quarta-feira, 19 de junho de 2013

MAIS DE 60% DOS ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA TÊM COMPUTADOR EM CASA, INDICA PESQUISA

Estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar

A maioria dos alunos de escolas públicas do país (62%) tem computador em casa, aponta a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada hoje (23) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O número é crescente desde 2010, primeiro ano do levantamento, quando o percentual era 54%. No ano passado, essa proporção entre estudantes da rede pública já tinha avançado para 56%.

A abordagem reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados professores de português e matemática, alunos dos ensinos fundamental e médio, além de coordenadores pedagógicos e diretores.

Também houve avanço do acesso à internet pelo celular entre os alunos de escolas municipais e estaduais: crescimento de 14 pontos percentuais na comparação com 2011, alcançando 44% dos entrevistados. No ensino privado, a proporção de estudantes que acessam internet pelo celular é maior, atingindo 54% dos entrevistados.

Em relação aos professores, a pesquisa mostra que a presença do computador e da internet em casa está próxima da universalização. No último levantamento, o percentual já chegava a 96%. A maioria deles tem o computador como suporte para desenvolver habilidades e usa a internet para manter contatos informais com outros educadores.

O estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar. A sala de aula, por exemplo, ainda não incorporou plenamente o uso dessas ferramentas, apesar de ter aumentado o uso de computadores entre os professores durante as atividades. A prática de ensinar os alunos a usar o computador e a internet – que é feita de forma esporádica – ainda é a atividade escolar em que mais se aplica essas tecnologias.

Do ponto de vista da infraestrutura, as escolas analisadas apresentaram maior presença de computadores portáteis, o que revela uma possibilidade de uso dessas tecnologias para além das tarefas de gestão escolar ou das atividades nos laboratórios de informática. Entre os fatores limitantes para esse uso, no entanto, está a quantidade de equipamentos disponíveis e a velocidade de conexão à rede.



Escolas públicas urbanas com computador portátil alcançam 74%, aponta pesquisa
A presença de computadores portáteis em escolas públicas urbanas do país cresceu 7 pontos percentuais em um ano. O proporção passou de 67% para 74% entre 2011 e 2012, segundo a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada hoje (23), na capital paulista, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

A pesquisa informa também que a média por escola é 21 computadores – incluindo os de mesa, portáteis e tablets. Para cerca de 80% dos professores, o baixo número de computadores disponíveis dificulta o uso dessa tecnologia para fins pedagógicos.

O trabalho reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados 1.592 professores de português e matemática, 8.332 alunos dos ensinos fundamental e médio, além de 1.604 coordenadores pedagógicos e diretores.

“O notebook permite que você leve essa infraestrutura de uma sala a outra, que você faça um uso mais eficiente dessa tecnologia no local onde o processo de ensino e aprendizagem ocorre, que é a sala de aula”, avaliou Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic). Ele aponta que isso favorece o uso do computador e da internet como elemento de apoio pedagógico e não somente instrumental.

Barbosa destaca que a pesquisa apontou a utilização do computador como suporte pedagógico entre os desafios que precisam ser contemplados por políticas públicas de incentivo às TIC. “As políticas de fomento à informática nas escolas, de certa forma, foram bem-sucedidas, na medida em que elas levaram a infraestrutura, mas ainda falta uma política que incentive o uso, que dê formação ao professor”, declarou. A utilização mais frequente das TIC nas escolas, com 62%, é o ensino sobre o uso da própria máquina.

A pesquisa aponta que menos da metade dos professores de escolas públicas (44%) tiveram disciplinas na faculdade que estivessem voltadas ao uso do computador como ferramenta pedagógica. “Nós ainda temos cursos de pedagogia que sequer mencionam tecnologia. A infraestrutura é importante, mas precisamos avançar na capacitação pedagógica para uso dessas tecnologias”, ponderou.

Apesar de uma queda de 13 pontos percentuais, de 76% para 63%, o laboratório de informática continua sendo o local mais comum para utilização de computador e internet nas escolas. Por outro lado, houve avanço de 13% para 19% na presença dessas tecnologias em sala de aula.

