quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ESTUDO INTERNACIONAL DA UNESCO APONTA A NECESSIDADE DE 8,4 MILHÕES DE PROFESSORES ATÉ 2030

Situação mais grave está na África subsaariana, seguida pelos países árabes

João Bittar/MEC
O mundo precisará de mais 8,4 milhões de professores até 2030 para atender a demanda de alunos da Educação Básica. O dado é da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que divulgou no início do mês uma pesquisa mundial sobre a demanda de docentes. O estudo foi apresentado no dia 5, data em que é comemorado o dia mundial dos professores.

Segundo a Unesco, a demanda futura por profissionais é de 3,3 milhões de professores no Ensino Fundamental e de 5,1 milhões no Ensino Médio, etapa da Educação que necessita de professores especialistas em disciplinas determinadas. Os dados ainda revelam que, hoje, 58% dos países não têm professores em quantidade suficiente, o que deve se agravar nas próximas décadas, caso providências não sejam tomadas.

Até 2015, ano estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o cumprimento das chamadas metas do milênio (saiba mais aqui), a Unesco calcula que serão necessários 1,6 milhão de professores primários e mais 3,5 milhões secundários. De acordo com a organização, a demanda escolar cresceu como consequência do aumento populacional.

A Unesco afirma ainda que a região do planeta que será mais prejudicada pela falta de professores é a África subsaariana. A situação ali é especialmente problemática porque a região concentra um terço dos países que apresentam falta de docentes e representa 46% da demanda mundial. A previsão é de que sejam necessários 2,1 milhões de profissionais.

Os países que apresentarão a maior demanda por docentes em 2030, em decorrência do crescimento do número de crianças em idade escolar, são Costa do Marfim, Eritreia, Malaui e Nigéria.

Logo atrás da África subsaariana vêm os países árabes. Os cálculos da Unesco mostram que há a necessidade de se formar 500 mil professores para lecionar para os 9,5 milhões de novos alunos que entrarão na escola primária nos próximos anos.

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