segunda-feira, 30 de abril de 2012

RN

Mesmo com crescimento na arrecadação profissionais são desvalorizados

O Estado obteve um crescimento de 21% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de mercadorias no último trimestre. “As obras da copa estão fazendo com que circule mais dinheiro, é a lei do capitalismo. Mais dinheiro mais consumo mais arrecadação.”, diz a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, sobre os dados que analisa.
Apesar do bom desempenho na arrecadação, os trabalhadores continuam sofrendo pela falta de investimentos desses valores nos serviços que fazem funcionar. De um lado, os funcionários não têm seu Plano de Carreira implementado. De outro, os aposentados terão que esperar até julho para receberem o Piso Salarial, previsto também em lei.
“A direção do Sinte repudia este modelo de administração. Está na hora da governadora ouvir a população e entrar em sintonia com o povo. Seguir seu governo com uma venda nos olhos é ter um governo que será sempre rejeitado pela população.”, diz a sindicalista.

http://www.sintern.org.br/noticias

PISO SALARIAL

Critério de Correção do Piso Salarial está sob ameaça

Não mais para este ano de 2012, mas para 2013 ronda a ameaça de mudança no critério de atualização do piso salarial. O pior é que a proposta rebaixa demais os atuais patamares de Correção.
A exemplo do que foi este ano, a deputada Fátima Bezerra mais uma vez joga pesado. Vai direto ao Presidente da Câmara e solicita a suspensão do recurso de votação em plenário. A companheira Deputada é atendida juntamente com a CNTE, que querem dialogar sobre o assunto.
O Sinte está em luta junto à CNTE. Toda semana há diálogo com Fátima Bezerra que tem se mostrado irritada quando o assunto é mudar as regras de correção do piso salarial. “Como chegaremos à proposta de valorização salarial através da meta 17 do Plano Nacional de Educação, se a correção do piso salarial for rebaixada? Questiona a parlamentar. A meta 17 trata de equivalência salarial entre profissionais liberais e do serviço público que têm a mesma formação acadêmica.

http://www.sintern.org.br/noticias/visualizar/1662

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Lei reconhece Paulo Freire como patrono da Educação brasileira

Filósofo pernambucano foi um dos mais importantes educadores do País

 
Lei reconhece Paulo Freire como patrono da Educação brasileira

  Uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada declara o filósofo Paulo Freire patrono da Educação brasileira. A Lei 12.612 foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, dia 16.
Paulo Reglus Neves Freire, reconhecido mundialmente como um dos grandes pensadores da Educação, nasceu em Recife (PE), em 1921. Apesar de ter se graduado em Direito, sua trajetória perpassa o ensino e a Educação brasileira em diversos níveis, já que foi professor, diretor, pesquisador, autor e pensador da área.

Freire escreveu muitos livros, mas sua obra mais aclamada foi “Pedagogia do oprimido”, publicada em 1970 e traduzida para mais de 40 idiomas. Nela, o educador discorre sobre um modelo de ensino menos vertical do que o instituído. O livro foi escrito no Chile, durante o período de exílio de Freire – que, no total, durou 16 anos. Ele deixou o País após ficar preso por mais de dois meses por “subverter a ordem” durante o regime da ditadura militar.

A vida acadêmica de Paulo Freire também foi bastante rica e produtiva, com uma passagem pela Universidade de Harvard. Ele pertenceu ao corpo docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também ocupou cargos públicos, como de secretário de Educação no Município de São Paulo, entre 1989 e 1991.
Sua projeção internacional foi semeada especialmente com trabalhos de consultoria, prestados a diversos países em desenvolvimento – especialmente nações africanas. Freire foi homenageado em diversas instituições nacionais e estrangeiras e foi premiado pela Unesco e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A ele, foi outorgado o título de doutor Honoris Causa por vinte e sete universidades.

Ele faleceu em São Paulo, em 1997, menos de um mês após ter lançado sua última obra: “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”.