Outro fator limitante para uso das TIC no processo de educação é a velocidade da internet. Embora ela esteja presente em 89% das escolas públicas urbanas, 26% delas têm conexão com velocidade de 1 megabite a 2 megabites, faixa mais comum. Também é alto o percentual de diretores (24%) que não souberam informar o tipo de conexão presente nas escolas. Nas particulares, a faixa de velocidade mais encontrada é igual ou superior a 8 megabites.

Fonte: Agência Brasil

ELES SÃO COBRAS EM MATEMÁTICA

Método motivacional de professor busca despertar maior interesse dos alunos pelos números e cálculos

No Centro de Ensino Fundamenta 11 (CEF 11), no Gama, os Alunos aprendem uma matemática venenosa. Quem ensina a disciplina no quadro-negro é a anaconda e os melhores Alunos são chamados de grandes sucuris. As salas de aula também estão repletas de outras cobras. São cinco em cada uma delas e, ao fim do bimestre, 30 novas aparecem. Tudo isso faz parte do método motivacional do Professor João Rosa Borges, 56 anos, adotado por ele há duas décadas com o objetivo de despertar maior interesse dos Alunos pelos números e cálculos. A ideia original do projeto Ninho das Cobras nasceu em uma Escola de Anápolis (Goiás), mas foi adaptada por João Rosa para atender os estudantes do Distrito Federal.

Este é o primeiro ano da iniciativa no CEF 11. Ao todo, o método envolve seis turmas do 6° ano (antiga 5ª série) do Ensino fundamental e funciona a partir da nota tirada pelo Aluno em uma prova bimestral de matemática. Dependendo do desempenho atingido, o estudante pode receber o título de grande sucuri, correspondente à melhor nota entre as turmas; de sucuri, relativo à melhor obtida em sala de aula; e de cobra, a mais alta conquistada entre os estudantes de uma mesma fileira de carteiras. Os demais, com rendimento normal, são intitulados de filhotes.

Diferentemente do que ocorria no colégio goiano, onde Alunos de todos os anos eram classificados, na Escola do Gama apenas os que assistem às aulas de Borges estão integrados à metodologia, isto é, algo em torno de 166 adolescentes. Segundo ele, outros estudantes da rede pública já participaram da experiência. Ele destaca universitários e Professores já graduados. “Aqui, no CEF, estamos no segundo ninho. Da primeira vez, não apliquei prova bimestral. Fiz uma revisão no conteúdo e apliquei o teste. Mas, normalmente, o resultado é dado depois de dois meses. A avaliação conta com 40 questões de múltipla escolha, em que uma certa anula uma errada, como nos vestibulares da UnB (Universidade de Brasília)”, esclareceu.

Na opinião do Professor, esse tipo de competição saudável deveria ser perpetuada. Ele a analisa como uma forma de impulsionar os estudantes no caminho do conhecimento. Diante disso, ele ressalta a vontade de todos em se tornar cobras. Esse é o caso de Ana Clara da Silva, 12 anos, do 6º ano E. Ela relata ter dificuldades em exatas, mas promete dar duro para conseguir sair da posição de filhote. “Estudo em casa, faço as atividades. Estou me empenhando cada vez mais. Na próxima prova, quero ser, pelo menos, cobra”, garante. Ana Clara analisa a dinâmica criada pelo mestre como uma forma adicional de incentivo. “Por conta disso, muitas vezes, dou mais atenção para matemática do que para outras matérias”, justificou.

Ao contrário dela, a colega Geovana Almeida Alves, 11 anos, sempre teve facilidade e gosto pelos números. A combinação entre aptidão e esforço, segundo ela, integra a fórmula para alcançar os postos mais altos, como os conquistados por Geovana no último teste: de grande sucuri e de sucuri da sala. “A prova valia 2 pontos e eu tirei 1,6. Não esperava conseguir tanto, pois tenho colegas muito inteligentes. Foi uma surpresa boa”, afirmou. Ela garante que não fará corpo mole na próxima avaliação. “Vou melhorar ainda mais para não perder os títulos. Sorte a minha que sempre fui bem em matemática”, ressaltou.

O nome dos Alunos com notas mais altas vai para um ranking criado por Borges. A lista é entregue a Professores de outras disciplinas para, segundo explica, “dar um feedback aos colegas”. “Assim, eles podem verificar se o desempenho daquele estudante em matemática é parecido com o obtido nas demais matérias”, destacou João Rosa. Após a classificação dos estudantes, os pais são chamados para uma cerimônia de entrega de medalhas e de diplomas de honra ao mérito. O ouro corresponde à grande sucuri, enquanto a prata à sucuri e o bronze, à cobra. Um dos eventos ocorreu no último dia 15, no CEF 11, às 14h. Geovana foi uma das estudantes homenageadas. A estudante Emily Átila, 11 anos, também é uma das cobras em matemática da Escola.

Mudanças
O primeiro ninho formado por Borges coroou o Aluno Vinícius de Oliveira, 10 anos, como a grande sucuri. A avaliação valia 10 pontos e ele tirou 9,2. Ele é de uma turma diferente à de Geovana, mas, como ela, anuncia que se esforçará para recuperar o título. “Agora, vou prestar atenção redobrada nas questões”, adianta.
O método do Professor João Rosa Borges passará por mudanças no próximo bimestre, com envolvimento ainda maior dos Alunos com as melhores colocações nas provas. Na ocasião, eles serão identificados com coletes de monitores e terão a função de ajudar os colegas com dúvidas na matéria.

A medalha de ouro vai para quem conquista o título de grande sucuri
Classificação
Anaconda Professor
Grande sucuri melhor nota entre as turmas
Sucuri melhor nota da sala
Cobra melhor nota entre os Alunos sentados em uma fila
Filhotes demais Alunos
Premiação
Ouro grande sucuri
Prata sucuri
Bronze cobra

"Não esperava conseguir tanto, pois tenho colegas muito inteligentes. Foi uma surpresa boa”
Geovana Almeida Alves, 11 anos, estudante do CEF 11.

Fonte: Correio Braziliense (DF)


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BRASIL PRECISA ENSINAR MATEMÁTICA BEM E TER MAIS ENGENHEIROS, DIZ CNI

Segundo a avaliação que consta do "Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022", Brasil tem baixa qualidade na Educação Básica e nas faculdades, além de pouca oferta de Ensino Profissionalizante

No Brasil, a baixa qualidade da educação básica e das faculdades, e a pouca oferta de ensino profissionalizante atrapalham a inovação, a produtividade e a competitividade das empresas.

A avaliação consta do "Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022". O estudo foi realizado em nove meses pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com participação de cerca de 500 representantes empresariais, e apresentado nesta terça-feira (21).

O documento faz uma análise dos desafios do país para a próxima década na área industrial e apresenta dez pontos que a CNI considera fundamentais para melhorar a produtividade e a competitividade.

Segundo o mapa, os resultados em termos de qualidade da educação não são condizentes com o volume de recursos investidos na área. O investimento em educação no Brasil representa 5,7% do PIB, percentual próximo ao de países como Holanda, França e Estados Unidos.

Na última avaliação do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela OCDE), em 2009, o Brasil ocupou a 54ª colocação, enquanto a Holanda ficou em 9º lugar, a França em 25º e os EUA em 26º.

A situação é pior quando o conteúdo avaliado é matemática, que coloca os alunos brasileiros na 57ª posição. . Esse estudo avalia alunos de 15 anos de idade.

Somente 15% dos jovens brasileiros acessam o ensino superior, o que equivale a 4 milhões de pessoas, sendo que a taxa de conclusão é de apenas 15,2% dos ingressantes, diz a CNI, citando dados do Senai de 2012).

Em2010, havia cerca de 10 milhões de graduados –10% da população adulta brasileira–, enquanto no Chile essa taxa é de 25% e, na média da OCDE, de 30%.

A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um gargalo para a inovação, diz a CNI. Na graduação tecnológica, os números são considerados "baixíssimos": apenas 0,16% da população entre 20 a 29 anos frequentavam um curso desse tipo em 2007, enquanto 11,26% das pessoas na mesma faixa frequentavam cursos de graduação regulares.

