quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sistema público permite redução de gastos em cidade potiguar

Rede educacional totalmente informatizada beneficia alunos em Monte Alegre, Rio Grande do Norte

O município de Monte Alegre, no interior do Rio Grande do Norte, conta com um sistema educacional totalmente informatizado. Desde 2014, a rede municipal de ensino usa o software público i-Educar para o gerenciamento de ações. O uso da ferramenta, liberada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) no portal do Software Público Brasileiro (SPB), gera economia anual de R$ 2,4 milhões para a prefeitura.

Dados do Censo Escolar revelam que o uso da ferramenta pública beneficia os 4.635 alunos da rede pública da cidade. Segundo o secretário de Educação de Monte Alegre, Alexandre Soares, a implantação do i-Educar foi fundamental para melhorar a gestão educacional ao permitir o acesso a informações sobre a lotação dos os servidores da secretaria. De acordo com o secretário, foi possível analisar a quantidade de alunos por professor e de alunos por auxiliar de serviços gerais. “O resultado mostrou grandes distorções, com escolas em que tínhamos uma média de 50 alunos por professor e outras com três alunos por docente”, explica.

O software público também ajudou na verificação da quantidade de turmas no município, que conta com 27 escolas na rede pública. O trabalho foi realizado para analisar quantas horas de aulas eram necessárias para o quadro de pessoal suprir a demanda de alunos. Para Soares, isso facilitou a visualização do quanto a distorção da proporção de alunos por professor prejudicava o sistema educacional da cidade.

Foi verificada, ainda a possibilidade de um professor dar mais aulas numa escola ou se haveria a necessidade de realocação para outra instituição. O resultado elevou a taxa de aproveitamento dos recursos de quadro de pessoal e horas de aula para 95%. “Com a modificação, mensuramos um ganho potencial de economia de 22% na folha de pagamento”, disse Soares.

O novo Software Público Brasileiro foi lançado na última semana. O portal tem 67 soluções para atender gestores, empresários, professores, estudantes e cidadãos.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Mpog
 
 
Fonte: Portal MEC  
 
Disponível em:http://www.todospelaeducacao.org.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Quase 60% dos alunos não usam internet na escola pública, diz Comitê Gestor da Internet no Brasil

Conexão é muito lenta em 41% das instituições públicas de ensino

Quase 60% dos estudantes de escolas públicas no Brasil não utilizam a internet em atividades durante as aulas, de acordo com a pesquisa TIC Educação 2014 divulgada nesta segunda-feira (21) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Os dados foram coletados em 930 unidades de ensino, entre públicas e particulares, de todo o país.
Ao todo, 1.770 professores e pouco mais de 9,5 mil alunos participaram da pesquisa, conduzida entre setembro de 2014 e março de 2015.

O levantamento apontou que, apesar de 87% dos alunos de escolas públicas afirmarem que utilizaram a internet nos últimos três meses, apenas 41% deles o fizeram no ambiente escolar. O principal local de acesso é a própria casa do estudante, seguido pela residência de amigos, parentes ou vizinhos.

Segundo a pesquisa, um dos fatores que colabora para esse baixo índice de navegação nas instituições de ensino públicas é a velocidade de conexão disponibilizada aos alunos. Em 41% das escolas, a velocidade da internet não ultrapassa os 2 megabits por segundo (mbps). O índice é melhor do que o registrado em 2014 (50%), mas ainda preocupa.

"O que a gente tem visto em dados de outros países é uma discussão no nível de 100 megas, 50 megas pra cima", comparou Fábio Senne, coordenador de projetos e pesquisas do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).

Para o especialista, a baixa velocidade é uma das razões para que o acesso dos alunos à rede sem fio da escola não seja permitido em grande parte das instituições do país: "Uma conexão de 2 mbps para uma escola de 600, até mil alunos, é realmente muito limitada. Talvez por isso que, quando tem rede Wi-Fi, a pesquisa mostra que é só para uso administrativo".

Mais tablets
Os dados divulgados nesta segunda também mostram um aumento na variedade de dispositivos eletrônicos disponíveis nas escolas da rede pública.

Cerca de 80% das instituições de ensino entrevistadas declararam possuir computador portátil - um aumento de 6% em comparação com o ano passado. O destaque, no entanto, ficou por conta da crescente utilização de tablets. Em 2013, apenas 11% das escolas contavam com o aparelho. Um ano depois, o número já está em 29%.

"Uma conclusão importante da pesquisa é que de alguma forma as escolas urbanas que entrevistamos estão conectadas, mas a gente tem ainda um desafio de infraestrutura especialmente na conexão de internet, que precisa ser discutido pelas políticas públicas", analisou Senne.
 
Fonte: G1  
 
Disponivel:http://www.todospelaeducacao.org.br

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Câmara recebe professores de todo o Brasil para treinamento

Programa Missão Pedagógica no Parlamento promove curso destinado a docentes dos Ensinos Fundamental e Médio de escolas públicas

A Câmara dos Deputados começou nesta segunda-feira (31) mais um programa Missão Pedagógica no Parlamento, um curso sobre educação para democracia destinado a professores dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas de todo o Brasil.

Participam do curso 54 professores que querem aprender sobre o funcionamento das instituições como estratégia para valorizar a democracia. Essa é a quinta edição do Missão Pedagógica, que teve nesse ano 1.701 inscritos com 216 professores escolhidos para um curso à distância e dois selecionados por estado para virem à Câmara.

Durante a abertura, o primeiro secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse que além de capacitar os educadores, a Casa também deve aprender com suas experiências em cada município de onde saíram. "Tem professores do Brasil inteiro e eles vão passar uma semana inteira, não só conhecendo Brasília em maior profundidade, mas conhecendo a Câmara dos Deputados, como ela funciona, as suas atividades, que eu acho que são coisas muito importantes."

Mansur acrescentou que “a Câmara e essa estrutura toda tem um respeito muito grande pelos educadores, porque sem educação não temos futuro melhor no Brasil”.

Aplicação dos projetos
Para Ana Paula de Faria, uma das coordenadoras do Missão Pedagógica, um dos resultados é que professores e coordenadores elaboram um projeto ao participar do programa. Esse projeto pode ser implementado nas escolas. "Quando os professores vêm para Brasília, eles têm o compromisso de desenvolver um projeto de educação para a democracia que seja aplicada na escola.”

Segundo a coordenadora, ao longo do ano são feitas avaliações e solicitações para que os resultados dos projetos sejam implementados. O programa registra o histórico de projetos que foram aplicados nas escolas. “Nós acompanhamos por seis meses a um ano, e muitos projetos saem do papel. Além disso, propomos que a democracia deve ser utilizada na escola, o que muda a cultura”, disse.

Fabrício Colombo, professor de História em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), já aplica em sua escola um projeto em que os alunos elaboram democraticamente o código de conduta. Para ele, as informações do Missão Pedagógica podem ajudar a mudar a relação das novas gerações com a política. “Pode parecer incrível, mas a maioria das pessoas, principalmente os estudantes jovens, não tem muita noção de como funciona a democracia, e como as instituições do nosso Estado funcionam. Minha expectativa é aprender mais sobre isso, para poder transmitir isso dentro da escola. Para aumentar o conhecimento deles, que é muito precário, e gerar interesse dos alunos”, disse.

O treinamento prossegue até a próxima sexta-feira (4) , nas dependências do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor) e em plenários de comissões.

A próxima edição do programa Missão Pedagógica no Parlamento deve ter inscrições abertas entre o final deste ano e o começo de 2016.


Fonte: Agência Câmara
http://www.todospelaeducacao.org.br