sexta-feira, 11 de março de 2016

Como ensinar uma geração que vive conectada

Seminário do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores discute tendências e aponta caminhos para ampliar o engajamento dos nativos digitais


O mundo não pode mais se desconectar. Diante do excesso de informações e da velocidade das transformações, a grande pergunta é: como a educação se prepara para isso? Para o português Luís Rasquilha, especialista em futuro, tendências e inovação, o primeiro passo é refletir sobre a própria definição de educação, que já não pode mais ser entendida como apenas um conjunto de normas pedagógicas.

Durante o 1º Seminário de Tendências e Inovação na Educação, realizado nesta quarta (9), pelo IBFE (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores), em Campinas (SP), Rasquilha afirmou que o grande desafio da atualidade é tentar manter o foco em um momento de permanente transformação. “É a primeira vez na história da humanidade que as gerações mais novas têm mais informações que as gerações mais velhas. É a primeira vez que o aluno entra na sala de aula e sabe tanto ou até mais sobre o tema do que o professor.”

Com a possiblidade de pesquisar qualquer tipo de informação por meio de um smartphone, o especialista em tendências disse que vivemos em um período no qual a vida se mistura com softwares e hardwares. “Quer a gente goste ou não, o mundo de hoje é o mundo da conexão”, constatou, ao defender que os educadores precisam estar preparados para lidar com essa mudança.

Ao traçar um panorama de algumas das principais tendências para os próximos anos, Rasquilha chamou atenção para a necessidade de tornar a educação mais interessante. E, segundo ele, esse caminho passa pelo empoderamento dos alunos, criação de ambientes propícios para o compartilhamento de ideias, transformação da escola em uma verdadeira experiência engajadora, integração entre diferentes conteúdos e o uso da tecnologia. “Mais do que enfiar goela abaixo o que o aluno vai estudar, temos que trazer ele para perto”, afirmou.

De acordo com Rasquilha, há um descompasso muito grande entre o que as instituições educacionais oferecem e o que os alunos precisam para enfrentar alguns desafios da vida, como ingressar no mercado de trabalho, por exemplo. “As empresas estão pedindo outro tipo de pessoas, que não são aquelas que estão saindo das escolas ou faculdades”, explicou. O especialista português ainda mencionou que se as estruturas não mudarem, o caminho será a substituição das universidades tradicionais por universidades corporativas.

“Nós entramos na escola, aos seis anos, com 98% de índice criativo; saímos da faculdade, aos 23 ou 24 anos, com apenas 2%. Hoje o que as empresas mais procuram são pessoas criativas, inovadoras e com pensamento fora da caixa. E nós, ao longo da formação deles, estamos tirando isso e colocando todo mundo para pensar da mesma forma”, refletiu Rasquilha. Segundo ele, diante de todo cenário apresentado, há cinco recomendações que todos os professores deveriam ter a obrigação de incorporar nas suas vidas: o aprendizado mão na massa, estratégias rápidas de dar informações e promover o engajamento, apresentação de conteúdos relevantes e a quebra de fronteiras entre as matérias.

Para ilustrar a fala do especialista português, o professor Marcelo Veras, iniciou a sua apresentação com uma situação vivenciada na universidade. Enquanto dava aula de marketing para uma turma de MBA, ao falar sobre um autor e mencionar que não tinha certeza se ele ainda estava vivo, um aluno prontamente pesquisou no seu smartphone e levantou a mão para compartilhar as informações encontradas. Além de exemplificar a velocidade que a informação pode chegar até a sala de aula, o caso apresentado serviu para mostrar que conexão não é sinônimo de dispersão.

Autor e organizador do livro “Métodos de Ensino para Nativos Digitais”, Veras reuniu algumas das críticas mais recorrentes entre os professores durante encontros de formação. Entre elas, aparece a reclamação de que esta geração, composta pelos chamados nativos digitais, não sabe escrever corretamente e abrevia tudo. No entanto, segundo ele, a própria palavra “você”, que hoje muitos adolescestes escrevem com a abreviação “vc”, já representa uma redução de “vosmecê” e “vossa mercê” na língua antiga.

“Eu estou vendo uma guerra travada por parte dos profissionais de educação com essa nova geração. As pessoas não estão entendendo o que está acontecendo”, contou. De acordo com ele, para engajar os alunos desta geração, quatro pilares devem direcionar a estratégia pedagógica: a exposição dos projetos desenvolvidos pelos alunos, a competição, desde que realizada de maneira saudável, a participação e a colaboração.

Na tentativa de entender como deveria ser a escola do futuro, Veras participou de um estudo que ouviu alunos, professores e pais de escolas parceiras do grupo Unità Educacional. Durante o seminário, ele apresentou alguns resultados da pesquisa, que traz respostas muito semelhantes entre atores envolvidos: um descontentamento com o currículo, os métodos de ensino, a arquitetura da escola e o sistema de avaliação.