Reprodução/Centro de Referência Paulo Freire

Mariana Mandelli
Do Todos Pela Educação

Exemplos de práticas didáticas não ensinadas aos professores

Após mostrar como as faculdades são teóricas e a formação dentro da escola falha, iG reúne técnicas pontuais úteis aos docentes

Durante esta semana, o iG mostrou como o professor tem pouca chance de aprender a ensinar. As faculdades têm apenas 5% a 10% de todo o conteúdo voltado a métodos e práticas docentes e a formação dentro da escola, prevista em lei, não ocorre ou se perde em questões burocráticas.
O problema se agrava com a velocidade das mudanças tecnológicas e a dificuldade dos docentes de aproveitar o potencial das ferramentas digitais. Na reportagem desta quinta-feira, estão reunidos os exemplos práticos de técnicas pedagógicas dados pelos especialistas que criticam o abandono da formação do professor.
1) Porta aberta para visitas
“A maneira mais simples e eficiente de trazer a vida real para a escola”, assim a diretora de avaliação da Universidad Cooperativa de Colômbia, Maritza Randon Rangel, descreve a abertura das salas de aula para pais, vizinhos e profissionais convidados, seja para assistir a aula ou participar. “Não é para fazer isso em uma festa, mas em aulas normais, tornar isso comum”, diz. “Alguém sentado no fundo da sala inspira mais respeito ao ambiente de aprendizado, parece que os estudantes pensam ‘vieram ouvir porque isso é importante’. Se alguém vai falar ao lado do professor a mensagem é ‘estão tão interessados em que eu aprenda que trouxeram reforço’” .
2) Checar os objetivos
O que os estudantes devem aprender ao final desta aula? E para a vida? Como uma coisa levará a outra? A educadora e autora Lea Desprebiteris, especialista em avaliações educacionais, lamenta que a maioria dos professores sigam um roteiro sem ter em mente o exato objetivo de cada atividade no plano de aprendizado. “O planejamento, que costuma ser entregue logo no começo do ano, só deveria ser feito a partir de uma reflexão sobre os objetivos a atingir com aquela turma e até com cada aluno. Ainda assim, ele precisa ser maleável, pois o resultado de uma aula é que vai levar ao realinhamento da próxima para chegar ao ponto desejado.”
3) Assistir colegas exemplares
Durante 10 anos, o educador norte-americano Doug Lemov observou e filmou professores com bons resultados em diferentes contextos. O material inspirou o livro “Teach Like a Champion”, traduzido no Brasil como “Aula Nota 10” e é base da Escola de Educação Relay. Em visita ao Brasil a convite da Fundação Lemann para o seminário Líderes em Gestão Escolar, o diretor da escola, Norman Atkins, defendeu a observação destes colegas. “Todos temos exemplos, a intenção não é copiar este professor, mas analisar a técnica dos bons educadores e verificar o que é aproveitável”. A palestra completa está disponível no site da Fundação.
4) Circular pela sala
Entre as técnicas que estão no vídeo e que foram tabuladas pela Relay como ponto em comum dos professores de sucesso está a circulação dos educadores. Eles não ocupam só a frente da sala, mas passeiam para ganhar mais atenção da turma e ter certeza de quem realmente está participando. Com isso, aproximam-se dos alunos e inspiram neles a sensação de que estão sendo cuidados.
5) Equilíbrio na participação dos alunos
De acordo com estudos da mesma instituição, os professores que falam 99% do tempo não têm bons resultados de aprendizado. Da mesma forma, em uma sala em que só os alunos falam, por estarem trabalhando com pouca supervisão ou porque o professor não consegue a atenção, não há boa aprendizagem. “Nossas pesquisas apontam que o melhor ponto é 43% para o professor e o restante para os alunos falarem ou pensarem nos exercícios”, diz Atkins.
6) Tempo para as respostas
Uma das principais práticas que diferenciam os professores filmados é a forma de elaborar questões. De acordo com o estudo, os melhores professores fazem as questões mais rigorosas e desafiadoras para manter os alunos constantemente pensando. Em outro vídeo, Lemov explica como o simples controle do tempo para resposta pode gerar aprendizado. “É um paradoxo, quanto mais tempo o professor perde esperando que os alunos estejam prontos, mais tempo de aprendizado ele ganha”.
7) Incentivar a pesquisa e evitar cópias
Trabalhos feitos com ajuda do computador podem conter pesquisas mais elaboradas e aumentar o envolvimento dos estudantes com os temas. Para evitar as temidas cópias, o coordenador de informática educativa do Colégio Ari de Sá, Alex Jacó França, indica a atuação em duas frentes. A primeira é simples: colocar trechos suspeitos nos buscadores da internet e verificar se não são encontradas publicações iguais. “É importante que o professor saiba checar isso e encontrar as fraudes”, diz. Neste caso, deve-se lidar com o problema como se fazia com a cola. A segunda ação do docente deve ser incentivar vídeos, peças interativas e formas de expor que privilegiam a criatividade e dificultam o uso de material alheio. “Os estudantes querem trabalhar isso, o professor que dá esta abertura ganha pontos.”

