cinzas é “ O Dia das cinzas”. O motivo pelo qual este dia ficou conhecido como quarta-feira de cinzas é que são 40 dias antes da Sexta-feira Santa, e o primeiro dia é sempre uma quarta-feira. A Bíblia não menciona a quarta-feira de cinzas. 

O período da quaresma tem como objetivo ser um tempo no qual as atividades e hábitos pecaminosos são abandonados. A quarta-feira de cinzas é o início deste período de arrependimento. A Bíblia contém inúmeras narrativas de pessoas usando “poeira e cinzas” como símbolo de arrependimento e/ou sofrimento (Gênesis 18:27; II Samuel 13:19; Ester 4:1; Jó 2:8; Daniel 9:3; Mateus 11:21). A tradição é que se desenhe, com cinzas, o sinal da cruz na testa da pessoa, como símbolo de sua identificação com Jesus Cristo. Um conceito parecido é mencionado em Apocalipse 7:3; 9:4; 14:1 e 22:4.

Deve o cristão observar a quarta-feira de cinzas? A quarta-feira de cinzas, junto com a quaresma, é observada pela maioria dos católicos, pela maioria das denominações ortodoxas e algumas denominações protestantes. Como a Bíblia, em nenhum lugar, ordena ou condena tal prática, os cristãos estão livres para, em oração, decidirem se vão ou não observar a quarta-feira de cinzas. Se um cristão se sente movido pelo Senhor a observar a quarta-feira de cinzas ou quaresma, o importante é que o faça sob a ótica bíblica. É boa coisa se arrepender de atividades pecaminosas. É boa coisa claramente se identificar como um cristão. Mas não é bíblico crer que Deus vai, automaticamente, abençoar você em resposta a observação de um ritual. Deus está interessado em nossos corações, não em que observemos rituais. Veja Mateus capítulo 6, versos 1-8.

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link:http://www.gotquestions.org/Portugues/quarta-feira-cinzas.html

sábado, 9 de fevereiro de 2013

COMO OS BLOGS PODEM MELHORAR A ESCRITA DOS ALUNOS

Contato com as plataformas permite que os estudantes desenvolvam habilidades como diálogo e senso de responsabilidade

Os blogs podem ser importantes ferramentas para desenvolver habilidades relacionadas à escrita e comunicação com os alunos. Mas seu uso não se restringe aos textos. O contato com as plataformas permite que os estudantes desenvolvam outras habilidades como diálogo e senso de responsabilidade, ao terem que, por exemplo, responder os comentários ou administrar questões de direitos autorais sobre o que publicam. Para ajudar os educadores sobre o uso dos blogs em sala de aula, Ben Curran, professor e consultor educacional em uma escola em Detroit, nos Estados Unidos, dá dicas, passo a passo, de como criar um blog, usá-lo em classe e até como ampliar seu acesso por meio de hashtags no Twitter, como é o caso da #comments4kids, criada por especialistas para chamar pessoas a comentarem em trabalhos de estudantes de todo mundo.

Segundo Ben Curran, criar um blog, para muitos, é sinônimo de “trabalheira”, mas o especialista garante que vale a pena. “É importante que os alunos tenham seus textos lidos por mais pessoas do que apenas pelo professor. O impacto é imensurável quando eles veem que suas publicações estão sendo lidas por familiares, colegas e pessoas de todo o mundo. É uma forma de fazê-los se atentarem a tudo, desde ao simples hábito da escrita até a escolha de palavras para se comunicar com mais clareza”, afirma o consultor à Education Week.

Segundo ele, outros avanços são bastante claros: os alunos ficam mais cautelosos para escrever, criam o costume de ler e reler os textos antes de enviá-los ou publicá-los, estabelecem uma relação de troca com os colegas compartilhando textos para revisão. “Os meus alunos, por exemplo, passaram a ter conversas mais significativas sobre a escrita, fazem perguntas e observações mais sofisticadas do que faziam antes. Eles se tornaram escritores e passaram a viver ‘vida de escritores’, o objetivo final de qualquer professor”, diz ele que é fundador da Engaging Educators, iniciativa que ajuda professores a se engajarem a partir do uso da tecnologia. Em outras situações, afirma, produzir um blog amplia a abordagem de novos conteúdos em sala de aula, como o uso das mídias sociais, cidadania digital e direitos autorais.

Acompanhe as dicas:

1. Foco no tema
O primeiro passo que o professor precisa ter em mente é a escolha do tema que deseja trabalhar com os estudantes. O ideal é que o tema sirva como apoio a disciplina que esteja ensinando. Os assuntos podem variar, desde diários reflexivos de matemática ou ciências, resenhas de livros ou até mesmo artigos de opinião sobre atualidades. No caso do professor Curran, seus alunos mantêm blogs que estimulam à prática de textos sobre política, como a revolta da Síria, aos conflitos étnicos, como o assassinato do jovem negro Martin Trayvon, 17, que estava desarmado e foi morto no ano passado por um vigia voluntário nos Estados Unidos. Enquanto outra plataforma, permite que os alunos compartilhem cartas que escreverem sobre questões sociais. E ainda, um último blog foi produzido sobre os livros que os alunos estão lendo.

2. Formato e plataformas
Depois de focar em um temática, é preciso pensar em formatos e plataformas. O professor precisa decidir se quer criar um único blog, onde podem ser abarcados diferentes assuntos ou criar várias plataformas. A vantagem de criar um único blog é o “controle de qualidade” sobre as publicações, já que é o professor o administrador de tudo que é postado. Em contrapartida, isso exigirá mais tempo dele, já que precisará revisar e publicar os textos enviados por e-mails pelos estudantes. Outra opção, é que a criação de blog individuais pelos alunos. Neste caso, cada um tem um nome de usuário e senha individuais, e é responsável por suas próprias postagens. Uma boa opção de plataforma que pode ser adotada é o Blogger. O professor pode criar a plataforma e os alunos, acima de 13 anos, (idade mínima para configurar contas do Google), podem se cadastrar como autores. Dessa forma, o professor tem controle total sobre o conteúdo e os comentários. Outra alternativa é o KidBlog, desenvolvida especialmente para que professores e estudantes criem seus blogs individuais.

Em ambas as plataformas, que são gratuitas, é possível ainda gerenciar o nível de privacidade: ser totalmente privada, ter acesso restrito, ou seja, ser aberta apenas aos colegas de classe, ou ficar disponível para toda a web. Além disso, para garantir a segurança do que é postado, o professor pode ainda se inscrever por e-mail ou RSS para receber notificações automáticas sempre que novas publicações forem postadas.

3. Preparo e prática
Outro aspecto importante é a estruturação do blog (edição, revisão e interação com os leitores) e o preparo dos estudantes em relação ao senso de responsabilidade, já que os trabalhos publicados deixam de ser vistos somente pelo professor, mas por qualquer pessoa do mundo com acesso à internet.

4. Divulgação
A última etapa é divulgação dos blogs. O objetivo é que os professores estimulem seus alunos não somente a ler as publicações dos colegas, mas que comentem uns os textos dos outros. Para atrair leitores para além da sala de aula, um outro professor americano, William Chamberlain, decidiu criar a hashtag #comments4kids, para ampliar o número de leitores dos blogs criados por seus alunos.

Fonte: Portal Porvir
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PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO CULPAM ALUNO POR NOTA RUIM

Pesquisa mostra que 94% dos profissionais do ensino acham que estudante não se esforça e é desinteressado. Porém, 73% admitem que nunca leem livros

Três em cada dez alunos do 9º ano da rede pública já foram reprovados pelo menos uma vez. De quem é a culpa, então, dos problemas de aprendizagem e do baixo rendimento em sala de aula? Para os professores, principalmente da família e dos próprios alunos.

