quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Plataforma ajuda a trabalhar literatura em sala

Os planos de aula trazem uma abordagem interdisciplinar e podem ser usados por professores de diferentes áreas


Pixabay


Aliar o prazer da leitura à formação de leitores e ao aprendizado interdisciplinar. É com esse propósito que nasce o novo especial multimídia da Plataforma do Letramento, o Literatura na Escola.


Relacionando conteúdos de Literatura e Língua Portuguesa a diversos outros campos do conhecimento, a ferramenta traz planos de aula baseados em 30 livros como O bicho alfabeto, de Paulo Leminski, e Sagarana, de Guimarães Rosa.

Desta maneira, coloca em diálogo a tradição literária brasileira com outras linguagens e formas de expressão como teatro, cinema, ilustração, sarau, cordel e animação e envolve professores de diferentes disciplinas, proporcionando a adaptação dos conteúdos à realidade dos estudantes.

Um dos temas de aula, por exemplo, é o “Região amazônica: Literatura, História, Geografia e Biologia”, pautado na obra Dois irmãos (2000), de Milton Hatoum, e que estimula a produção de fanfictions. Além dos temas de aula, a plataforma reúne testes, jogos, uma midiateca e projetos de leitura desenvolvidos por educadores de várias regiões do país.

As atividades se baseiam no Mapa da literatura brasileira, outro especial elaborado pelo site que mostra autores e obras representativos da nossa cultura a partir de sua distribuição geográfica.
 
FONTE: http://www.cartaeducacao.com.br

Educação: Estagnados no fundo do poço

O bom resultado no Pisa de Vietnã e Estônia, países mais pobres e vulneráveis que o Brasil, mostra que não há justificativa para estarmos na lanterna em Educação


Os novos resultados do Pisa, divulgados na terça-feira (6) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostraram que, mais uma vez, o Brasil saiu mal na foto. O país está literalmente estagnado e, o que é ainda mais grave, num patamar muito baixo em termos de aprendizagem escolar. Ficamos bem atrás da média global, estacionados na rabeira de um ranking que inclui 70 países. Em ciências, área que em 2015 recebeu a maior atenção da OCDE, estamos entre os dez piores colocados, na 63ª posição. Marcamos 401 pontos, enquanto a média dos países desenvolvidos e emergentes foi de 493 pontos. São mais de 90 pontos de diferença, o que equivale a aproximadamente três anos letivos. É uma situação grave e que piora ainda mais se, em vez de considerarmos a média global, compararmos o Brasil aos países que estão no topo da educação mundial.
PROVA DE QUE NÃO HÁ DESCULPAS
Escola em Hanói, capital do Vietnã. O país, que há 40 anos era agrário e analfabeto, está entre os primeiros colocados em ciências (Foto: Nguyen Huy Kham/Reuters)

Em leitura e em matemática, que são as outras duas áreas avaliadas pelo Pisa, o quadro também é desalentador: seguimos no grupo dos lanternas, com a 59ª e 66ª colocações, respectivamente. Somente 40% dos estudantes brasileiros atingiram pelo menos o nível 2 da escala, considerado o básico da proficiência. Esse é o patamar de conhecimento minimamente necessário para que o aluno tenha uma participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado. Entre os países da OCDE, esse percentual equivale ao dobro e chega a quase 80%. Todo esse cenário mostra o fundo do poço a que chegamos, algo que as próprias avaliações brasileiras já vinham, ano a ano, indicando.

É absolutamente frustrante ver que continuamos patinando a cada nova edição de avaliação. Nem sequer temos boas perspectivas para, num futuro próximo, dar o salto de qualidade de que o Brasil tanto necessita. O país não pode se acomodar a esta situação grave e já velha conhecida, ou continuaremos colocando em risco o futuro de nossos jovens. Não existe país sustentável, tanto do ponto de vista social, como econômico, sem ter jovens bem preparados, capazes de responder às novas demandas do século XXI, com uma formação alinhada com as necessidades dos novos tempos de mudanças exponenciais, que sejam criativos, empreendedores e conscientes de seus papéis como cidadãos e profissionais.