Fonte: iG

Programa beneficia mais de 200 estudantes da zona rural de Governador Dix-sept Rosado

Projeto Escola Ativa busca melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo
 
 
Com o objetivo de buscar melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo, a Prefeitura Municipal de Governador Dix-sept Rosado, através da Secretaria Municipal de Educação, desenvolve o Programa Escola Ativa. A iniciativa beneficia mais de 200 estudantes da zona rural do município.
A Escola Ativa trabalha a Educação no campo voltada para as escolas com classes multisseriadas até o 5º ano do ensino fundamental I. A coordenadora do programa, Leni Menezes, informa que o projeto tem uma metodologia específica, e as crianças são assistidas de formas diferenciadas.
"Os estudantes são separados por grupos, de acordo com o ano. São oferecidos aos alunos livros didáticos específicos e espaço de pesquisa nas escolas", explica a coordenadora. Além disso, os professores envolvidos no projeto são capacitados para o desenvolvimento da metodologia do projeto, a fim de otimizar os resultados da ação.
Além da Educação curricular, programa estimula a aprendizagem, a participação, os hábitos de colaboração, companheirismo e solidariedade. "É uma Educação para vida. Com esse programa, podemos oferecer uma Educação de qualidade no campo. Dentro do projeto escola ativa, os alunos são os mais beneficiados", destaca Leni Meneses.
O programa é uma iniciativa do Governo Federal, desenvolvido por meio da prefeitura. Entre as principais estratégias da ação, estão a implantação nas escolas recursos pedagógicos que estimulem a construção do conhecimento do aluno e a capacitação de professores.
Para que o Programa Escola Ativa possa funcionar adequadamente, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) encaminha para cada aluno um kit de cadernos de aprendizagem e para os professores três kits pedagógicos (português, matemática, ciências e estudos sociais) para dar suporte e melhorar a qualidade do ensino oferecido pelo município.

Fonte: O Mossoroense (RN)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Professores fantasmas vão perder salários. Na lista, tinha até professor morando na Europa


Do Novo Jornal
Mais de um terço dos professores da rede estadual que foram convocados pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC) para justificar o motivo de estarem recebendo salário sem trabalhar ignoraram o chamado. Dos 1.755 profissionais identificados no censo realizado pela SEEC em conjunto com a Secretaria Estadual de Administração e dos Recursos Humanos (Searh), exatamente 670 não se apresentaram dentro do prazo de duas semanas, que expirou no dia 13 deste mês, para esclarecer sua situação.
Hoje, no Diário Oficial do Estado, foi publicada uma relação com os nomes de todos os faltosos. Segundo a coordenadora de Recursos Humanos da SEEC, Ivonete Bezerra, esses servidores permanecerão com o pagamento mensal suspenso até entrarem com um processo administrativo junto à Searh para prestar esclarecimentos sobre sua situação. Eles terão um prazo de dez dias, contando a partir de hoje, para preencher um documento que será analisado pela secretaria.
Já os que se apresentaram e mostraram documentos regulares para comprovar que estavam afastados por motivos justificáveis, como terem sido cedidos a outros órgãos públicos ou estarem de licença médica, terão sua situação regularizada e voltarão a receber os salários normalmente. O pagamento referente ao mês de março, que havia sido suspenso para todos os 1.755, será restituído na folha suplementar do mês de abril. Dentre os 1.085 se apresentaram, foram constatados 20 em situação irregular. A maioria dos casos envolvia professores que se mudaram do estado sem dar qualquer aviso à SEEC. Um deles, inclusive, estava morando na Europa.