Para 96% dos docentes que atuam na rede pública, as dificuldades estão relacionadas à falta de acompanhamento da família; 94% atribuem as baixas notas ao desinteresse e à falta de esforço do aluno; e 70% acham que o motivo é a indisciplina dos estudantes.

Esses são alguns dados do levantamento feito com base nos questionários da Prova Brasil 2011, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No Espírito Santo, participaram alunos, professores e diretores de 1.004 escolas. Os dados foram divulgados pela organização sem fins lucrativos QEdu: Aprendizado em Foco.

Responsabilidade
Os resultados mostram que os professores não se sentem como parte responsável pelo fracasso no desempenho dos alunos. Dados como baixos salários, carência de infraestrutura, ambiente de insegurança e conteúdos curriculares inadequados também não foram levados em consideração pelos docentes. A maioria dos professores respondeu que conta com equipamentos e computadores com acesso à internet. 

Conselheiro do movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves Ramos afirma que creditar a culpa somente aos pais e aos alunos é uma visão equivocada dos problemas da educação. “Se os alunos não aprendem, o maior insucesso é do professor. É preciso levar em conta a qualidade pedagógica da aula, a capacidade de criar empatia com os alunos e de buscar soluções para os problemas em sala de aula. É papel do professor motivar seu aluno e mudar o percurso quando necessário.”

Papel
Mozart ressalta que o professor precisa se enxergar como parte integrante do contexto e cumprir o seu papel. “O professor não pode simplesmente passar o conteúdo sem dar sentido ao que ensina. É necessário relacionar e dialogar com o mundo do aluno, tornando a aula sempre atraente.” 

Para o secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa, uma série de fatores influencia na aprendizagem dos alunos, entre eles o grau de participação e de qualificação dos professores.“É preciso levar em conta o envolvimento e o nível cultural da família, o relacionamento dela com a escola, a organização da unidade de ensino, que deve ser dotada de ambiente moderno e confortável e a atratividade do currículo. Mas o professor tem um papel fundamental nesse contexto”, frisa o secretário.

73% dos professores leem pouco
Os hábitos dos professores também foram alvo do levantamento realizado na Prova Brasil 2011. Um dos dados que chamam atenção mostra que 73% dos professores das escolas públicas no Estado não têm o hábito de ler livros em seu tempo livre. Além disso, 68% dos docentes não frequentam museus, e 40% dos entrevistados afirmam que nunca vão ao cinema. 

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) Christovam Mendonça, a falta de hábito de leitura é uma realidade no Brasil, inclusive entre profissionais de outras áreas. Mas não acredita que, entre docentes, o índice seja causado apenas por desinteresse.

“É preciso lembrar que a maioria dos professores trabalha nos três turnos e não tem tempo para ir a bibliotecas, além do fato de os livros serem caros. Há fatores sociais, culturais e econômicos”, salienta Mendonça.

O conselheiro do Todos Pela Educação Mozart Neves Ramos surpreendeu-se com o resultado da pesquisa e diz que falta incentivo. “O custo do livro é alto. Em alguns Estados, as secretarias dão créditos para os professores escolherem os livros em feiras. É uma forma de mudar essa realidade.”

Fonte: A Gazeta (ES)
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GOVERNO AGORA QUER QUE CADA ESCOLA DEFINA SE HAVERÁ AULAS DURANTE COPA

Parecer de conselho diz que lei de Educação se sobrepõe à da Copa, que prevê férias no período de jogos. Pela LDB, calendário escolar deve se adequar a cada região; decisão é polêmica desnecessária, afirma deputado relator

Apesar de a Lei Geral da Copa prever que todas as Escolas do país ajustem o calendário de férias para que ele abranja o período dos jogos, a decisão pode ser suspensa.

O Conselho Nacional de Educação, órgão vinculado ao MEC, elaborou parecer em dezembro em que questiona a aplicação do artigo da lei sancionada em junho pela presidente Dilma Rousseff.

O documento ainda precisa ser homologado pela pasta para entrar em vigor -a Folha apurou que a posição do conselho tem o apoio do ministro Aloizio Mercadante.

O grupo argumenta que o texto não revoga ou altera explicitamente trecho da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que diz que o calendário Escolar deve ser fixado pelas Escolas seguindo as "peculiaridades" de cada região.

Por ser uma lei específica sobre o Ensino no país, a LDB se sobrepõe à lei da Copa, argumenta Mozart Ramos, relator do assunto no conselho. 

"Ninguém percebeu que o problema era mais complexo. Talvez o deputado [que fez o projeto de lei] não tivesse experiência na área de Educação, e quem tinha não leu direito."


Fonte: Folha de S.Paulo (SP)
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

PESQUISADOR AFIRMA QUE ESTRUTURA DAS ESCOLAS ADOECE PROFESSORES


Para historiador da USP, sociedade critica todos os aspectos do cotidiano escolar, mas se esforça para mantê-los da mesma forma. Ele propõe discutir o "rompimento" das estruturas

“O ambiente Escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava de enfeitar a Escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas me esgotei.”

Sem infraestrutura: Em 72,5% das Escolas da rede pública não há biblioteca
Estrutura Escolar adoece Professores e leva a abandono da profissão
O relato é da Professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos. Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um exemplo entre milhares de Professores que, todos os dias e há anos, se afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em suas rotinas.

Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses profissionais mostra o quanto o cotidiano de Professores e Alunos nos colégios é “insuportável”. “Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e a prática muitas vezes intolerável do cotidiano Escolar”, afirma.

O tema foi estudado pelo historiador por quatro anos, durante mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na dissertação O abolicionismo Escolar: reflexões a partir do adoecimento e da deserção dos Professores , Camargo analisou mais de 60 trabalhos acadêmicos que tratavam do adoecimento de Professores.

Camargo percebeu que a “epidemia” de doenças ocupacionais dos Docentes foi estudada sempre sob o ponto de vista médico. “Tentei mapear o problema do adoecimento e da deserção dos Professores não pela via da vitimização, mas pela forma como esses problemas estão ligados à forma naturalizada e invariável da forma Escolar na modernidade”, diz.

Desistência: Salários baixos provocam fuga de Professores da carreira
Luciana começou a adoecer em 2007 e está há dois anos afastada. Espera não ser colocada de volta em um colégio. “Tenho um laudo dizendo que eu não conseguiria mais trabalhar em Escola. Eu não sei o que vão fazer comigo. Mas, como essa não é uma doença visível, sou discriminada”, conta. A Professora critica a falta de apoio para os Docentes nas Escolas.

“Me sentia remando contra a maré. Eu gostava do que fazia, era boa profissional, mas não conseguia mudar o que estava errado. A Escola ficou ultrapassada, não atrai os Alunos. Eles só estão lá por obrigação e os pais delegam todas as responsabilidades de educar os filhos à Escola. Tudo isso me angustiava muito”, diz.

Viver sem Escola: é possível?

Orientado pelo Professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das Escolas como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um novo olhar sobre a Educação, um conceito chamado abolicionismo Escolar.

“Criticamos quase tudo na Escola (Alunos, Professores, conteúdos, gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais Escolas, mais Professores, mais Alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma modificou a rotina do cotidiano Escolar: todos os dias, uma legião de crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a supervisão de um Professor para que possam ocupar o tempo e aprender alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das estratégias didático-metodológicas de Ensino”, pondera.
Fora da sala de aula: Metade dos Professores não leem em tempo livre

Ele ressalta que essa “não é mais uma agenda política para trazer salvação definitiva” aos problemas Escolares. É uma crítica às inúmeras tentativas de reformular a Escola, mantendo-a da mesma forma. “A minha questão é outra: será possível não mais tentar resolver os problemas da Escola, mas compreender a existência da Escola como um grave problema político?”, provoca.

Na opinião do pesquisador, “as mazelas da Escola são rentáveis e parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam diagnósticos e prognósticos para uma possível cura”.