Não podemos, simplesmente, assistir ao Brasil se distanciar a cada ano de países que lideram a educação mundial, como Cingapura e Japão. Por que não nos espelhamos nos saltos tão significativos que Estônia e Vietnã alcançaram, apesar de suas histórias tão difíceis? O Vietnã, é importante lembrar, viveu quase toda a metade do século XX envolvido em conflitos e guerras. Isso fez com que o país fosse, até 40 anos atrás, uma nação pobre, agrária e analfabeta. Mas, no Pisa 2015, galgou à 8ª posição em ciências, à frente de países como Reino Unido e Coreia do Sul, porque elegeu a educação como projeto de nação. Também não precisamos ir tão longe para nos inspirar. Basta olharmos para nossos vizinhos latino-americanos, como a Colômbia, o México e o Uruguai, que alcançaram em 2015 resultados maiores que o do Brasil, mesmo apresentando um investimento médio por aluno menor que o nosso.

Enquanto a educação não for tratada como a prioridade máxima do Brasil em todas as instâncias, como projeto de governo, nação e sociedade, será difícil assistirmos a uma real mudança, na velocidade de que necessitamos. O fato de o Ministério da Educação (MEC) lançar mão de uma medida provisória para fazer a necessária reforma do ensino médio é o retrato de que esta mudança não teria a prioridade que deveria no Congresso Nacional, que há cinco anos discute um projeto de lei para essa etapa da educação básica – a chamada escola do jovem. E, enquanto isso, só vemos crescer o número de jovens de 15 a 17 anos que estão sem estudar e sem exercer nenhuma atividade remunerada – um exército de 1 milhão de jovens, que representa um a cada dez adolescentes nessa faixa etária.

O que fazer para sair dessa situação? A forma mais eficaz de mudar o curso assombroso que percorremos hoje é o investimento no professor. Basta ver o que ocorre nos países que lideram o ranking do Pisa. Em nações como Cingapura, Coreia do Sul, Finlândia, Canadá e Japão, ser professor é sinônimo de prestígio social. Aqui, no Brasil, deveríamos começar pela atratividade, tornando a carreira do magistério objeto do desejo de nossa juventude. Hoje, em nosso país, apenas 2% dos estudantes que saem do ensino médio escolhem esse caminho.

Não é só a questão dos baixos salários que explica a baixa atratividade, como muitos costumam pensar, pois a diferença inicial diante de outras profissões do mercado é apenas 11% menor. O problema acontece no percurso da profissão, quando essa diferença salta para 43%. Portanto, a criação de um plano de carreira atrelado à formação continuada do professor e a seu desempenho docente deveria ser a maior de nossas prioridades. Não me canso de repetir que sem bons professores não há futuro. Precisamos atrair os melhores alunos para a carreira do magistério e aprender a formar bem nossos professores para o chão de escola.

Outro ponto fundamental é que o país estabeleça os direitos de aprendizagem para seus alunos, ao menos para cada uma das etapas da educação básica. É preciso explicitar o que cada aluno deve saber ao final de cada ano letivo. A Base Nacional Comum Curricular, cuja terceira versão ainda deverá ser encaminhada pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação, é uma esperança nesse sentido. O cuidado que devemos ter com a Base é assegurar que ela traga como direito de aprendizagem as demandas que os alunos têm no século XXI, que valorize o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e de colaboração tanto quanto o conhecimento teórico. Está nas mãos de nossos governantes não deixar que questões políticas e partidárias se coloquem à frente dos interesses da nação. O Brasil precisa dar o que é de direito a suas crianças e jovens, segundo sua própria Constituição: uma educação de qualidade e com equidade.
 
