terça-feira, 22 de julho de 2014

Corrupção na Educação e seu combate com participação popular

ONU divulgou um site com pesquisas sobre a corrupção na Educação; série de dados mostra como os recursos de Educação Pública são gastos pelos governos

Conseguimos encontrar uma série de dados sobre como os recursos de educação pública são gastos pelos governos. Uma interessante ferramenta para se apropriar como se dão as dinâmicas de gastos governamentais dentro um política pública essencial, que é a educação pública.

Uma das primeiras coisas que vemos ao acessar o relatório de 2013 é a percepção do combate à corrupção. Em uma pergunta que tenta medir como se deu o nível de corrupção dos últimos dois anos, 35% acharam que continuou igual e 47% acharam que aumentou. Outra pergunta é quão eficaz a pessoa percebe as ações do governo para combater essa corrupção. No caso brasileiro, 56% acham que são ineficientes as ações do governo. Com isso, partimos para mais uma dado interessante disponibilizado que é se o cidadão comum pode ajudar no combate a corrupção: 52% concordaram que sim e 29% concordaram fortemente.

É bom que diante de dados tão negativos de percepção de corrupção se consiga captar que o cidadão também pode tomar parte em tentar combatê-la. Não se pode cair no fácil jogo de falar que esse ou aquele governo é mais corrupto, pois não existe um “corruptometro” onde se possa medir igualmente quem roubou mais. Existe, sim -e isso a pesquisa conseguiu captar-, é a percepção de corrupção e, por conseguinte, seus efeitos danosos. Tais efeitos se dão desde desvios de verba de merenda e materiais didáticos, até planejamentos pedagógicos inteiros prejudicados por governos interessados em dirigir o setor visando esses desvios.

Diante de tal cenário que deixa qualquer um descontente, em que a percepção das ações do governo de combate à corrupção parece não ter efeito, ter grande parte da população falando que sua partição pode auxiliar nesse combate é algo a ser elogiado. Escolas e a educação pública não devem ser feudos de encastelamento. Governos devem aprender a incluir a população e os professores nas diretivas dos gastos públicos de educação.

Quando uma comunidade se apropria da escola e o poder público se transforma em parceiro nessa apropriação, os jovens dessas unidades escolares só ganham. São inúmeros exemplos onde o conhecimento local e a participação da população auxiliam no bom andamento dos processos necessários para se educar futuros cidadãos. O combate à corrupção passa por ampliar essas participações. Deixar apenas que governos dirijam as políticas públicas de forma livre e sem acompanhamento popular é acreditar demais no funcionamento de instituições que são compostas, no fundo, por nós mesmo, cidadãos.

Talvez se apropriar de dados como esses, ou que temos 33% da população que percebe o setor educacional como corrupto, ajuda a termos pontos de partida para uma virada. Olhar que a situação está ruim, comparar-se com outros países e ver outras possibilidades de trabalho dentro do setor para não ficar refém de discursos derrotistas ou de inação, são necessários para sempre nos aprimorarmos.

Vale a pena visitar o site e navegar nos dados para olhar outros países. Recomendo uma visita nos dados de nossos vizinhos da América Latina.



Fonte: UOL Educação
http://www.todospelaeducacao.org.br


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