Problemas partilhados:Suzimeri Almeida da Silva, 44 anos, se tornou Professora de Ciências e Biologia em 1990. Em 2011, no entanto, chegou ao seu limite. Hoje, conseguiu ser realocada em um laboratório de ciências. “Se eu for obrigada a voltar para uma sala de aula, não vou dar conta. Não tenho mais estrutura psiquiátrica para isso”, conta a carioca.

Ela concorda que a estrutura Escolar adoece os profissionais. Além das doenças físicas – ela desenvolveu rinite alérgica por causa do giz e inúmeros calos nas cordas vocais –, Suzimeri diz que o ambiente provoca doenças psicológicas. Ela, que cuida de uma depressão, também reclama da falta de apoio das famílias e dos gestores aos Professores.

“O Professor é culpado de tudo, não é valorizado. Muitas crianças chegam cheias de problemas emocionais, sociais. Você vê tudo errado, quer ajudar, mas não consegue. Eu pensava: eu não sou psicóloga, não sou assistente social. O que eu estou fazendo aqui?”, lamenta. 

Fonte: iG

USO DE TECNOLOGIAS EXIGE PLANEJAMENTO

Entrevista com a diretora técnica do Instituto Crescer, Luciana Allan

Cada vez mais presentes no cotidiano, as tecnologias têm alterado o modo de pensar e de estudar dos jovens – algo que, segundo a diretora técnica do Instituto Crescer, Luciana Allan, ainda não foi assimilado totalmente pelas escolas brasileiras. Com base nos ensinamentos da neuroeducação, Luciana defende que o papel do professor agora é muito mais de mediação das informações do que apenas de transmissão delas. No entanto, ela ainda acredita que são necessárias mudanças tanto na estrutura da escola como também na formação dos professores para a adoção plena das tecnologias na educação. Leia a seguir a entrevista exclusiva concedida por Luciana para a Gestão Educacional.

Gestão Educacional: A inserção das tecnologias no cotidiano das crianças mudou a forma como elas pensam. Quais são as mudanças que as tecnologias promoveram no processo cognitivo das crianças?

Luciana: O cérebro vem passando por uma evolução nos últimos tempos, com base na quantidade de informação processada e dos estímulos que são dados, tanto que há uma expansão de 20% do córtex cerebral das pessoas por conta disso. O fato de as crianças estarem expostas cotidianamente a uma série de recursos multimídia tem feito com que elas aprendam de uma forma diferente da que nós aprendemos, que era muito mais cartesiana, linear e baseada na leitura e escrita. Hoje, a forma como as crianças aprendem está muito mais embasada nos estímulos visuais, o que traz uma nova necessidade de o professor repensar o trabalho que faz em sala de aula e trazer cada vez mais as tecnologias para o cotidiano escolar. O fato de a criança ter estímulo visual, interagir com uma quantidade muito maior de informações e conseguir lidar com diferentes recursos tecnológicos não quer dizer que ela está aprendendo. O papel do professor é muito importante nesse processo. Teve uma pesquisa em que colocaram um grupo de crianças numa sala onde só tinha uma televisão, passando uma programação, e outro grupo, numa outra sala, onde tinha a TV e outros estímulos. Ao final, perguntou-se para as crianças o que elas lembravam que tinham visto e ambos os grupos lembravam-se das mesmas coisas. Ou seja, apesar de elas estarem expostas a uma quantidade enorme de informações, elas param muito menos para refletir e prestar atenção naquilo que estão vendo. O educador precisa fazer com que essas crianças reflitam sobre os processos e não simplesmente saiam usando tecnologia.

Gestão Educacional: E quais tipos de práticas que façam uso dessas novas habilidades das crianças o professor pode usar em sala de aula?

Luciana: Os professores devem ter cada vez mais em mente que é preciso trabalhar as competências das crianças e tirar um pouco o foco do conteúdo. Ele [o professor] tem que trabalhar competências de leitura e escrita, de raciocínio lógico, de comunicação, relacionamentos interpessoais, administração do tempo. E para isso você tem diversas tecnologias que podem colaborar nesse sentido. [Saber] qual é a melhor tecnologia para cada momento vai depender muito da estratégia de ensino que o educador quer promover. Não adianta a gente pensar que o caminho inverso é o caminho adequado. Como ainda não há muita clareza sobre a intencionalidade do que se quer fazer e há uma demanda muito grande, uma cobrança tanto da gestão como dos pais para que isso ocorra, os professores acabam às vezes se atropelando e fazendo um processo inverso. Muitas vezes isso acaba otimizando o péssimo: aquilo que já não era bom acaba se tornando pior, e a aula tende ao fracasso. Aí sim aquela preocupação que a gente tem que os alunos acabem entrando em sites que não deveriam acaba se tornando muito mais evidente. Se você não tiver muito claro o objetivo daquela aula, o trabalho que tem que ser feito, o aluno vai sair clicando por aí. Agora, se você tiver uma aula muito bem planejada, ele vai focar no que tem que fazer.

Gestão Educacional: Além das tecnologias, quais outros recursos os professores podem utilizar com as crianças para estimular essas competências?

Luciana: Eu acredito muito no trabalho com projetos. Ele possibilita que os alunos estejam envolvidos num desafio que pode acontecer de forma colaborativa, estimulando os relacionamentos, a administração do tempo, o foco na pesquisa, o uso de tecnologias para apresentar seus projetos e o processo próprio de produção de textos e de oralidade. Tudo isso acaba sendo possível quando você trabalha com projetos. Os alunos gostam disso. Se você sabe apresentar bem um projeto, de uma forma lúdica, envolvendo eles num contexto que tenha a ver com o mundo real – por exemplo, a simulação de uma redação de jornal, de um tribunal ou de um grupo de pesquisas de uma universidade ou da NASA [Agência Espacial Norte Americana] –, e eles têm ali um papel muito bem definido, eles acabam se envolvendo naquela atividade, trabalhando muito bem em equipe e desenvolvendo suas competências. O mercado está pedindo pessoas com essas competências, e se a gente só tem foco no conteúdo, na transmissão de conhecimento, estaremos perdendo essa oportunidade, não preparando esse jovem para isso.

Gestão Educacional: Com a internet, os alunos adquirem conhecimentos – didáticos ou não – muito antes do professor. Qual deve ser o papel do professor nesse cenário, em que ele não é a única fonte de conhecimento da criança e do adolescente?

Luciana: O educador tem que ser ainda mais o moderador desse processo de aprendizagem. O fato de o aluno ter o acesso à internet não quer dizer que ele tem acesso a uma informação qualificada, que ele ache a informação mais adequada. Há todo um trabalho que deve ser feito de orientação para pesquisa, para identificar se um site é confiável ou não, de uma preocupação que se tem que ter com direitos autorais, com [a forma de] referenciar essas fontes de informação que vêm da internet. Eles não sabem como fazer isso, e é papel do professor ensinar aos estudantes [essas práticas]. Então, o fato de eles estarem navegando na internet, novamente, não quer dizer que está havendo um aprendizado adequado. É necessário todo um processo de orientação para isso, o que é papel do professor.

Gestão Educacional: O professor está preparado para essa orientação?

Luciana: Não, o professor ainda não consegue entender muito bem o papel dele nesse novo processo, com raras exceções. Eles [os professores] ainda estão com um pensamento, com uma preocupação muito maior de que o aluno esteja fazendo “cópia e cola” e jogando essa culpa no aluno. A pergunta é: em que momento o professor parou e orientou aquele aluno a não fazer “cópia e cola”? A tendência inicial do aluno é fazer isso, é o primeiro movimento que ele tem de aprendizado. Para ele, aquilo é suficiente, e aí o aluno fica até indignado quando o professor desvaloriza aquilo que ele fez. Mas em que momento ele foi orientado? Esse professor sentou junto, mostrou como fazer uma pesquisa, usar os recursos avançados de pesquisa de um sistema de busca, identificar quem é o autor daquela informação? Aí sim, a partir do momento em que você dá todas essas orientações, você pode cobrar do aluno que copiou e colou.