FONTE: http://epoca.globo.com/educacao/noticia/2016/12/estagnados-no-fundo-do-poco.html

Educação - Pisa: o diagnóstico de um apagão

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes mostra que 70% dos brasileiros não dominam o básico em matemática. Nossa educação está entre as oito piores do mundo

FLÁVIA YURI OSHIMA 
FONTE: http://epoca.globo.com
LIÇÃO DE INEFICÁCIA
Sala de aula no Brasil. Metade dos alunos não sabe interpretar textos (Foto: LEO DRUMOND/NITRO)
 
Treze milhões de adultos analfabetos, 33 milhões de adultos analfabetos funcionais – que reconhecem números e letras, mas não as interpretam – e 2,8 milhões de crianças entre 4 e 17 anos fora da escola. São tantos os dados alarmantes na educação brasileira que o país parece ter se acostumado ao espanto. Desperdício de potenciais, geração perdida e uma série de outros diagnósticos que deveriam ser encarados com seriedade tornaram-se, por tanta repetição, chavões da área. E, como ocorre com todos os chavões, deixaram de ser encarados com perplexidade.

Na última terça-feira, dia 6, a divulgação do ranking educacional Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) pode ter rompido esse estado de torpor. Pela primeira vez na história desse levantamento, o Brasil regrediu. Nossa nota em matemática recuou a níveis similares ao do ano 2006, período em que investíamos quase um terço do que aplicamos hoje na educação. Em ciências e leitura, as outras duas áreas avaliadas pelo Pisa, ficamos estagnados nos mesmos resultados de 2012, distantes cerca de 90 pontos da nota média do levantamento. “É a prova do fracasso retumbante e inaceitável de nossa Educação”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho, a ÉPOCA.

O Pisa é uma avaliação trienal feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre dezenas de países de todo o mundo. Nesta edição, foram 70 nações. Desde 2000, quando seu primeiro estudo veio a público, o ranking consolidou-se como o mais importante termômetro dos níveis educacionais de seus países. O Pisa avalia o conhecimento de crianças entre 15 e 16 anos sobre matemática, leitura e ciências. No ano passado, 23.141 estudantes brasileiros de 841 escolas (públicas e particulares) encararam dois dias de provas em todos os estados do país para a formulação do diagnóstico revelado agora.

A avaliação divide os resultados em seis níveis de proficiência. Cada um desses níveis indica as habilidades alcançadas pela criança. Mais de 80% dos estudantes brasileiros chegam, no máximo, ao nível dois dessa escala em ciências e matemática. Isso significa que dominam apenas a lógica básica dessas áreas. Em matemática, esse desempenho pífio tem um agravante. Mais de 70% dos alunos brasileiros não dominam os rudimentos da lógica. Em leitura, o Pisa indica que metade dos alunos brasileiros de 15 e 16 anos não interpreta o que lê. Na comparação com estudantes da mesma idade de outros países, os brasileiros têm um desempenho equivalente ao de alunos com dois ou três anos a menos de estudos.

A partir da observação do tipo de questão que os estudantes mais acertaram e mais erraram, um padrão emerge das três avaliações. Os brasileiros demonstraram dificuldade em interpretar dados e em explicar como aplicar os conhecimentos teóricos a situações práticas em questões dissertativas. O maior número de acertos ficou com as questões relativas a conteúdos teóricos de múltipla escolha. Na prática, isso significa que a maior lacuna no aprendizado dos brasileiros está na capacidade de análise e de estabelecer relações tanto entre fatos do cotidiano e teoria quanto em enxergar como as diferentes áreas do conhecimento se relacionam.

O Brasil está entre os cinco países que investem a maior parcela do PIB no mundo em educação. Em 2014 (último dado atualizado) foram 6% do PIB para a área, R$ 135 bilhões. Esse montante costuma impressionar. Porém, o investimento que faz diferença na qualidade da educação é o valor aplicado por aluno. Nesse quesito, o Brasil investe apenas 43% do valor gasto, em média, pelos países da OCDE. Os Estados Unidos gastam quatro vezes mais do que o Brasil por estudante do ensino médio. A Rússia, o dobro. Essa disparidade sempre serviu como escudo para justificar a má posição do Brasil no ranking do Pisa. Neste ano, perdemos o direito de usar essa desculpa. Albânia, Líbano, Colômbia e México, nações com investimento por aluno menor do que o brasileiro, nos ultrapassaram. “O modelo está esgotado. Não avançaremos mais sem preparar nossos professores”, diz Claudia Costin, professora da Universidade Harvard e ex-secretária de Educação do Rio de Janeiro.
 
