segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Opinião: O novo piso dos professores

"O índice nacional de reajuste salarial dos professores frustra as expectativas do magistério, mas cria condições ao governo do Estado para aprofundar negociações numa nova política", afirma Moacir Pereira

Fixado em 7,9% para 2013, o índice nacional de reajuste salarial dos Professores frustra as expectativas do magistério, mas cria condições ao governo do Estado para aprofundar negociações numa nova política. Com o índice de 21% anunciado pelo MEC no início de 2012, governo estadual e prefeituras municipais avisaram a impossibilidade de aplicação. Agora, com os 7,9%, o cenário muda completamente.

A diretoria do Sinte/SC e o sindicato estão de férias até o final de janeiro. A presidente Alvete Bedin anunciou a retomada das atividades, com reunião do Conselho Estadual de Educação, em 28 de janeiro. A pauta está definida: descompressão da tabela salarial e pagamento da dívida de 13,17%, pendente do reajuste de 2012, e mais os 7,9% deste ano. No ano passado, o reajuste foi de 22,22%. O governo concedeu reposição linear de 8% para todos os servidores, em duas parcelas.

O secretário de Educação, Eduardo Deschamps (PSDB), esteve ontem em Brasília, tratando exatamente do novo piso salarial. Vem mantendo entendimentos constantes com o novo secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni (PSD), e com o coordenador de Relações Governamentais, Décio Vargas. Objetivo comum: estudos para descompressão da tabela salarial do magistério.

Segundo Vargas, a tabela que vem sendo trabalhada será mais enxuta, com redução dos níveis, para viabilizar a descompactação salarial, uma das maiores aspirações dos Professores.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação estava reivindicando aumento com base no INPC mais 50% do Fundeb, o que daria um reajuste de 9%. Os secretários estaduais e municipais de Educação defendiam apenas o INPC, que resultaria em cerca de 4%. O MEC optou pelos 7,9%. A entidade marcou greve nacional para os dias 23, 24 e 25 de abril.

Fonte: Jornal de Santa Catarina (SC)
http://www.todospelaeducacao.org.br

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