Gestão Educacional: As escolas estão preparadas para esse novo tipo de aluno, que está acostumado a receber vários estímulos, que tem um pensamento muito mais rápido do que antigamente?

Luciana: Não, elas ainda não estão. É fato que a gente vive num momento de transição. Nós temos a internet, que é a grande mudança, a meu ver, nesse processo todo. Ela trouxe uma nova forma de acesso à informação. Antes, o conteúdo que se aprendia na escola ou na universidade era suficiente ou quase que suficiente para você ingressar no mercado de trabalho e exercer uma profissão ao longo da vida. Hoje, o que se considera “verdadeiro” já não é mais amanhã. Os conceitos estão sendo continuamente revistos, e a informação é atualizada o tempo inteiro; e por conta do quê? Por conta da internet. A velocidade com que as informações estão surgindo é muito maior, e isso trouxe uma nova dinâmica para a sala de aula, porque antes você tinha um livro didático, que se seguia do começo ao fim, e isso era suficiente. Hoje, você tem esse mesmo livro didático e, dependendo da descoberta que foi feita, a informação que está ali não é nem mais verdadeira. Então, isso tudo trouxe uma nova dinâmica, e as pessoas ainda estão buscando formas de lidar com tudo isso. E o sistema de ensino ainda é muito “quadrado”, antiquado. O nosso sistema de ensino ainda valoriza o vestibular, o pai ainda cobra a escola para que ela prepare o aluno para ele entrar numa universidade, as provas ainda estão embasadas em conteúdos, a estrutura em que estamos organizados é em grade curricular, nós temos aulas compartimentadas: uma de Português, uma de História, outra de Geografia... A gente tem toda essa estrutura, e as escolas ficam tentando levar essas ferramentas para dentro de um sistema que não atende mais a essa demanda. Você pensa numa estratégia de ensino e quer usar a tecnologia para o aluno pesquisar, mas aí tem que parar tudo, tem que trazer aquela estrutura para a sala de aula ou levar os alunos para o laboratório. Tudo isso dificulta também a organização.

Gestão Educacional: E falta formação adequada para os professores?

Luciana: Acesso à tecnologia, todo mundo tem. Tem pesquisas que mostram que quase todo professor tem um computador. Para fins pessoais, ele sabe utilizá-lo, usar o Word, acessar a internet, ler e-mails, acessar redes sociais... Então dizer que o professor não tem o conhecimento mínimo não faz mais sentido. O xis não está mais nessa questão. A questão está na dificuldade de levar isso para dentro da sala de aula. E essa dificuldade está na falta de conhecimento para fins educacionais, na falta de tempo para fazer uma aula bem planejada, pois você tem que parar, avaliar os recursos, usar o software, e o professor não tem esse tempo nem na rede pública, nem na particular. Falta infraestrutura de apoio para o professor em muitos casos, e falta espaço para que tudo isso aconteça. A falta de adoção das tecnologias não está mais nem no fato de o professor saber ou não mexer no computador. E as escolas estão cada vez mais numa corrida insana atrás de novos recursos quando, na realidade, não está conseguindo nem lidar com o recurso anterior. Nem sabemos trabalhar com o computador e já se está pensando no tablet. Não sabemos usar o tablet e já estamos pensando na lousa digital. Estão colocando toda aquela parafernália, exigindo que o professor use, mas em que momento esse professor pode parar, refletir e entender como pode usar esse recurso?

Fonte: Revista Gestão Educacional
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

1ª Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas

JORNADA PEDAGÓGICA CHEGA AO FIM

A 1ª Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas teve continuidade nesta Terça-feira, dia 05 de Fevereiro do corrente ano. Na programação para este dia, teve uma palestra que foi ministrada por Petrúcio Ferreira, Diretor da 10ª DIRED, como também, o grupo teatral da cidade de Janduís, que fez uma belíssima apresentação, mostrando a importância da Educação para um futuro melhor e finalizando a senhora secretária, Ália, mostrou as metas da Secretaria para este ano.

O momento de grande proveito deste dia foi o da palestra, que teve como tema trabalhado: “Educação: Novos caminhos, novas perspectivas”, que foi mostrado com grande propriedade pelo o Diretor da 10ª DIRED, Petrúcio Ferreira, mostrou que os processos para a construção da educação, numa nova visão voltada para a perspectiva de uma educação multi e pluri, na qual a Interdisciplinaridade não tem a pretensão de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes pontos de vista da educação, assim, nesse processo de formação em meio a complexidade em que se encontra a aprendizagem é, que deve traçar dinâmicas dentro de um Didática que atenda os anseios do aluno, analisando os pontos positivos e negativos deste processo de formação.

Logo após a esta brilhante palestra, o evento foi contemplado com a apresentação teatral com o grupo de teatro da cidade Janduís- RN. Momento este de grande valia, pois o grupo transmitiu a importância da educação nos dias presentes, incentivando os professores a continuarem nesta batalha da “Educação contra o analfabetismo”.

Em seguida, a Senhora secretária, Ália Eine de Queiroz Damásio, traçou as metas da Secretaria de Educação de Jardim de Piranhas para este ano, mostrando aos presentes toda a disponibilidade de auxiliar aos que venham necessitar da Secretaria, como também pediu que todos os professores a ajudassem nesta “divina missão de educar e formar os jardinenses”.

Joildo Alexandre.
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1ª JORNADA PEDAGÓGICA

A ARTE DE EDUCAR

Educar requer do mestre uma visão além do real, perceber nos seus discípulos o que se passa em suas vidas, então, é neste momento que entra a função da poesia na vida do professor, pelo o fato da Criança viver num mundo que é descoberto por ela a cada instante, a realidade muda em suas vidas na mesma velocidade da luz, principalmente nesta cultura que estamos inseridos, assim, tudo é novo, tudo é estranho e tudo é desconhecido para este Ser em pleno processo de conhecimento.

Creio que foi pensando nesta situação real que se encontra a educação presente é que foi convidado o cordelista Antônio Francisco, para auxiliar os professores nesta árdua missão de enxergar a atual realidade que o aluno vive, para só assim, transmitir aos mesmos, o conhecimento.

A arte de entrelaçar a realidade com palavras se fez presente no primeiro dia da Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas. Pois bem, esteve abrilhantando as mentes dos educadores jardinenses, o ilustríssimo poeta e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), o senhor Antônio Francisco.

Este nobre mossoroense, com seu dom, transportou todos os presentes para uma viagem ao mundo da poesia, mostrando traços históricos por meio da sutileza das palavras proferidas. Caminhou por meio dos participantes, distribuindo vigor oriundo dos livros e da vida, caminhou com o objetivo de distribuir aos mestres, a leveza e a força da poesia no fortalecimento do educador ao ser levado ao mundo imaginário.

A Secretaria de Educação de Jardim de Piranhas, na pessoa da Senhora secretária,Ália Eine de Queiroz Damásio, como também de todos os professores e profissionais desta área, vem mostrando comprometimento na formação de nossas crianças, adolescentes e jovens. Com esta bela atitude de formar cidadãos, só quem ganha é o próprio município, com os frutos que serão colhidos futuramente. Os parabéns a todos aos defensores (Secretária, Diretores e professores) por uma educação de qualidade, para que só tenhamos profissionais bem qualificados servindo à cidade.

Joildo Alexandre.
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1ª JORNADA PEDAGÓGICA


Dezenas de professores participaram nesta segunda-feira, 4, da abertura da 1ª Jornada Pedagógica deste ano em Jardim de Piranhas. O evento, realizado na escola Machado de Assis, contou com a participação do prefeito Elídio Queiroz, de secretários municipais e autoridades locais.