Esses números terão um impacto negativo direto nos adultos que essas crianças virarão. Traduzir notas de testes educacionais em dados econômicos é uma maneira eficiente de mostrar qual pode ser essa consequência. Uma pesquisa recente, feita em parceria entre a OCDE e a Fundação ElDiálogo, projeta que o ritmo de crescimento do PIB do Brasil se acelerará 16% ao ano a partir de 2030 se cada jovem de 15 anos atingir a pontuação média da OCDE (420 pontos) na escala do Pisa. Por outro lado, se, no mesmo período, tivermos todos os alunos de 15 anos no ensino médio com o baixo desempenho de hoje, esse ritmo de crescimento se acelerará 3,5% ao ano. O estudo foi concluído antes da divulgação dos últimos resultados do Pisa. Até então, no ritmo de crescimento de 3 a 5 pontos a cada avaliação trienal, o Brasil levaria 27 anos para alcançar a média da OCDE em matemática. Com a regressão de 12 pontos, revelada agora, essa estimativa aumentou para 33 anos. “Não há possibilidade de desenvolvimento econômico sustentável sem o aumento da qualidade da educação”, diz Ariel Fiszbein, diretor da ElDiálogo e um dos responsáveis pelo estudo.

Outro estudo que atesta a falta de qualidade da educação brasileira foi encabeçado pelo economista Ricardo Paes de Barros, da Cátedra do Instituto Ayrton Senna no Insper, escola de negócios de São Paulo. A análise mostra que cada ano a mais de escolaridade no Chile, entre 1980 e 2010, proporcionou um ganho extra de US$ 3 mil por trabalhador. No Brasil, esse aumento foi de apenas US$ 200. Os brasileiros têm capacidade produtiva bem inferior à de chilenos com o mesmo número de anos de escola. A qualidade da educação desses países é a raiz dessa diferença.

Os dados são claros. Não há pacote de ajuste fiscal ou teto de gastos capaz de colocar o Brasil nos eixos do desenvolvimento sem uma educação de qualidade.
Pisa (Foto: epoca)

Prêmio reconhece melhores bibliotecas do Brasil: ‘Precisam atrair a comunidade’

Diretor do Instituto Pró-Livro destaca importância da modernização destes espaços. Destaques estão no Acre, em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Biblioteca de São Paulo - Parque da Juventude foi um dos destaques do prêmio. (Foto: Equipe SP Leituras)






Na próxima quinta-feira (15), a primeira edição do Prêmio IPL – Retratos da Leitura premiará, entre outras categorias, as três bibliotecas de maior destaque do Brasil: Biblioteca Pública Estadual do Acre, Biblioteca de São Paulo – Parque da Juventude e Biblioteca Parque Estadual Rio de Janeiro.


Segundo o presidente do Instituto Pró-Livro, Marcos da Veiga Pereira, estes espaços são atrações para a comunidade. “A ideia de que bibliotecas são só o lugar para livros precisa ser revolucionada. Elas devem ser um parque de cultura, onde há videoteca, contadores de história e evidentemente, as obras”, diz. Funcionários que conheçam o acervo e saibam sugerir leituras para o público também ajudam a despertar o interesse pelo local.


Marcos afirma que, quando estes locais se tornam espaços de lazer, atraem a comunidade e ajudam a estimular o hábito da leitura. Os moradores do entorno da biblioteca passam a frequentá-la e, consequentemente, a interagir entre si. “Eles exercitam a cidadania e o respeito, lidam uns com os outros, conhecem novas pessoas”, afirma. “Ser apresentado ao mundo dos livros traz um benefício monstruoso. É um privilégio poder ter o prazer de ler, ter o livro como companheiro. A gente precisa ser capaz de ter imaginação”, complementa.


O diretor do IPL cita os resultados do ranking mundial de educação - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), divulgado neste mês. O Brasil teve queda na pontuação nas três áreas avaliadas: ciências, leitura e matemática. “A gente vê como o país está atrasado em termos de educação. É preciso incentivar o envolvimento das comunidades nas bibliotecas”, diz.


