sexta-feira, 20 de abril de 2012

Greve dos professores continua até audiência

Há poucos dias, atendendo à ação impetrada pela Procuradoria do Município, o desembargador Expedito Ferreira decidiu pela ilegalidade do movimento, determinando a volta imediata da categoria ao trabalho

A greve do professores da rede municipal de ensino continua até a audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhados em Educação (Sinte-RN) e a Secretaria Municipal de Educação (SME) que deverá ser marcada pelo Tribunal de Justiça (TJ-RN) para os próximos dias. A decisão saiu na manhã de ontem da assembleia realizada pela categoria na Praça Sete de Setembro, Cidade Alta, onde a categoria também realizou um ato público contra a corrupção no Poder Judiciário. Há poucos dias, atendendo à ação impetrada pela Procuradoria do Município, o desembargador Expedito Ferreira decidiu pela ilegalidade do movimento, determinando a volta imediata da categoria ao trabalho sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil a ser paga pelo Sinte-RN. Mas os professores encaminharam documento pedindo que o TJ optasse pela audiência de conciliação.
A presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, acredita que, apesar do secretário Walter Fonseca estar afirmando que não negocia com a categoria em greve existem grande chances de,com a intermediação da Justiça, chegar-se a um acordo e a greve terminar logo após a audiência. Para ela, mesmo se a greve terminasse hoje, o sistema de Educação pública de Natal não tem condições mínimas de funcionamento. "As Escolas e CMEIs estão sucateados, em muitos prédios a estrutura física está comprometida, faltam equipamentos básicos para a produção da merenda como fogão e geladeira, muitos outros não têm bebedouros e faltam ventiladores nas salas de aula que também sofrem com a falta de material pedagógico", disse ela.
A insuficiência de merenda e o atraso do pagamento dos funcionários terceirizados, de acordo com Fátima Cardoso, também estão atingindo mais diretamente algumas Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, fazendo com que não haja o expediente integralmente. "Antes da Justiça declarar a ilegalidade da greve deveria visitar a rede de Escolas do município para comprovar se nossas denúncias procedem. Essa situação vem se perdurando há alguns anos e vai continuar se a Prefeitura deNatal não quitar a dívida de R$ 65 milhões que tem com a Educação", disse ela.

Fonte: Diário de Natal (RN)

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