Fonte: Marcos Dantas

UMARIZAL

Estudantes de Escola Estadual de Umarizal apresentam projeto científico no exterior


Estudantes levam projeto científico ao Equador
ESTUDANTES LEVAM PROJETO CIENTIFICO AO EQUADOR
Projeto de estudantes da Escola Estadual 11 de agosto, de Umarizal, faz sucesso na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) da USP e será destaque agora no exterior, na I Feira Internacional de Empreendedorismo Produtivo, Ciências e Cultura do Equador.

Os estudantes do 2º ano do Ensino Médio – Jonas Medeiros de Paiva, Marcondes Matheus de Morais Silva, e Flávia Kaline de Paiva Silva, orientados pelo professor José Everton Pinheiro, desenvolveram projeto de Iniciação Científica criando um Sistema de Geração de Energia Eólica.

Inicialmente, o projeto foi apresentado na Feira de Ciências do Semi-Árido, grande evento de iniciação científica promovido pela Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido). Selecionado na Feira de Ciências do Semi-Árido, o projeto dos estudantes da Escola Estadual 11 de Agosto seguiu para a Febrace, mega evento de Ciências e Engenharia da USP (Universidade de São Paulo), realizado entre os dias 12 e 17 de março deste ano.

A criatividade e a natureza do projeto, que trata do empenho de estudantes do semi-árido do Rio Grande do Norte em criar um sistema visando a geração de energia solar, despertaram interesses de estudiosos e pesquisadores de várias partes do Brasil e de outros países

Selecionados pela Rede do Programa de Olimpíadas de Conhecimento, os estudantes irão mostrar o projeto na grande Feira de Ciências do Equador, que será realizada de 26 a 28 deste mês na cidade de Ambato.

"A viagem dos jovens estudantes de Umarizal revela a qualidade dos projetos de iniciação científica nas escolas estaduais que estão se destacando em feiras de ciências regionais, nacionais e internacionais. Reconhecemos também o trabalho competente e qualificado dos professores capazes de mobilizar grupos e de revelar grandes talentos para o mundo", destacou a secretária estadual da Educação, Betania Ramalho.

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria Estadual da Educação, está dando inteiro apoio nesta histórica viagem internacional de estudantes de Ensino Médio que protagonizam projeto de iniciação científica. O Governo está assumindo os custos decorrentes de passagens e de estadia (hotel, traslado e alimentação) no Equador.

Curso na Ufersa

O grupo embarca para a cidade equatoriana neste domingo (22). Antes disso, participa de um curso de preparação oferecido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró, nesta sexta-feira (20) e no sábado (21).

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ensino Médio deveria ter, pelo menos, mais 2 milhões de alunos

Conclusão é do Inep, a partir do Censo Escolar 2011. Garantir aprendizagem na idade correta ainda é desafio