Público infantil




Para atrair as crianças às bibliotecas, Marcos afirma que é preciso pensar além da ideia de que são espaços fechados e escuros. É necessário que existam áreas de silêncio, mas não há necessidade de se restringir a elas. “Precisa ser tudo colorido e aberto, moderno. O livro permite a poesia, o teatro, pode haver a encenação de uma história. Quanto mais espaços e atividades, maior a chance de cativar esse público”, diz.


Tecnologias


Na discussão sobre livros digitais e impressos, o diretor do IPL afirma não ser purista. Para ele, não são opções excludentes. “O livro, para mim, é um conteúdo, não uma forma. Vai ter gente que vai preferir o papel, por achar mais acalentador, sentir o cheiro da tinta impressa. E há quem goste mais do digital”, diz.


De acordo com Marcos, a biblioteca pode se abrir às tecnologias e ter computadores e tablets. O desafio do livro digital, neste aspecto, é a burocracia no processo de empréstimo. “O e-book se propaga mais facilmente. Não sei como faríamos em relação aos direitos do autor da obra”, explica.


Outras categorias


Abaixo, confira os vencedores nas demais categorias do prêmio:


Cadeia Produtiva:


• Instituto Ecofuturo (mantenedora: Suzano Papel e Celulose) – Projeto Bibliotecas Comunitárias - Ler é Preciso.


• Skoob – (Portal de compartilhamento sobre livros e leituras pelos leitores)


• Companhia das Letras (Editora Schwarcz) – Projeto Clube de Leitura – em presídios


Categoria ONGs:


• Fundação Itaú Social - Programa Itaú Criança - Campanha “Leia para uma criança”


• Associação Vaga Lume – Expedição Vaga Lume


• ACEC – Associação Cultural Estudos Contemporâneos - Flupp - A Festa Literária das Periferias.


Categoria Mídia:


• Revista Emília


• Fundação Volkswagen - Plataforma do Letramento (coordenação técnica CENPEC)


• GloboNews Literatura 
Por Luiza Tenente, G1 
FONTE: http://g1.globo.com

Política Nacional de Leitura e Escrita

Comissão de Educação aprova a Política Nacional de Leitura e Escrita
O relatório foi lido pelo senador Dário Berger (PMDB-SC)
Marcos Oliveira/Agência Senado

 Proposições legislativas

PLS 212/2016

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou, nesta quarta-feira (14), o projeto de lei (PLS 212/2016) que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita. Segundo o texto, da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a política deve funcionar como uma estratégia permanente para promover o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas de acesso público no Brasil.

O relatório, favorável à matéria, preparado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), foi lido por Dário Berger (PMDB-SC). Agora o projeto seguirá a Plenário, para decisão final. De acordo com Fátima Bezerra, o objetivo principal da Política Nacional de Leitura e Escrita será democratizar o acesso ao livro e aos diversos suportes da leitura por meio de bibliotecas de acesso público, dentre outros espaços de incentivo à leitura, de forma a ampliar os acervos físicos e digitais e as condições de acessibilidade.

“Este projeto configura as bases institucionais para superarmos o caráter descontinuado e pulverizado com que as iniciativas de estímulo à leitura têm sido historicamente implementadas em nosso país”, argumentou a autora na justificação da proposta.
Diretrizes

A política terá como diretrizes a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas; o fortalecimento do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e articulação com as demais políticas de estímulo à leitura, ao conhecimento, às tecnologias e ao desenvolvimento educacional, cultural e social do país, especialmente com a Política Nacional do Livro.

O projeto estabelece que o Poder Executivo deverá elaborar o Plano Nacional de Leitura e Escrita. O parecer favorável do relator altera a periodicidade da elaboração desse plano, que passar a ser decenal, não mais de quatro em quatro anos. O relatório também alterou a data de entrega desse plano, que será até os seis primeiros meses do mandato presidencial, ao invés de ser até o fim do primeiro ano do mandato de acordo com o projeto original.
"Viva leitura"

A proposta estabelece ainda a criação do Prêmio Viva Leitura, que será concedido no âmbito da Política Nacional de Leitura e Escrita com o objetivo de estimular, fomentar e reconhecer as melhores experiências que promovam o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas.

Fonte: http://www12.senado.leg.br
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)