quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MEC QUER LEVAR EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL A 60 MIL ESCOLAS ATÉ 2014

Mais de 49 mil escolas em todo Brasil já contam com recursos do Mais Educação e estão funcionando efetivamente em tempo integral

A secretária de Educação Continuada do Ministério da Educação, Macaé Evaristo dos Santos, afirmou que vários municípios já aderiram ao Mais Educação, que é um programa indutor da educação em tempo integral. Já são mais de 49 mil escolas que contam com recursos do programa e que estão funcionando efetivamente em tempo integral. E a meta é levar a educação em tempo integral a 60 mil escolas em 2014.

As declarações foram feitas durante o seminário sobre educação em tempo integral organizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Além do assistencialismo
A educadora Cláudia Valentina Assumpção Galian, da Universidade de São Paulo (USP), considerou importante que a educação em tempo integral comece pela população mais pobre. Mas ressalvou que existe o perigo de que essa iniciativa acabe sendo resumida a uma mera política de acolhimento para os pobres. Portanto, “é importante que haja essa distinção entre acolhimento e educação”, destacou ela.

“Não se pode pensar a experiência da educação em tempo integral apenas como a ocupação do tempo”, continuou Cláudia Valentina. “A escola em tempo integral deve acolher o aluno mas também aproveitar esse tempo para educá-lo”, explicou.

A representante do Sesc, Claudia Santos de Medeiros, contou a experiência da entidade na implantação da educação em tempo integral. Os Estados de Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul já adotam esse sistema nas suas creches. No ensino fundamental, Pernambuco e Goiás contam com iniciativas nesse sentido. E, no ensino médio, Goiás e Roraima.

Debatedores veem Educação em tempo integral como meta vital para o País
Até 2020, o governo tem como meta oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas do ensino básico e atender 25% dos estudantes. A afirmação, do presidente da Frente Parlamentar da Educação, deputado Alex Canziani (PTB-PR), dá o tom do seminário sobre educação em tempo integral que está sendo realizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

O evento conta com especialistas da França, Portugal e Espanha, que apresentam experiências em seus países e dialogam com estudiosos brasileiros. Estes falam sobre os estudos e as práticas já adotadas no País.

Envolver a família
O segundo secretário da Câmara, deputado Simão Sessim (PP-RJ), afirmou que a educação em tempo integral significa o envolvimento de toda a comunidade onde a escola está inserida. Segundo ele, é preciso reinserir as famílias nesse projeto, dando voz e devolvendo a elas o papel que foi transferido às escolas.

O presidente da Comissão de Educação, deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), ressaltou que os resultados do exame Pisa mostram que os países que estão nas primeiras colocações investem na educação em tempo integral. O Pisa avalia a qualidade do ensino no mundo inteiro por meio de testes com alunos da educação básica nas áreas de Leitura, Matemática e Ciências.

A secretária de Educação Continuada do Ministério da Educação, Macaé Evaristo dos Santos, ressaltou que não possível o desenvolvimento pleno da educação em tempo integral se não forem alcançadas políticas setoriais que dialoguem com o esporte, a saúde e a assistência social.

Os recursos para a ampliação da educação em tempo integral viriam dos 10% do PIB para o setor de ensino, previstos no projeto do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10), já aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente em análise no Senado.

Fonte: Agência Câmara
http://www.todospelaeducacao.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário