segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

POLÍTICA EDUCACIONAL

GOVERNO APROFUNDA CRISE NA EDUCAÇÃO    

A educação no governo não decolou. Além da Propaganda veiculada sobre o programa de acesso ao Ensino Técnico e Emprego- PRONATEC nada foi feito. E estamos falando apenas da propaganda, afinal trata-se de um programa do Governo Federal.
Qual o saldo da Secretaria de Educação? Na prática é zero. Nem mesmo as comissões funcionaram. Nem um direcionamento teórico metodológico foi feito aos profissionais da educação. A formação tão esperada a cada ano, mais uma vez ficou na indecisão de uma gestão que se perdeu e não se preocupou em encontrar o rumo.
Sobretudo, presumia-se uma abertura para discutir os rumos da educação do estado tendo como base a consulta aos que estão dentro da escola, vivenciando os diferentes contextos e as contradições. Mas não o Governo não soube aproveitar esse potencial. Enclausurados em seus gabinetes e sem uma inferência ao chão das escolas se cria o abismo e se monta a crise.

E, resumidamente por trás da burocracia se festeja a negação das licenças-prêmios, se retarda a publicação das aposentadorias, se deixa alunos/as terminarem o ano letivo sem professor em sala de aula. Método eficiente para fazer do novo IDEB uma vergonha anunciada.
Mais quais são os pilares que poderão dar sustentação à educação no RN? Sem dúvida um deles seria o Plano Estadual de Educação. Plano esse reivindicado há 10 anos pelo Sinte-RN. E não custa caro. É mais barato do que um segundo de propaganda oficial. E o seu custo/benefício é bem maior. A orientação de diretrizes para democratizar a gestão do sistema de ensino e das escolas. Vetor fundamental para se chegar a práticas de interação nas escolas através dos Projetos políticos pedagógicos.

São anos de luta do nosso Sindicato. Mostrando o universo crítico da educação. Desejando que o atendimento a nossa juventude não prescinda das dores do fracasso. Mas, sem a diretriz que faça produza uma política de universalização de atendimento a população, o remédio do Governo é fechar algumas salas de aula, turnos e escolas.
A falta de compromisso e respeito com a educação vive sob o disfarce do silêncio governamental. Como se esse fosse o remédio para anestesiar a revolta dos que hoje vêem negados o seu direito à educação social, emancipatória e de qualidade.
Durante este ano, mesmo com todas as barreiras erguidas pelo Governo, a direção do Sinte não perdeu uma oportunidade sequer de fazer uma abordagem à Secretaria de Educação, buscando desencadear uma discussão sobre a construção de um sistema articulado de Educação.
A primazia desse debate consiste na reorientação das redes de ensino, cooperação entre as redes. Seria um primeiro passo para um reordenamento de concepção objetivando uma política de Estado e o fim da municipalização do ensino.
O Governo não conseguiu até agora imprimir uma política de Estado para com a educação. A Secretaria de Educação não foi capaz, por exemplo, de reorientar a função social da escola, por falta de prioridade e de definição de uma política que priorizasse os interesses coletivos da população.
Analisando o contexto educacional depois dos 83 de greve, o Estado continuou negligenciando e deixando a margem do atendimento do direito à educação toda uma população que já está cansada de tropeçar na falta de apoio ao maior bem da humanidade que é o conhecimento.

Na ponta desse processo estão os Profissionais da Educação, que devem ter na carreira a essência para a profissão, com a devida atenção a formação, condições de trabalho e salários. Desastrosamente, esses direitos são invisíveis aos olhos do governo. É uma vergonha se afirmar que o Estado não cumpriu a revisão do plano de carreira do magistério e usou de todas as artimanhas para não implementar o plano de carreira dos servidores.
Como pode um profissional fazer nascer um fogo de estímulo à sua prática, se a atividade profissional é tão pouco reconhecida? Como pode se sentir um funcionário que teve cortada suas gratificações? Como pode se compreender que esse profissional encontrará o esteio necessário para prestar bons serviços?
2011 acabou, mas ficou a insatisfação dos/as alunos/as, o repúdio e a tristeza dos funcionários e a revolta dos/as professores/as. 2012 já chega exigindo mobilização e luta do Sinte-RN. Que ninguém critique as decisões que serão tomadas pela categoria neste ano que se aproxima. Temos uma defesa e luta a fazer que é a nossa prioridade: a promoção da escola pública e valorização profissional.
Autor(a): Fátima Cardoso - Pedagoga e Coord. Geral do Sinte-RN

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