A última etapa da educação básica deveria receber, todos os anos, um contingente de, pelo menos, mais 2 milhões de alunos. A conclusão está no relatório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre o Censo Escolar 2011. Os dados mostram que, no ano passado, 8,4 milhões de alunos frequentaram a etapa.
“A estimativa é que a situação de equilíbrio da matrícula esteja em torno de 10,4 milhões de alunos, que corresponde à população na faixa etária de 15 a 17 anos, contra os atuais 8,4 milhões de matriculados”, afirma o resumo técnico do Censo Escolar 2011.
O aumento de matrículas no ensino médio, no entanto, por si só, não basta. Os técnicos do Inep que elaboraram as análises dos dados do Censo Escolar ressaltam que é preciso melhorar o fluxo escolar no Ensino Fundamental para garantir a expansão, já que essa é a etapa responsável pela demanda ao ensino médio.
O desafio de garantir a aprendizagem na idade é revelado, por exemplo, pela média de idade dos estudantes que concluem o Ensino Fundamental: 15,2 anos em 2011. O resultado já é melhor do que em 2002, quando a média de idade dos concluintes da 8ª série era de 18,8 anos.
As matrículas em cada etapa por idade do aluno ainda não foram divulgadas pelo Inep, mas estima-se que, entre os 8,4 milhões de estudantes matriculados no ensino médio, estejam muitos alunos mais velhos, fora da idade ideal. Em 2010, mais de um terço (34,5%) dos matriculados nessa etapa, 8,3 milhões, estavam atrasados.
“Historicamente, o sistema educacional brasileiro foi pouco eficiente em sua capacidade de produzir aprovados e, consequentemente, concluintes na idade correta. No entanto, a tendência atual mostra aumento no número de alunos que conseguem ultrapassar os anos iniciais do ensino fundamental”, diz o relatório do Inep.
Segundo o censo, o percentual de estudantes mais velhos do que deveriam – um sinal de que ainda não aprenderam e reprovam – matriculados no Ensino Fundamental caiu de 20% em 2000 para 3,9% em 2011. Educadores reclamam que muitos são aprovados sem aprender para que estes dados melhorem, mas especialistas contestam que ao menos há o ganho de manter a criança estudando. A população brasileira na faixa de 6 e 14 anos é de 29.204.148 crianças e, no ensino fundamental, há 30.358.640 alunos.
Educação de Jovens e Adultos
As dificuldades em garantir o fluxo escolar ideal se refletem também nos dados das matrículas na Educação de Jovens e Adultos (EJA), que substituiu o antigo supletivo. O relatório aponta um fato curioso – e preocupante para o Inep – de que a idade média dos estudantes matriculados nas séries finais é menor do a média das séries iniciais.
Em 2011, os matriculados nas turmas das séries iniciais do ensino fundamental de EJA em todo o País tinham 38 anos, em média. Já nas séries finais, a média de idade caiu para 25 anos. A explicação, segundo o Inep, pode ser a matrícula de alunos que estavam – e ainda poderiam continuar – matriculados no ensino regular.
No resumo, os técnicos afirmam que “os anos iniciais não estão produzindo demanda para os anos finais do ensino fundamental de EJA. Considerando as idades dos alunos nos anos finais do Ensino Fundamental e no ensino médio de EJA, há fortes evidências de que essa modalidade está recebendo alunos provenientes do ensino regular”.
Evolução do número de matrículas
Houve queda na quantidade de alunos da educação básica, especialmente na rede pública, nos últimos anos. A rede privda, ao contrário, cresceu.
O número de alunos na educação básica caiu mais uma vez. O decréscimo foi de 1,1% em relação a 2010 (577.270 alunos). Há 50,9 milhões de estudantes matriculados em todas as etapas da educação básica. No entanto, a queda é maior quando considerada apenas a rede pública que perde um milhão de alunos por ano desde 2004. Desse total, 43 milhões estão na rede pública (que perdeu 2,1% dos alunos) e 7,9 milhões na rede privada, que cresceu 4,7%.
“Isso decorre, principalmente, da acomodação do sistema educacional, em especial na modalidade regular do ensino fundamental, com histórico de retenção e altos índices de distorção idade-série”, aponta o relatório do Inep. As redes municipais são responsáveis por quase metade das matrículas (45,7%), 23,3 milhões de alunos. As estaduais atendem a 19,4 milhões alunos (38,2%) e a federal, 257 mil (0,5% do total).
O ensino médio apresentou leve aumento de alunos: 43 mil a mais que em 2010, quando 8.357.675 frequentavam a etapa. Na EJA, a queda de matrículas dos últimos anos se manteve e ficou em 5,6%. A etapa possuía 3,9 milhões de estudantes.
De acordo com o Inep, em 2011, a contagem dos alunos foi mais precisa, porque as secretarias de educação precisaram enviar comprovantes de matrícula e frequência dos estudantes, para evitar a contagem dupla de matrículas.