A palestra de abertura foi realizada pela professora Regiane Santos Cabral de Paiva, titular da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN/Mossoró) que falou sobre “saberes e competências para o Ensino”. O evento foi encerrado com o espetáculo do poeta Antônio Francisco, um dos mais importantes cordelistas brasileiros e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC).

A secretária de Educação Ália Eine de Queiróz Damásio, agradeceu a recepção dos servidores da pasta, e se comprometeu em trabalhar de forma democrática para que a educação de Jardim de Piranhas seja uma referência no Seridó.

O prefeito Elídio Queiroz, que fez a abertura oficial da Jornada, lembrou da importância do professor na construção social, moral e ética da comunidade. Ele se comprometeu em cuidar das questões trabalhistas e da valorização dos profissionais, mas também pediu a ajuda de todos no processo de reestruturação da educação do município.

A 1ª Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas continua nesta terça-feira, 5, com mais palestras e discussões que vão culminar na construção dos princípios norteadores do plano municipal de educação do município.


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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"EDUCAÇÃO É TERRÍVEL NO MUNDO TODO", DIZ PESQUISADOR DE TECNOLOGIA

"Educamos para um contexto que não existe mais", afirmou o especialista Marc Prensky

Mais do que mudar a forma como a tecnologia é usada na educação, a proposta de Marc Prensky é mudar toda a educação, pois ela é "terrível" em todos os lugares do mundo. O especialista em educação e tecnologia, convidado da Fundação Telefônica na Campus Party Brasil deste ano, explicou em palestra na noite desta terça-feira sobre como os "nativos digitais" precisam ter de seus professores.
O termo "nativos digitais" refere-se às pessoas que já nasceram na era digital, e se opõe aos "imigrantes digitais", ou aqueles que conheceram o mundo antes da internet. O palestrante americano mostrou uma foto sua em 1970, com um violão, e depois outra atual, com um tablet. Na sua percepção, os nativos digitais têm mais facilidade de adaptação.

"O mundo todo está em uma má situação em termos de educação", diz, "não são só países como o Brasil, só países em desenvolvimento". "E por que digo que a educação é terrível? Porque educamos para um contexto que não existe mais", afirmou, explicando que hoje em dia não se precisa de matemática, ciência e física como na época em que essas temáticas foram incluídas no currículo. "E ninguém ouve quando alguém diz, 'vamos fazer isso diferente'", completou.

Na visão de Prensky, o foco da educação deveria estar nos "verbos" e não nos "substantivos". "Questionamos se as crianças deveriam usar o PowerPoint, a Wikipédia em sala. Mas isso são 'substantivos'. O que realmente queremos é os 'verbos': apresentar, aprender, ler", explicou. "Os verbos não mudam, queremos os mesmos 'verbos' há mil anos", resumiu, citando pensamento crítico, lógica, criatividade. "E há muitos desses verbos, mas temos que nos perguntar: quais são os 'verbos'-chave? E só depois que soubermos disso, nos perguntamos quais 'substantivos' vamos usar", definiu.

Cérebro estendido
Para responder a essas perguntas, o especialista apresentou o conceito do cérebro estendido, uma soma do cérebro de cada um com as possibilidades oferecidas pela tecnologia. Para o pesquisador, o cérebro é bom em algumas atividades, mas pode se beneficiar das máquinas para, por exemplo, "lembrar tudo ou processar três milhões de dados". Em um dos slides, Prensky resumiu a ideia com uma citação de uma criança de 10 anos: "antigamente as pessoas precisavam saber de cor os números de telefone". 

A forma de lidar com esse cérebro estendido seria, pois, combinar as potencialidades das máquinas e dos cérebros. "E acho que é isso que vocês estão fazendo aqui. Vocês são as pessoas que vão criar a inovação", afirmou à audiência do palco principal do Anhembi Parque.

Para falar sobre suas ideias aplicadas à educação, o pesquisador citou um estudante que disse "a coisa mais inteligente que já ouviu": que professores entendem a tecnologia como ferramentas, enquanto estudantes a entendem como uma fundação, uma base que se estende sob o restante.

Trivial x poderoso
Prensky também falou de como vê a tecnologia envolvida na educação de duas formas, uma "trivial" e a outra "poderosa". "A primeira é fazer as mesmas coisas que sempre fizemos, em novas formas - sempre escrevemos, agora temos um blog ou usamos teclado. Eu chamo de trivial, não porque não é importante, mas porque já fazíamos antes. E há as coisas que não podíamos fazer, que chamo de poderosas", explicou citando chamadas de voz por IP, tweets, impressão 3D, inteligência artificial, jogos, simulações e robótica entre as formas "poderosas" de a tecnologia influenciar a educação. 

"Mas por mais que gostemos de tecnologia, é preciso lembrar que há coisas muito importantes na educação que a ela não faz", destacou, citando empatia, escolha e paixão. Para ele, essas são as coisas que o cérebro faz melhor, e que é nisso que os professores devem se focar, adaptando o 'como' ensinam.

E é preciso adaptar também, segundo Prensky, mudar o "o quê" se ensina. Ele defende que no novo modelo de educação os jovens sejam "nós da rede", que possam se conectar o máximo possível e que os professores orientem o percurso, fazendo, de acordo com o pesquisador, o que cada um faz melhor: os estudantes, se conectar e achar os conteúdos, e os professores, questionar, orientar e avaliar.

"Muito se diz que a escola precisa ensinar 'o básico' para as crianças, mas 'o básico' também está mudando", defendeu, apresentando sua proposta do que seria o novo "básico" da educação formal, que ele chamada de eTARA, sigla em inglês para o conjunto de pensamento, ação, relacionamento e conquista efetivos. Programar, na lista de Prensky, é parte de pensamento efetivo, assim como ética de relacionamento, e empreendedorismo de ação.

O pesquisador finalizou incentivando os empreendedores e geeks que o ouviam a criar aplicativos, programas e outras ferramentas para mudar a forma do ensino usando a tecnologia.

Campus Party Brasil 2013
A sexta edição da Campus Party Brasil, uma das maiores festas de inovação, tecnologia e cultura digital do mundo, acontece entre 28 de janeiro e 3 de fevereiro no Anhembi Parque, em São Paulo. Na Arena do evento, 8 mil pessoas têm acesso à internet de alta velocidade e a mais de 500 horas de palestras, oficinas e workshops em 18 temáticas, que vão desde mídias sociais e empreendedorismo até robótica e biotecnologia. Cinco mil desses campuseiros passam a semana acampados no local. 

A 6ª edição traz ao Brasil nomes como o astronauta Buzz Aldrin, um dos primeiros homens a pisar na Lua, e o fundador da Atari, Nolan Bushnell. Em sua sexta edição em São Paulo, a Campus Party também teve no ano passado a primeira edição em Recife (PE). O evento acontece ainda em países como Colômbia, Estados Unidos, México, Equador e Espanha, onde nasceu em 1997.

Nas edições brasileiras anteriores, o evento trouxe ao País nomes como Tim Berners-Lee, o criador da Web; Kevin Mitnick, um dos mais famosos hackers do mundo; Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos; Steve Wozniak, que fundou a Apple ao lado de Steve Jobs; e Kul Wadhwa, diretor-geral da fundação Wikimedia,que mantém a Wikipédia.

O Terra cobre o evento direto do Anhembi Parque e, além do canal especial Campus Party Brasil 2013, os internautas podem acompanhar as novidades pelo blog Direto da Campus. Para seguir a festa pelo Twitter, basta acompanhar a hashtag oficial do evento, #cpbr6. 

