quinta-feira, 23 de março de 2017

Com apoio de Fundação Lemann e Google, NOVA ESCOLA publicará milhares de planos de aula gratuitos e alinhados à Base Nacional Comum

O projeto, anunciado nesta quarta (22), vai oferecer recursos pedagógicos de alta qualidade para ajudar os professores a garantir o aprendizado dos seus alunos


Jorge Paulo Lemann, criador da Fundação Lemann, mantenedora da Associação Nova Escola, e Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, anunciam parceria das empresas para projeto que visa melhorar a Educação no Brasil (Foto: Laís Semis)

Ensinar bem é sinônimo de planejar bem. Uma boa aula, na qual o professor chega preparado para construir situações didáticas ricas e realizar intervenções que façam a turma avançar, gera uma aprendizagem efetiva e reflete no desempenho dos alunos. Foi com isso na cabeça que a Fundação Lemann, mantenedora da Associação Nova Escola, e o Google anunciaram, nesta quarta-feira (22/3), uma parceira que dará muito subsídio para o trabalho docente antes, durante e depois da aula: a produção de milhares de planos de aula estruturados e alinhados à Base Nacional Comum Curricular, documento que determinará os conhecimentos essenciais para todos os estudantes brasileiros. Tudo será disponibilizado gratuitamente.

"O mundo será muito melhor com a conectividade que o Google traz para ele. É uma honra estar associado a essa empresa em um projeto para melhorar a Educação no Brasil", disse Jorge Paulo Lemann, criador da Fundação Lemann, mantenedora da Associação Nova Escola. "Com esse parceria, poderemos contribuir para preparar os professores, de forma que eles tenham mais sucesso na sala de aula", complementou Fábio Coelho, presidente do Google Brasil.

O projeto será realizado por NOVA ESCOLA e, até 2019, qualquer professora ou professor brasileiro terá acesso a 6 mil planos de aula multimídia, de todas as disciplinas, da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental. O material trará estratégias claras de como ensinar os conteúdos previstos no currículo para estudantes em diferentes níveis de aprendizagem, dicas e orientações para o professor aplicar as atividades em sala de aula, além de vídeos e sugestões de exercícios e avaliação. A expectativa é de que, em dois anos e meio, o projeto colabore com o trabalho de milhões de educadores brasileiros.

Tudo será desenvolvido por professores experientes e conectados à realidade da sala de aula e revisado por especialistas nas disciplinas. Os educadores interessados em colaborar com o projeto poderão se inscrever nas chamadas públicas que acontecerão nos próximos meses. O trabalho será remunerado.

E quem não tem acesso fácil à internet na escola durante o planejamento pode ficar despreocupado. A plataforma que abrigará o material está sendo projetada para funcionar mesmo com baixa conectividade, tanto no computador quanto no celular.

O projeto será financiado por uma doação do Google. A ação é parte de um compromisso de dois anos da empresa para apoiar organizações sem fins lucrativos na qualificação da Educação no planeta. Além de NOVA ESCOLA, outras nove instituições ao redor do mundo foram selecionadas para o programa. “Nosso objetivo é garantir que todo professor brasileiro tenha recursos excelentes para engajar seus alunos e garantir a aprendizagem deles”, afirma Leandro Beguoci, diretor editorial de NOVA ESCOLA. “Ao oferecer esses recursos, queremos contribuir para que cada educador tenha prazer em ensinar. E, ao ter essa satisfação, espero que ele desperte em cada aluno o prazer em aprender”.
Laís Semis
  
Fonte:https://novaescola.org.br

5 passos para os dados tabulados no diagnóstico fazerem a diferença na escola

Os diretores precisam participar do processo atentamente para dar sentido ao que foi apurado e garantir que o trabalho não acabe simplesmente como mais uma avaliação escolar.

Crédito: Rafael Araújo
Para conhecermos melhor o que nossos alunos sabem e garantir as condições didáticas, nossa escola planejou aplicar um diagnóstico na volta às aulas. Desse modo, poderíamos retomar os conteúdos necessários e desenvolver práticas levando em conta os pontos fortes e fracos dos estudantes. Após a aplicação da avalição, planejamos um tempo para correção e tabulação destes dados junto à coordenação pedagógica.

A tabulação é um dos passos mais importantes desse processo porque é nela que teremos indicativos para conduzir um bom trabalho, principalmente no primeiro semestre. A colega Eduarda Mayrink já escreveu sobre isso do ponto de vista da coordenação no Blog das Coordenadoras aqui em GESTÃO ESCOLAR. Mas os diretores também precisam participar do processo atentamente para dar sentido ao que foi apurado e garantir que o trabalho não acabe simplesmente como mais uma avaliação escolar. Por isso, compartilho aqui cinco passos essenciais para se ter em vista nesse processo:

1) Mapeie todas as situações observadas a partir dos dados
A tabulação de dados indica os erros e acertos da turma sobre determinadas questões. Mas, para que as informações ganhem sentido e se transformem em ações, vale organizá-las de forma que se consiga identificar, por exemplo, alunos com mais ou menos problemas e conteúdos, disciplinas e turmas que necessitam de maior atenção.

2) Socialize as descobertas
De nada adianta guardar os resultados só para a gestão. É preciso que eles circulem entre direção, coordenação e corpo docente. Assim, além de se tornar objeto de conhecimento da escola, gera-se corresponsabilidade da equipe pelos resultados e mais pessoas podem sugerir soluções para os problemas identificados.