Mas dá para ser inovador dentro de um setor que ainda mantem estruturas muito conservadoras? Segundo ele, a resposta é sim. No entanto, o professor deverá se reinventar para assumir novos papeis, que envolvem a curadoria de conteúdos, o diagnóstico cognitivo do que cada aluno aprende e a liderança de equipes, porque o aprendizado deve se tonar cada vez mais participativo e colaborativo. “O que está precisando mudar é o método”, concluiu, ao mencionar que falta de tecnologia ou dinheiro não podem ser uma desculpa para não inovar dentro da sala de aula.

No final do evento, três professores participantes ainda foram convidados para compartilhar experiências bem-sucedidas de inovação na sala de aula.

*A repórter esteve em Campinas a convite do IBFE.
por Marina Lopes 10 de março de 2016  
http://porvir.org

quinta-feira, 10 de março de 2016

DIREITOS FUNCIONAIS

SINTE defende que terço de hora atividade continue vinculado a hora aula


Mais uma vez o Ministério Público está recomendando aos municípios o fim do terço de hora atividade com base na hora aula.

Na avaliação da coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, tal sugestão do MP visa atender aos pedidos e interesses dos prefeitos: “A assessoria jurídica do SINTE impetrou uma ação no município de São Tomé, para evitar o fim do 1/3 de hora com base na hora aula, conforme deseja o prefeito da localidade”.

Segundo a coordenadora, a assessoria do Sindicato está conversando com os desembargadores do Tribunal de Justiça, para mostrar que historicamente a hora atividade é vinculada a hora aula: “Estamos lutando nas instâncias do judiciário para defender os direitos dos trabalhadores em educação de todo o estado. O terço de hora com base na hora aula é um direito do profissional da educação”.

quarta-feira, 9 de março de 2016

GOVERNO GARANTE ANTECIPAÇÃO DE REAJUSTE PARA OS PROFESSORES


ASSECOM/RN08 mar 2016 16:56


Em reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN), o governador Robinson Faria apresentou, na manhã desta terça-feira (08), uma proposta que antecipa o pagamento do reajuste de 11,36% dos vencimentos básicos dos cargos de provimento efetivos de professores e especialistas da Educação. O salário base desta categoria passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. Estiveram presentes na reunião os deputados estaduais Dison Lisboa e Fernando Mineiro e o secretário de Educação do Estado, Francisco das Chagas Fernandes.

De acordo com a determinação do gestor estadual, a folha suplementar do mês de janeiro será paga no próximo dia 14 e a do mês de fevereiro na folha de março. “Estamos garantindo o piso salarial, conforme a mensagem que mandamos à Assembleia Legislativa e os deputados aprovaram. E reforço que continuaremos nessa luta, pois nossa gestão é parceira da Educação, uma vez que enxergamos no trabalho desses profissionais, a saída para muitas das mazelas sociais”, disse o governador Robinson Faria, ao lembrar que somente o Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul já instituíram o novo piso nacional.

Ainda no encontro foram discutidos pontos referentes ao calendário geral de pagamento e a situação dos servidores que não são professores. “Foi questionada a possibilidade de o pagamento acontecer dentro do mês, no entanto, como o repasse do Governo Federal não ocorre neste período, não há como fazê-lo”, ratificou o secretário Francisco das Chagas Fernandes.

MELHORIAS PARA A CATEGORIA

Desde 2015, a atual gestão vem priorizando ações na Educação, com foco, especialmente, na valorização dos professores. Entre as medidas implantadas no ano passado estão a elaboração do Plano Estadual de Educação com metas para os próximos 10 anos; convocação de 1.391 professores efetivos e 362 temporários aprovados em concurso simplificado; renovação de 741 contratos temporários de professores; concessão de 1.242 aposentadorias, 3.222 licenças que estavam represadas, e 6.737 quinquênios; cursos de formação continuada para 4.959 educadores; realização de concurso público para professores e especialistas com 1.400 vagas para as 16 regionais de educação; concessão de duas letras da progressão salarial horizontal, beneficiando 11.321 profissionais (benefício era esperado há quase 10 anos); investimento de mais de R$ 22 milhões no Programa Estadual de Transporte Escolar do RN (Petern), beneficiando mais de 60 mil estudantes.



FONTE: http://www.rn.gov.br

Governo antecipa reajuste dos professores e especialistas da Educação

ASSECOM/RN08 mar 2016 16:56
ASSECOM/RN
Em reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN), o governador  Robinson Faria apresentou, na manhã desta terça-feira (08), uma proposta que antecipa o pagamento do reajuste de 11,36% dos vencimentos básicos dos cargos de provimento efetivos de professores e especialistas da Educação. O salário base desta categoria passa de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. Estiveram presentes na reunião os deputados estaduais Dison Lisboa e Fernando Mineiro e o secretário de Educação do Estado, Francisco das Chagas Fernandes.

De acordo com a determinação do gestor estadual, a folha suplementar do mês de janeiro será paga no próximo dia 14 e a do mês de fevereiro na folha de março.  “Estamos garantindo o piso salarial, conforme a mensagem que mandamos à Assembleia Legislativa e os deputados aprovaram. E reforço que continuaremos nessa luta, pois nossa gestão é parceira da Educação, uma vez que enxergamos no trabalho desses profissionais, a saída para muitas das mazelas sociais”, disse o governador Robinson Faria, ao lembrar que somente o Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul já instituíram o novo piso nacional.