Fonte: Terra 
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AJUDE SEU FILHO A ENFRENTAR O FRIO NA BARRIGA DO PRIMEIRO DIA DE AULA

"Os adultos devem falar sobre esse caminho de crescimento, cheio de amigos, brincadeiras e professores que vão receber e acompanhar a todos", afirma Maria Irene Maluf

Cada fase da vida de uma criança tem seus encantos e suas dificuldades. Falar as primeiras palavras vem do esforço de balbuciar sílabas inicialmente sem sentido; os passos iniciais não são dados antes de alguns tombos. Passar a conviver com os colegas no ambiente escolar é outro desses desafios. Talvez o maior enfrentado pela criança até então, porque ela terá de se distanciar dos pais - o que pode parecer ruim e ameaçador.

A primeira providência dos pais deve ser conversar sobre o quanto essa etapa do desenvolvimento é positiva. "Os adultos devem falar sobre esse caminho de crescimento, cheio de amigos, brincadeiras e professores que vão receber e acompanhar a todos", declara Maria Irene Maluf, coordenadora do núcleo Sul/Sudeste da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia). As crianças que já estão na escola e, por algum motivo, têm de mudar de instituição, também merecem uma atenção especial. A situação pode gerar ansiedade, independentemente do motivo da troca.

"Seja qual for a razão, os pais devem tratar o assunto com a máxima sinceridade. Se foi por mudança de endereço, há um dado concreto, a dificuldade de deslocamento pode acarretar muita perda de tempo e chateação não somente para os adultos, mas também para a criança", fala a especialista em pedagogia educacional Beatriz Judith Lima Scoz. "Se foi por falta de adaptação ou insatisfação dos pais em relação à escola anterior, o filho também tem direito a uma explicação sobre os motivos da mudança e sobre os benefícios que poderá obter na nova escola", diz Beatriz.

Se o seu filho vai pela primeira vez para a escola...

- Não deixe para falar sobre o assunto apenas na véspera do início das aulas, vá preparando o terreno. "Aproveite oportunidades que vêm da própria curiosidade da criança, que ouve falar da experiência dos amigos e dos familiares", afirma Beatriz; 

- Explique que, além de ser uma oportunidade de aprendizado, é a chance de fazer novos amigos;

- Esteja bastante seguro de que o lugar escolhido é o melhor possível. Isso vai dar tranquilidade, principalmente para os adultos, e ajudar a baixar a ansiedade. Marque entrevistas com a diretora ou coordenadora, pergunte sobre a linha pedagógica, a metodologia de ensino, os sistemas de avaliação e as atividades em geral. Circule pelo espaço físico para verificar se ele é seguro e se oferece o que você espera: laboratórios, quadras de esportes e piscinas entre outras instalações. Se possível, entre em contato com outros pais de alunos da instituição para ouvir suas opiniões;

- Convide a criança a participar de todas as etapas que antecedem sua entrada na escola, opinando sobre o uniforme e a compra do material. Ela pode ajudar, ainda, a encapar e etiquetar livros e cadernos, assim, vai se sentir comprometida;

- Faça a adaptação da criança. É claro que ela ficará assustada se for deixada em um ambiente que desconhece logo no primeiro dia. Por isso, as escolas permitem um período de adaptação. Os pais –ou outra pessoa próxima– podem ir com o filho e ficar algumas horas a princípio. À medida que ele se sentir confortável, o tempo de permanência diminui. Muitas instituições contam ainda com programas flexíveis que antecedem o início oficial das aulas. "A frequência diária não é obrigatória, e o horário também não é fixo. A criança escolhe quanto tempo quer ficar, com ou sem a presença dos pais", fala Beatriz;

- Lide com a própria ansiedade. É impossível não se sentir ansioso, mas isso não deve transparecer como algo ruim para a criança. "Os pais devem aprender e aceitar que passos importantes são dados com ansiedade tolerável se estiverem bem preparados", declara o psicólogo Rogério Lerner, do Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da USP;

- Mais importante de tudo: retrate a escola como uma experiência desejável, positiva, importante e natural ao desenvolvimento de cada ser humano. "Os pais devem explicar, com carinho, o que se faz na escola, se possível falando de como foi sua própria experiência", afirma a educadora Mônica Pereira dos Santos, coordenadora do Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação da Faculdade de Educação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). "Não significa criar altas expectativas e sim fazer com que a criança entenda o processo de escolarização como parte normal de seu crescimento como ser humano em sociedade."

Se o seu filho vai mudar de escola...
- Converse com os profissionais do novo colégio, explicando os motivos da mudança. "Peça ajuda a eles no acolhimento e na adaptação da criança, facilitando seu contato com os novos colegas e observando a bagagem pedagógica que ela traz da outra escola", diz Beatriz Scoz; 

- Leve a criança para conhecer a nova instituição antes de as aulas começarem. "Aproveite para explicar a ela que mudanças causam desconforto, mas que nem por isso são ruins", fala Beatriz;

- Se a criança estava bem adaptada à escola anterior e a mudança acontecer, por exemplo, devido à troca de endereço, é preferível buscar uma instituição que siga a mesma linha pedagógica. Agora, se a troca está ocorrendo exatamente pela dificuldade de adaptação da criança, melhor escolher uma que tenha outro tipo de proposta. "É fundamental que a família toda se identifique com o clima social e com o projeto pedagógico da escola", diz Rogério Lerner. Mas é importante lembrar que a criança (principalmente as menores) sente mais o impacto da socialização do que da linha pedagógica adotada;

- Sempre que possível, escolha o período do início do ano para fazer essa troca. A turma é nova, em geral há mais alunos que também estão entrando na escola naquele momento e a chance de se enturmar é maior. "E mais rapidamente ela desenvolverá o sentimento de pertencer àquele ambiente, tornando a experiência positiva", diz a educadora Mônica Pereira dos Santos.

Fonte: UOL Educação
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LANÇADO PORTAL QUE VAI AJUDAR GESTÃO DAS REDES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

Plataforma tem contéudo com orientação sobre temas como alimentação e transporte escolar, material pedagógico, serviços públicos e gestão orçamentária e suprimentos

As mais de 5,5 mil secretarias municipais de Educação do país contam agora com uma ferramenta virtual para apoiá-las a aprimorar a gestão, o portal Conviva Educação, lançado hoje (31) em Brasília por um conjunto de 11 instituições. O ambiente virtual agrupa informações para os gestores de educação de acordo com três eixos: gestão, formação e fórum.

Cada Secretaria de Educação poderá cadastrar dez usuários que terão acesso a conteúdos com orientação sobre temas como alimentação e transporte escolar, material pedagógico, serviços públicos e gestão orçamentária e suprimentos. Os usuários poderão inserir dados sobre seu município e obter relatórios com diagnóstico para auxiliar na construção de planos de ação.

“O Conviva dará uma amplitude ao que é gestão de educação e ao dia a dia dessa gestão, para fazer com que se alcance a qualidade na educação pública”, explicou a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e secretária municipal de Educação de São Bernardo do Campo (SP), Cleuza Repulho.

Para Cleuza, a iniciativa também é importante para apoiar os prefeitos que estão iniciando agora a administração. “Os municípios tiveram um índice de renovação dos prefeitos de 70% nas últimas eleições, então, gestores que nunca trabalharam com gestão pública na área de educação assumiram os cargos”, explicou.

O site tem também espaço para um fórum de discussões e, em uma segunda etapa, vai oferecer cursos. Os secretários estaduais de Educação também podem se inscrever no site, embora os conteúdos estejam mais direcionados para a gestão municipal. A administração do Conviva é da Undime e o endereço eletrônico é www.convivaeducacao.org.br.

Para a secretária municipal de Educação de Colinas (TO), Odaléa Sarmento, a informação é fundamental para o bom planejamento das ações educacionais. “Precisamos muito da informação para que consigamos pôr em prática o planejamento. Minha expectativa com o Conviva é conseguir inserir minhas dúvidas e ter um retorno dessa comunicação em rede”.