3) Planeje os próximos passos para reverter ou melhorar a situação
Ao identificarmos um problema, de qualquer instância, precisamos desenvolver um plano de ação. De acordo com a natureza do que foi identificado, essa ação pode ser elaborada de diversas formas: um grupo de estudo, atividades paralelas, conversa com a família, foco de acompanhamento pedagógico ou mesmo trabalhos voltados para formação continuada dos professores.

4) Acompanhe o desenvolvimento das ações definidas
Cada tarefa pode ser gerenciada por um membro da equipe gestora. Dentro disso, cabe acompanhar o processo para garantir não apenas que as ações sejam desenvolvidas, mas que sejam feitas corretamente e que tenham seus resultados medidos para saber quais ações funcionam melhor em cada circunstância.

5) Não tome os direcionamentos iniciais como definitivos
A cada etapa vencida é muito importante rever, retomar e replanejar ações para garantir que as necessidades dos estudantes estejam sendo atendidas. Vale fazer um novo levantamento e traçar comparações para ver as assertivas, aquelas já minimizadas e outras que ainda necessitam de atenção ao longo do ano letivo.

Essas cinco práticas enumeradas funcionam para outras análises que envolvam dados ou mesmo constatações feitas a partir do portfólio das crianças ou de observações em sala de aula. Elas contribuem para uma rotina que favoreça a aprendizagem significativa a partir das condições e problemas observados dentro das ações escolares, visando um trabalho consistente e que auxilie, de fato, a prática do professor em sala de aula.

Neste momento, nossa escola, está realizando essas ações dentro de um contexto mais amplo, pois, em 2017, há uma perspectiva de um levantamento em rede em nosso município. Temos um número considerável de alunos e estamos aprendendo e contribuindo para uma atuação coletiva que deve ajudar no amadurecimento de todos os profissionais.

E você, querido diretor, como tem visto e planejado esta prática na sua instituição? Compartilhe conosco para, juntos, aprendermos sempre mais e, assim, alcançarmos o tão sonhado ensino de qualidade. Sua contribuição é valiosa! Aguardo seu comentário.

Joelma Souza(Blog Na Direção Certa)
 
Fonte: https://gestaoescolar.org.br

 

PISO SALARIAL

Dê sua opinião: governo federal pode se tornar responsável pelo piso salarial dos professores

Agência senado
Proposições legislativas

PLS 155/2013

Diante das dificuldades financeiras de estados e municípios, o piso salarial nacional dos professores da educação básica da rede pública poderá passar ser pago pelo governo federal. É o que determina o projeto de lei do Senado (PLS) 155/2013, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

O projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde teve como relator o senador José Maranhão (PMDB-PB). Agora aguarda votação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, posteriormente, da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Segundo o texto, o piso salarial deverá ser pago diretamente pela União a todos os professores que atuam na educação básica pública do país. O projeto estabelece como pré-requisito a seleção prévia dos docentes segundo critérios a serem definidos pelo Ministério da Educação 60 dias após o início da vigência da lei.

Qual a sua opinião sobre o projeto? Vote: http://bit.ly/PLS155-2013

Todas as propostas que tramitam no Senado estão abertas a consulta pública por meio do portal e-Cidadania. Confira: http://www12.senado.leg.br/ecidadania.

Comente na página do Senado no Facebook.
 
Fonte: http://www12.senado.leg.br
 

Apenas 1% dos gestores brasileiros nunca deu aula

O dado é do questionário da Prova Brasil 2015, respondido por 52.341 diretores. Conheça o perfil desses profissionais

Manter a escola funcionando bem, com contas pagas, ambientes limpos, professores bem formados com materiais para trabalhar, comunidade participando e, sobretudo, alunos aprendendo são responsabilidades do diretor. É bastante coisa para dar conta, mas boa parte dos gestores brasileiros já tem experiência no assunto. 51% deles trabalham na área da Educação há mais de 20 anos e apenas 1% nunca trabalhou como docente antes de assumir a gestão. Os dados, divulgados pela plataforma QEdu nesta segunda-feira (20/3), são resultado dos questionários da Prova Brasil 2015, respondidos por 52.341 diretores sobre diversos temas, como problemas que afetam a escola, recursos humanos e financeiros, acessibilidade, formação e experiência.

Com base nos dados, GESTÃO ESCOLAR investigou o perfil de quem encara a direção das escolas brasileiras e descobriu que a gestão é dominada por mulheres (apenas 20% dos diretores são homens) e que maioria dos profissionais que atuam nesse cargo (43%) tem entre 40 e 49 anos. Quase metade deles (47%) se declara branco. Apenas 8% são negros.

O tempo de permanência no posto varia bastante: 32% dos nossos diretores estão no cargo de três a cinco anos, 21% de seis a dez e 7% estão há mais de 16 anos. Dos 52.341 profissionais que responderam ao questionário, 26% exerce outra atividade para complementar a renda – 6% deles trabalham com uma atividade que não tem relação com a Educação.

No que diz respeito à formação, 44% das diretoras e diretores cursaram Pedagogia e 43% fizeram licenciaturas. As faculdades privadas são responsáveis pela formação de 60% dessa população, as públicas, por 38%. Os outros 2% não concluíram o Ensino Superior. A modalidade presencial foi a mais cursada por esses profissionais (81%).

A continuação dos estudos no cargo é realidade para boa parte dos que assumem a função – 75% fizeram cursos de especialização e 3% têm mestrado. No entanto, para 7% dos diretores, as atividades de desenvolvimento profissional não tiveram impacto real na prática e, para 14%, tiveram impacto pequeno. Os preços dos cursos, os conflitos com horários de trabalho, a falta de tempo e de oferta na área de interessante aparecem como principais barreiras para o aumento do investimento em formação.
 

Laís Semis
Fonte:https://gestaoescolar.org.br