A CNI destaca a "escassez de engenheiros", cuja atividade possui um impacto amplo sobre muitos setores e atividades, sobretudo para a indústria. Somente 5% dos graduados no Brasil formam-se em engenharia.

Enquanto o país tem dois graduados em engenharia para cada 10 mil habitantes, no Japão, são 10,2 e na China, 13,4. Além disso, há a questão da qualidade dos profissionais formados, sobretudo das universidades privadas, que é considerada baixa.

Fonte: UOL Educação


http://www.todospelaeducacao.org.br

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20% NÃO TÊM ENSINO SUPERIOR

Publicação do Todos Pela Educação indica que meta de educadores com graduação no Brasil se aproxima dos 74% na Educação Básica

Dezessete anos depois de a legislação sugerir que todos os Professores da Educação básica tivessem o Ensino Superior no Brasil, 25,91% dos Docentes ainda lecionam sem atingir o objetivo. No Rio Grande do Sul, o número é um pouco menor: 20%.

Os dados, divulgados ontem, fazem parte da 2ª edição do Anuário Brasileiro da Educação básica, publicação feita pelo movimento Todos Pela Educação, que reúne indicadores educacionais de todo o país. Neste ano, o documento foi organizado de acordo com os temas das 20 metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Senado há mais de dois anos. No projeto inicial, que teria vigência a partir de 2011, o prazo para que a meta de todos os Professores com graduação fosse atingida era 2020.

Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, afirma que apesar de parecer uma realidade distante, o Brasil vem em uma trajetória ascendente, visto que essa obrigatoriedade passou a existir a partir de 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

– Acho que o grande desafio não é cumprir a meta. O que falta é a qualidade da formação. Durante muito tempo as universidades formaram teóricos e pensadores desta Educação de qualidade e não os futuros Professores propriamente ditos – disse Priscila.

A coordenadora das Licenciaturas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Umbelina Maria Duarte Barreto, também acredita que será possível cumprir com a meta e cita o EAD, Educação à distância, como facilitador desse processo. Quanto à qualidade da formação dos Docentes, Umbelina é mais otimista:

– A vocação inicial das universidades é acadêmica mesmo, mas houve uma articulação ao longo dos anos com o Ensino aplicado, de se voltar para sala de aula.

No Estado, a rede estadual de Ensino apresenta um cenário mais favorável. De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), 96,9% dos Docentes têm nível superior. Rosa Mosna, assessora técnica da Seduc, conta que uma das estratégias do governo é incentivar esta formação com uma bolsa-auxílio permanente de R$ 200:

– O curso é gratuito e o dinheiro serve para ajudar no custeio de apostilas, por exemplo. Acreditamos que este residual que ainda não ingressou no nível superior são aquelas pessoas que estão para se aposentar.

Faça você mesmo
O anuário lançado pelo movimento Todos Pela Educação tem o mérito de reunir tabelas, números e diagnósticos a respeito da Educação básica em todo o Brasil. Em mais de 140 páginas, o leitor encontra informações sobre a formação dos Professores, os índices de Alfabetização e a quantidade de horas diárias que os estudantes passam dentro do ambiente Escolar, entre outro temas.Aliada a esse esforço gigante de organizar informações, há ainda uma qualidade fundamental no documento: o fácil manuseio. Ou seja, não é preciso ser especialista para percorrer as páginas, conferir as tabelas e os gráficos, ler os artigos e compreender, por fim, que ainda há muito o que fazer para qualificar as salas de aula brasileiras. Portanto, fica aqui o convite: entre no site, baixe o arquivo e descubra como você pode contribuir para garantir que todos os estudantes tenham acesso a um aprendizado de qualidade.