Fonte: Agência Brasil
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LIMITE DE ALUNOS POR TURMA DEPENDE DE BOM SENSO DAS ESCOLAS

Sem legislação nacional, alguns Estados têm regras próprias ou acordos com sindicatos para controlar número de alunos em cada sala de aula. Outros deixam colégios decidirem


Érica Paschoal Figueiredo, 31 anos, levou um susto na última quarta-feira, quando as aulas da filha, Sarah, 11 anos, começaram. Na lista de Alunos matriculados na turma dela, do 6º ano do Ensino fundamental de uma Escola particular de Brasília, há 41 nomes. “É difícil escutar o Professor, enxergar o quadro e manter a concentração com tantos estudantes numa sala”, diz.

Preocupada com o dia a dia na sala de aula, ela procurou informações no Ministério da Educação sobre leis que regulassem o tamanho das turmas nas Escolas brasileiras. Descobriu que não há. A atendente do Fala Brasil (o programa de atendimento gratuito à população do MEC) ainda lhe disse que as Escolas privadas têm autonomia administrativa e pedagógica.

A dúvida de Érica, que não é isolada, também preocupa especialistas e mobiliza sindicatos e entidades em todo o País. Desde 2010, o Conselho Nacional de Educação aprovou um parecer que, entre outras medidas consideradas essenciais para um Ensino de qualidade, limita a quantidade de estudantes em cada turma, que varia de acordo com a etapa educacional.

O parecer nº 8, de maio de 2010, se baseou na proposta do Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi), um projeto desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação que traça os insumos mínimos necessários em uma Escola para garantir qualidade de Ensino. A proposta, no entanto, ainda aguarda a análise do ministro da Educação.

De acordo com o documento, as turmas de Creche deveriam ter, no máximo, 13 Alunos. As de Pré-Escola, 22. Nos primeiros anos do Ensino fundamental, as classes não deveriam ter mais de 24 estudantes e, nos anos finais e no Ensino médio, 30 Alunos. Os números são bastante diferentes dos vistos nas Escolas do País e exigiriam esforço para contratar novos Professores.

“A partir do momento em que o documento for homologado, os órgãos de controle poderão cobrar os gestores de modo mais eficiente. Por isso, é difícil aprová-lo. É um absurdo ainda não termos uma normatização em relação às condições, os padrões mínimos de qualidade exigidos pela LDB”, afirma o conselheiro do CNE Mozart Neves Ramos, relator do parecer.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, diz em seu artigo é “dever do Estado” efetivar a “Educação Escolar pública com a garantia de padrões mínimos de qualidade de Ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por Aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de Ensino-aprendizagem”.

Ramos admite que adotar essas regras traria dificuldades para os gestores, por causa do custo de contratação de novos Professores e a carência desses profissionais. “Mas a quantidade de Alunos influencia diretamente na qualidade das aulas. Sou Professor e digo que ter 30 Alunos, conhecê-los por nome e auxiliá-los em suas dificuldades é importante. E impossível em turmas grandes”, comenta.

Escolhas variadas
Érica pretende conversar com outros pais e coordenadores na primeira reunião da Escola. “A gente fica de mãos atadas. Pagamos uma Escola cara e não podemos exigir muita coisa, porque elas têm autonomia, cabe ao bom senso delas não lotar as salas. Facilitaria muito se houvesse uma lei nacional sobre o assunto. A Escola não poderia abusar”, opina.

O “bom senso” é a única alternativa no caso de Érica porque o colégio da filha está cumprindo o acordo feito em Brasília entre o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal os gestores da rede privada local. Os limites combinados estão bem acima dos propostos pelo Conselho Nacional de Educação.

Pela convenção coletiva de trabalho assinada pelo sindicato na cidade, as Escolas particulares devem seguir os limites de 30 Alunos nas turmas de Educação infantil, 35 nas de 1ª e 2ª séries do Ensino fundamental; 40 nas de 3ª e 4ª séries do Ensino fundamental; 45 nas classes de 5ª a 9ª séries do Ensino fundamental e 50 no Ensino médio.

Há Escolas privadas, no entanto, que optam por diminuir essa quantidade. Caso do Centro Educacional Leonardo da Vinci, no qual as maiores turmas, as do Ensino médio, não passam de 40 Alunos. No Ensino fundamental elas variam de 20 Alunos (1º ano), no máximo, passando por 28 nas de 5º ano e 39 no 9º ano.

Angel Prieto, diretor pedagógico do colégio Galois, conta que, no Ensino fundamental, as classes comportam, em média, 35 Alunos. “A gente monta as turmas com bom senso. Quanto mais velhos, mais atentos e disciplinados já estão os Alunos. Então é possível ter turmas maiores”, analisa.

Os números nas classes da rede pública do DF variam um pouco, especialmente nas séries iniciais. De acordo com o decreto nº 27.217 de 1997, esse limite é de 20 crianças por turma na Creche; 30 na Pré-Escola e ciclo inicial de Alfabetização e de 45 nas turmas de Ensino fundamental e médio. Em São Paulo, o limite para o Ensino fundamental é de 35 Alunos.

Para Afonso Celso Tanus Galvão, especialista em dinâmica curricular e Ensino-aprendizagem, uma turma de Ensino fundamental com 45 Alunos “é um absurdo”. “Isso é caótico e acaba com o Professor. Não há como realizar o trabalho da parte cognitiva do Aluno de modo adequado”, afirma o também coordenador do mestrado em Educação da Universidade Católica de Brasília.

Por isso, ele defende uma legislação nacional sobre o tema, que ajudaria a orientar Escolas. Mas reconhece que as especificidades de cada uma poderiam ser levadas em conta na hora de montar as turmas. “Quanto mais o Professor der atendimento individualizado aos Alunos, melhores serão os resultados de aprendizagem”, garante.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o sindicato dos Professores tenta limitar essa quantidade de estudantes por turma há anos. O órgão criou um site para sensibilizar pais e Escolas para isso, “denunciando” quem matricula Alunos “em excesso” nas turmas. O site é www.limitedeAlunosporturma.com.br/

No Congresso
No fim do ano passado, um projeto do senador Humberto Costa sobre o tema foi aprovado em caráter terminativo no Senado e seguiu para votação na Câmara dos Deputados. Pela proposta, as turmas de Pré-Escola e dos dois anos iniciais do Ensino fundamental poderão ter, no máximo, 25 Alunos, e as dos anos seguinte e médio, 35 Alunos.

O texto foi encaminhado às Comissões de Educação e Cultura, de Constituição e Justiça e de Cidadania. Deve ser avaliado pelas comissões assim que o recesso parlamentar acabar. 

Fonte: iG
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10ª DIRED - Jornada Pedagógica

ESCOLA EST. AMARO CAVALCANTI - PROFESSORES PARTICIPAM DE EVENTO

Em consonância com a programação da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Norte, dentro da programação da Jornada Pedagógica 2013, a 10ª Dired  de Caicó, promoveu ontem, dia 31 de janeiro, o encontro com professores do ensino médio. 
                                       


A Escola Estadual Amaro Cavalcanti, a convite da 10ª Dired, enviou para esse evento educacional, vários professores do seu quadro de ensino. 

                                  
 


A programação para este dia tinha como público alvo professores do Ensino Fundamental, Médio e da Eja e apoio pedagógico. A Professora Drª Maria Evaneide Melo do Ifrn de Caicó, iniciou os trabalhos na parte da tarde com a palestra "A iniciação Científica no ensino médio numa perspectiva multidisciplinar",  . 

A palestrante apresentou para o público presente, o trabalho que vem desenvolvendo com seus alunos do ensino médio sobre o uso alternativo das várias formas de energia. Trabalho este, que lhe rendeu bolsas de iniciação cientifica para seus alunos. Alunos bolsistas que participam da iniciação cientifica, apresentaram seus trabalhos.