Ainda no encontro foram discutidos pontos referentes ao calendário geral de pagamento e a situação dos servidores que não são professores. “Foi questionada a possibilidade de o pagamento acontecer dentro do mês, no entanto, como o repasse do Governo Federal não ocorre neste período, não há como fazê-lo”, ratificou o secretário Francisco das Chagas Fernandes.

MELHORIAS PARA A CATEGORIA
Desde 2015, a atual gestão vem priorizando ações na Educação, com foco, especialmente, na valorização dos professores. Entre as medidas implantadas no ano passado estão a elaboração do Plano Estadual de Educação com metas para os próximos 10 anos; convocação de 1.391 professores efetivos e 362 temporários aprovados em concurso simplificado; renovação de 741 contratos temporários de professores; concessão de 1.242 aposentadorias, 3.222 licenças que estavam represadas, e 6.737 quinquênios; cursos de formação continuada para 4.959 educadores; realização de concurso público para professores e especialistas com 1.400 vagas para as 16 regionais de educação; concessão de duas letras da progressão salarial horizontal, beneficiando 11.321 profissionais (benefício era esperado há quase 10 anos); investimento de mais de R$ 22 milhões no Programa Estadual de Transporte Escolar do RN (Petern), beneficiando mais de 60 mil estudantesl.
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segunda-feira, 7 de março de 2016

GREVE NACIONAL


Mais de 12 milhões de brasileiros acessam ferramentas de educação pela internet

Mais de 12 milhões de pessoas no Brasil acessam ferramentas de educação pela internet. São exercícios, simulados, videoaulas, dicas e jogos, muitas vezes gratuitos, que podem contribuir com o aprendizado. Os dados são do aprenda.online, plataforma criada pela Fundação Lemann, que reúne sites voltados para educação.

Estão na lista tanto sites voltados para a alfabetização, como aqueles voltados para preparar estudantes para o vestibular, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e especializações. “O ponto principal dessas ferramentas online é que muitas delas são totalmente gratuitas e qualquer estudante pode acessar a qualquer momento, passar por todo o conteúdo sem gastar nada e com muita facilidade. Basta acessar o computador, a internet e começar a estudar”, diz o gerente de projetos da Fundação Lemann, Guilherme Antunes.

O portal reúne links para sites como a Khan Academy, o maior site de matemática do mundo; YouTube Edu, que reúne as menores videoaulas selecionadas pelo YouTube; e o Coursera, plataforma aberta que oferece gratuitamente cursos das mais renomadas universidades do mundo. “A tecnologia ajuda a diminuir um pouco a lacuna grande entre acesso e oportunidades que alunos lá fora têm, principalmente nos Estados Unidos e Europa”, defende Antunes.

As aulas podem ser acessadas pelos estudantes, individualmente, ou podem ser usadas em sala de aula, com a assistência do professor. “Ao invés do aluno ter uma aula tradicional, com lousa e giz, a aula é com os alunos no computador. Muitos professores gostam desse papel de ajudar o aluno a estudar sozinho por meio da plataforma, dessa junção do tradicional da sala de aula com a tecnologia”, diz o gerente de projetos.

A escola municipal Professora Maria Aparecida de Faria, em Moji das Cruzes (SP), é uma das que usa a Khan Academy no ensino da matemática. Os alunos do 4º ano acessam o portal no laboratório de informática. “É um recurso a mais que o professor tem nas aulas. Ele acompanha, nos relatório que o site fornece, os avanços dos estudantes. O programa trabalha com habilidades, na sala de informática, o professor identifica habilidades que foram alcançadas e aqueles que precisam de um trabalho maior”, explica a diretora da escola, Aliane Pontes Rodrigues.

Acesso

Para acessar as ferramentas é necessário acesso à internet. Aliane conta que, em Moji das Cruzes, outras escolas também utilizam as plataformas online no ensino. “Muitos estudantes acessam os conteúdos nas próprias casas, para complementar o aprendizado, mas isso em comunidades que têm acesso à internet. No município, tem escolas que participam do projeto, mas estão em bairros em que o único acesso à internet é na própria escola”, diz.

Programas do governo tem levado o acesso à internet para escolas da rede pública. É o caso do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa do governo federal com empresas de telefonia para conectar as escolas com banda larga. Apesar disso, no Brasil, 32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de conexão à internet, segundo levantamento feito pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), divulgado no final do ano passado. O número corresponde a 22% do total de escolas públicas. A maioria das escolas sem acesso à internet está no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.
 
Brasília
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil 

sexta-feira, 4 de março de 2016

SINTE-RN

Funcionários da educação fazem parada de advertência nesta segunda-feira (7)


Os funcionários da educação vão fazer uma parada de advertência nesta segunda-feira (7).

A concentração será às 7h, na rampa da SEEC. Confira abaixo a pauta de reivindicações da categoria:

Exigir do governo audiência;
Mudança de nível;
Salário mínimo;
Aumento salarial;
Revisão do plano de carreira.
 
FONTE: http://sintern.org.br/blog