Fonte: Zero Hora (RS)

terça-feira, 11 de junho de 2013

PARALISAÇÃO - REDE ESTADUAL

Paralisação pede respeito às decisões judiciais relativas ao 1/3 de atividade e ao Plano de Carreira dos funcionários

O SINTE/RN está convocando uma paralisação de 48 horas nos dias 13 e 14 de junho em desagravo à justiça e por respeito à educação. O protesto tem origem na rotina de desrespeito às leis e às decisões judiciais por parte do governo Rosalba, principalmente no que diz respeito ao 1/3 de atividade dos educadores e ao Plano de Carreira dos funcionários da Educação.
A paralisação de 48 horas convoca pelo SINTE/RN tem nova data. A atividade em desagravo à justiça e por respeito à educação foi transferida para os dias 13 e 14 de junho. O Sindicato planeja realizar um protesto nos festejos juninos de Mossoró, evento do qual a governadora participará.

A alteração também proporcionará mais tempo para mobilizar a comunidade escolar e se articular nas escolas.
A paralisação pede respeito às decisões judiciais e repudia o desrespeito às leis por parte do governo Rosalba, principalmente no que diz respeito ao 1/3 de atividade dos educadores e ao Plano de Carreira dos funcionários da Educação.


CAPACITAÇÃO PARA USO DE TABLETS

A Secretaria de Estado da Educação realizou nesta terça (04), na Escola de Governo, a Formação Continuada em Tecnologias Educacionais com representantes das 16 Diretorias Regionais de Ensino do Estado com o objetivo de subsidiar os professores multiplicadores e técnicos do Núcleo Tecnológico Educacional no uso dos tablets educacionais distribuídos por toda a rede de ensino.


O avanço das tecnologias digitais viabilizou a inserção de novas formas de dinamizar e auxiliar o professor na hora de se trabalhar em sala de aula. Com os tablets, maior é a eficiência e agilidade das atividades que são feitas dentro da escola, como frequência dos estudantes, lançamento de notas e acompanhamento da estrutura curricular da rede de ensino.



Com o intuito de inserir os professores na cultura digital e auxiliá-lo nesse novo processo de aprendizagem a Secretaria de Estado da Educação além de distribuir os tablets, está realizando a capacitação para um uso mais eficaz desse importante ferramenta e um acompanhamento nas possíveis dúvidas que o mesmo pode trazer.


As formações, que são realizadas em Natal, passaram por um processo de interiorização, levando para as regiões mais afastadas o auxílio necessário de forma bimestral. O curso dividi-se em duas etapas, uma presencial, onde o professor multiplicador é capacitado, e uma on-line, onde o mesmo irá interagir com a plataforma e aplicar os conhecimentos adquiridos.

Todos os professores da rede pública de ensino estadual que atuam no Ensino Médio já receberam seus tablets, agora, com formações deste tipo a secretaria de Educação tende a aperfeiçoa e capacitar todos os professores para o uso de aplicativos que servirão de controle para a escola, como a versão mobile do SIGeduc.

Postado por Danilo Bezerra às 14:01

segunda-feira, 10 de junho de 2013

JORNADA DE TRABALHO - A RESPOSTA

REDE ESTADUAL

Para o SINTE/RN argumentos dados pela SEEC sobre terço da hora atividade são tentativas de ludibriar a sociedade para ganhar tempo

A direção do SINTE/RN rebateu as informações dadas pela SEEC à respeito do terço da hora atividade. Para a coordenadora geral Fátima Cardoso, a atitude da Secretaria é extremamente desrespeitosa, sobretudo com o desembargador Cláudio Santos, com o juiz Luiz Alberto Dantas e com a categoria.

“As desculpas da SEEC chegam a ser hilárias quando dizem que não desrespeitaram a decisão judicial nem estão em desacordo com a legislação. Como se os dois magistrados não tivessem conhecimento da lei”, comenta a sindicalista.

O Sindicato defende e luta pelo pagamento de horas excedentes trabalhadas em sala de aula, quando deveriam ser empregadas em atividades de planejamento. Logo, é uma desonestidade insinuar que os professores tem a expectativa de repouso durante o horário destinado a atividades de encubação das aulas.