                          

A professora Doutora Evaneide enfatizou em sua fala a importância do registro  das atividades desenvolvidas pelos professores em sala de aula, uma vez que os mesmos poderão servir de referência para futuros trabalhos acadêmicos e que isto não se ver atualmente nas escolas. enumerou o passo-a-passo para a elaboração de uma proposta de trabalho que leve a iniciação cientifica e que cada professor tem sim a capacidade de realizar este trabalho.

                                                      
 


Após apresentação dos trabalhos pelos alunos, o espaço foi aberto para questionamentos sobre o temas abordados. Um dos questionamentos foi feito pelo professor "Maia", titular da disciplina de Física, da escola CEJA(Centro Educacional José Augusto). Em seu questionamento, o professor perguntou sobre a existência de Células Fotovoltaicas no IFRN.  Falou da sua experiência sobre trabalhos realizados sobre o tema e que está disposto a colaborar com a professora Evaneide e seus alunos. Aproveitou o espaço para dizer que no CEJA tem uma Célula Fotovoltaica e convidou a professora e seus alunos para conhecê-la e fazer uso da mesma, caso seja necessário.
Professor Maia - do Centro Educacional José Augusto
Dando continuidade aos trabalhos, foi feita a apresentação do NTE (Núcleo Tecnológico Educacional) de Caicó pela coordenadora Prof. Especialista Célia Fonseca.
A professora falou da importância do NTE na formação continuada dos professores na área tecnológica e dos cursos oferecidos pelo mesmo.

Ainda falou da procura dos cursos e da dificuldade de conciliar o horário de trabalho com o horário das formações. Disse ainda que conta com um número muito pequeno de pessoas na sua equipe de trabalho e pediu para os professores se envolverem na realização dessas formações continuadas, principalmente no que diz respeito ao uso e manuseio de tablets, uma vez que está previsto para este ano a distribuição dos mesmos para professores do ensino médio.

                                       

EDUCAÇÃO MUNICIPAL

Divulgada programação da I Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas

A I Jornada pedagógica de 2013, começa na segunda-feira, 4, na Escola Estadual Machado de Assis e tem como objetivo refletir acerca das atribuições e competências de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem nas escolas da rede municipal de ensino do município, à luz do plano nacional de educação, das novas diretrizes curriculares nacionais para a educação básica e demais orientações necessárias para a construção dos princípios norteadores do plano municipal de educação do nosso município. “Nessa oportunidade buscaremos, a partir do diagnostico das necessidades da realidade local, construir e estabelecer Diretrizes Pedagógicas para a elaboração do Plano Municipal de Educação – PME 2013-2016”, completou a secretária Ália Eine de Queiroz Damásio.

A professora mestra Regiane Santos Cabral de Paiva, titular da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Campus Central, Mossoró, abre o evento com a palestra “Saberes e competências para o Ensino”. No segundo dia, Petrúcio Ferreira, diretor da 10ª Diretoria Regional de Educação (Dired), discute sobre “Educação: Novos caminhos, novas perspectivas”, seguido da secretária municipal de Educação, Ália Eine de Queiroz Damásio que traz o tema “Estrutura e Funcionamento da SEMEC e sua Atuação Junto as Escolas”. O segundo dia será encerrado com a apresentação do grupo Ciranduís de Teatro, um dos mais renomados de todo o RN. 

O poeta Antônio Francisco, um dos mais importantes escritores da literatura de cordel no Brasil, ocupante da cadeira número 27 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), na vaga que pertenceu a Patativa do Assaré, é o convidado especial para a abertura da 1ª Jornada Pedagógica de Jardim de Piranhas de 2013.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

RN - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

JORNADA PEDAGÓGICA/2013

A Secretaria de Estado da Educação iniciou o período de jornadas pedagógicas nas 16 Diretorias Regionais de Educação - DIREDS. Até o início do ano letivo, previsto para o dia 18 de fevereiro, a equipe pedagógica da secretaria estará dividida em todas as regiões do Rio Grande do Norte com a missão de levar aos gestores, coordenadores e professores, as orientações que as escolas devem seguir em 2013, de acordo com o Programa de Educação do Estado.

Esta semana, a secretária Betania Ramalho, fez palestra na abertura da jornada pedagógica da DIRED de Caicó, onde falou sobre o papel do gestor e do professor, no processo de Ensino/Aprendizagem, e apresentou as metas da Educação do Estado para 2013. Ao mesmo tempo, o secretário-adjunto da Educação, professor Joaquim Oliveira, participava da abertura da jornada da regional de Parnamirim.

“O foco agora é na preparação das escolas, para que elas possam receber bem os nossos alunos. Por isso, estamos fazendo um esforço para chegarmos a todas as regionais, levando a mensagem da secretaria, nossas orientações e mostrando os avanços já alcançados, como forma de incentivar os professores na busca por resultados ainda melhores. Eu acredito que 2013 será um grande ano para a Educação do Estado”, ressaltou a secretária Betania Ramalho.

Ela também falou sobre o esforço que está sendo feito para estreitar os laços entre a secretaria e as escolas, em todas as regiões. “Por isso fizemos questão de montar uma programação, distribuindo a participação daqueles que estão à frente do pedagógico da secretaria, pelas jornadas regionais. Queremos com isso, mostrar para os gestores e professores que estamos aqui, muito próximos, para atendermos às suas demandas e ver de perto onde a Educação realmente acontece, que é o no chão da escola.”

A professora Margareth Costa, da Escola Estadual Rosa de Lima Bezerra, de Caicó, foi uma das pedagogas que reconheceram essa aproximação da secretaria. “Eu tenho mais de 20 anos de Estado e nunca tive a oportunidade de ter uma conversa tão próxima com uma secretária de Educação. Aqui, pudemos ouvir não apenas uma excelente palestra, mas também apresentar as nossas necessidades e ter as nossas dúvidas esclarecidas.”

Na regional de São Paulo do Potengi, o encontro pedagógico foi encerrado nesta quarta-feira, 30. Já a DIRED de Parnamirim encerra sua jornada nesta quinta-feira, 31, enquanto as regionais de Caicó e Nova Cruz seguem com as atividades de preparação até esta sexta-feira, 1º. Na próxima semana, será a vez das DIREDS de Natal, Ceará-Mirim, Macau, Santa Cruz, Angicos, Currais Novos, Assú, Apodi, Umarizal, Pau dos Ferros e João Câmara realizarem seus encontros. Mossoró é a última regional a promover sua jornada pedagógica, nos dias 14 e 15 de fevereiro.

Programação
1ª DIRED/Natal – 05 e 06 de fevereiro
2ª DIRED/Parnamirim – 29 a 31 de janeiro
3ª DIRED/Nova Cruz – 31 de janeiro e 1º de fevereiro
4ª DIRED/São Paulo do Potengi – 29 e 30 de janeiro
5ª DIRED/Ceará-Mirim – 05 e 06 de fevereiro
6ª DIRED/Macau – 06 a 08 de fevereiro
7ª DIRED/Santa Cruz – 04 e 05 de fevereiro
8ª DIRED/Angicos – 06 e 07 de fevereiro
9ª DIRED/Currais Novos - 05 a 08 de fevereiro
10ª DIRED/Caicó – 28 de janeiro a 1º de fevereiro
11ª DIRED/Assú – 04 e 05 de fevereiro
12ª DIRED/Mossoró – 14 e 15 de fevereiro
13ª DIRED/Apodi – 05 e 06 de fevereiro
14ª DIRED/Umarizal – 06 e 07 de fevereiro
15ª DIRED/Pau dos Ferros – 05 e 06 de fevereiro
16ª DIRED/João Câmara – 04 e 05 de fevereiro