sábado, 6 de outubro de 2012

Educação diferencia classe alta da média, diz ministro Moreira Franco

Para ministro, classe média pedirá 'qualificação' e não aumento de salário. Classe corresponde a 53% da população, o equivalente a 104 mi de pessoas

A renda da classe alta é três vezes superior à da classe média, principalmente, devido à educação, afirmou nesta quinta-feira (04), o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, em entrevista ao programa "Bom dia Ministro", da TV estatal NBR.
Segundo ele, a diferença da classe média para a classe alta está na quantidade de anos dedicados ao estudo: 8 e 12, respectivamente.
"Daqui a algum tempo a classe média estará pedindo qualificação e não mais aumento de salários", disse Franco.
Segundo ele, os filhos da classe média estudam, em média, 49% mais do que os seus pais, enquanto que na classe alta, esse número é de 20%.
“Os números mostram que o estudo faz muita diferença na classe média”, disse.
Para Moreira Franco, a classe média, que já corresponde a 53% da população, o equivalente a 104 milhões de pessoas, exige mais políticas públicas do governo que sejam voltadas às suas necessidades. “Estamos estudando a classe média para garantir políticas adequadas a ela”, afirmou.
Apesar do aumento de crédito adquirido pela classe média, o chefe da pasta afirmou que o "governo não está preocupado", pois a quantidade de pessoas que utilizam a caderneta de poupança também cresceu.
“O endividamento não está excessivo. Eles estão tomando consciência de que precisam poupar. Ao todo, 35% dessa classe está poupando”, disse.
Ele também afirmou que a abertura de cadernetas de poupança subiu de 300 para 600 por mês. Segundo o estudo Vozes da Classe Média, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, 51% das pessoas que possuem cartão de crédito no Brasil estão incluídas na classe média.
Segundo o ministro, com o o crescimento da renda, a classe média está adquirindo mais bens e serviços como carros, imóveis e viagens. “Agora a madame pega vôo e não sabe mais quem senta ao lado”, disse.
Na última década, segundo o estudo, 35 milhões de pessoas passaram a integrar a classe média no Brasil. No total, estima-se que o Brasil tenha 104 milhões de pessoas na classe média, o que representa 53% da população brasileira - 20% estão na classe alta e 28%, na baixa. Em 2002, 38% da população estava na classe média. O levantamento também informa que quase 80% dos novos integrantes da classe média são negros. 

Fonte: G1

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