Para a coordenadora geral, o governo tenta, mais uma vez, usar seu jogo de palavras para tentar ludibriar os trabalhadores e ganhar tempo para tentar reverter a situação. “O governo tem que cumprir sua obrigação e pronto. Se os professores trabalharam mais do que deveriam em sala de aula, comprometendo assim o tempo para planejamento, que é essencial para boas aulas, o estado deve ressarci-los. Estaremos atentos e não abriremos mãos dos nossos direitos”, ressalta Fátima Cardoso.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

JORNADA DE TRABALHO

Secretaria de Estado da Educação esclarece sobre jornada de trabalho dos professores
 
Em virtude das últimas informações publicadas acerca da jornada de trabalho dos professores da rede estadual de Ensino, a Secretaria de Estado da Educação esclarece:

1. A carga horária do professor da rede estadual no Rio Grande do Norte é de 30 horas semanais de trabalho, segundo legislação estadual;

2. A Lei Complementar Estadual nº 322/2006, estipulou que das 30 horas semanais, 24 horas seriam destinadas à docência em sala de aula e 6 horas para atividades extraclasse, o que vinha sendo cumprido pela Secretaria;

3. A Lei Federal nº. 11.738/2008, que instituiu o piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, mais conhecida como “Lei do Piso”, agregou também uma alteração referente à jornada de trabalho dos professores. Essa alteração somente passou a ser considerada após julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 4.167, interposta por estados que questionaram a constitucionalidade da alteração, no Supremo Tribunal Federal;

4. Segundo artigo 2º, parágrafo 4, da “Lei do Piso”, na composição da jornada de trabalho, deve ser observado o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos. Logo, o 1/3 (um terço) deve ser destinado a atividades de planejamento de aulas, o que não significa dizer que o professor deva estar afastado da escola durante esse período. A Lei jamais previu a possibilidade de repouso do profissional durante o horário atividade (extraclasse);

5. Após a decisão do STF sobre a ADI 4.167, que se deu no início de 2013, o Desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do RN, deferiu pedido de antecipação da tutela recursal, interposto pelo SINTE-RN, para que o Estado remunere os professores por mais 04 (quatro) horas de trabalho, tendo como base o valor da hora normal, até que se efetive o direito à carga horária de 30 (trinta) horas, sendo 20 (vinte) horas em sala de aula e 10 (dez) para as atividades extraclasse, como previsto na lei de regência;

6. Assim, a partir do conhecimento da decisão, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) protocolizou Pedido de Reconsideração da decisão monocrática que deferiu o pedido de antecipação de tutela recursal, no dia 21 de maio de 2013, que ainda depende de apreciação do Desembargador;

7. Sem adentrar na matéria puramente de direito, que deve ser alvo de discussão no âmbito judiciário, a PGE sinalizou o equívoco no deferimento da antecipação da tutela recursal diante da clara afronta aos arts. 1º e 2º-B da Lei nº 9494/97, que veda a concessão de medida liminar ou de antecipação dos efeitos da tutela em matéria remuneratória de servidor em desfavor da Fazenda Pública. Nesse sentido é o entendimento do próprio Tribunal de Justiça do RN, como demonstrado na peça acostada aos autos pela PGE;

8. Entre as várias controvérsias, a que mais chama atenção é o reconhecimento em caráter liminar de pagamento de horas extras que NÃO foram trabalhadas em jornada semanal SUPERIOR à prevista em Lei. A Lei Federal que estabeleceu o máximo de 2/3 das horas de regência de classe não prevê o pagamento de horas extras no caso de descumprimento, tampouco, os professores da rede trabalharam além do regime constante no art. 27, da Lei Complementar nº 322, de 11 de janeiro de 2011;

9. Todos os professores da rede estadual de ensino, que desempenharam suas funções acima de 30 (trinta) horas semanais, com as chamadas horas suplementares, também foram remunerados por essas horas.

A SEEC, assim como a Procuradoria Geral do Estado, entende que foram respeitados os limites legais de jornada de trabalho dos profissionais do magistério público estadual, restando apenas ajustes para que a divisão das horas de docência (2/3) e das horas de atividades extraclasse (1/3) seja efetivada. Logo, não há motivo para pagamento de hora extra, uma vez que os professores estão trabalhando as 30 horas semanais previstas em lei e recebendo pelas 30 horas.
 
Por Assecom SEEC