Fonte: iG

País tem 2 milhões de jovens de 15 a 17 anos fora do Ensino Médio

Uma das hipóteses é que estudantes estejam matriculados na EJA

Dois milhões de estudantes de 15 a 17 anos estão fora do ensino médio, de acordo com o resumo técnico do Censo Escolar 2011, divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Segundo o relatório, o ensino médio registra atualmente 8,4 milhões de matrículas. Entretanto, o Brasil tem 10,4 milhões de jovens nesta faixa etária.
Uma das hipóteses apontadas pelo documento é que parte desses adolescentes esteja matriculada na EJA (Educação de Jovens e Adultos), que concentra 1.322.422 estudantes no ensino médio pela modalidade.
O Censo Escolar também mostra que os alunos que frequentam os anos iniciais do ensino fundamental da EJA têm idade muito superior aos que estão nos anos finais e o ensino médio dessa modalidade.
Ainda assim, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, o Brasil tem uma população de 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não estão na escola e não têm o Ensino Fundamental completo. Esse contingente deveria ser considerado uma parcela da população a ser atendida pela EJA.
Outra hipótese é que os estudantes estejam retidos nas séries finais do ensino fundamental, já que 1.154.492 alunos do fundamental estão acima da faixa etária atendida por essa etapa de ensino.
Nota-se, pelo fluxo escolar, que parte os estudantes que concluem o ensino fundamental não estão migrando para o ensino médio na idade adequada.
Matrículas 
Ao todo, o Brasil tem 194.932 estabelecimentos de Educação Básica, nos quais estão matriculados 50.972.619 alunos, sendo 43.053.942 (84,5%) em escolas públicas e 7.918.677 (15,5%) em escolas da rede privada. 
As redes municipais são responsáveis por quase metade das matrículas (45,7%), o equivalente a 23.312.980 alunos, seguida pela rede estadual, que atende a 38,2% do total, 19.483.910 alunos. Já a rede federal, com 257.052 matrículas, participa com 0,5% do total.

Fonte: R7

Greve dos professores continua até audiência

Há poucos dias, atendendo à ação impetrada pela Procuradoria do Município, o desembargador Expedito Ferreira decidiu pela ilegalidade do movimento, determinando a volta imediata da categoria ao trabalho

A greve do professores da rede municipal de ensino continua até a audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhados em Educação (Sinte-RN) e a Secretaria Municipal de Educação (SME) que deverá ser marcada pelo Tribunal de Justiça (TJ-RN) para os próximos dias. A decisão saiu na manhã de ontem da assembleia realizada pela categoria na Praça Sete de Setembro, Cidade Alta, onde a categoria também realizou um ato público contra a corrupção no Poder Judiciário. Há poucos dias, atendendo à ação impetrada pela Procuradoria do Município, o desembargador Expedito Ferreira decidiu pela ilegalidade do movimento, determinando a volta imediata da categoria ao trabalho sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil a ser paga pelo Sinte-RN. Mas os professores encaminharam documento pedindo que o TJ optasse pela audiência de conciliação.
A presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, acredita que, apesar do secretário Walter Fonseca estar afirmando que não negocia com a categoria em greve existem grande chances de,com a intermediação da Justiça, chegar-se a um acordo e a greve terminar logo após a audiência. Para ela, mesmo se a greve terminasse hoje, o sistema de Educação pública de Natal não tem condições mínimas de funcionamento. "As Escolas e CMEIs estão sucateados, em muitos prédios a estrutura física está comprometida, faltam equipamentos básicos para a produção da merenda como fogão e geladeira, muitos outros não têm bebedouros e faltam ventiladores nas salas de aula que também sofrem com a falta de material pedagógico", disse ela.
A insuficiência de merenda e o atraso do pagamento dos funcionários terceirizados, de acordo com Fátima Cardoso, também estão atingindo mais diretamente algumas Escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, fazendo com que não haja o expediente integralmente. "Antes da Justiça declarar a ilegalidade da greve deveria visitar a rede de Escolas do município para comprovar se nossas denúncias procedem. Essa situação vem se perdurando há alguns anos e vai continuar se a Prefeitura deNatal não quitar a dívida de R$ 65 milhões que tem com a Educação", disse ela.

Fonte: Diário de Natal (RN)

Estudantes podem estar trocando ensino regular pelo antigo supletivo, diz Inep

Hipótese é levantada pelo Inep para explicar o fato de os estudantes nos anos iniciais da EJA terem idade maior que os das etapas finais

A EJA (Educação de Jovens e Adultos), o antigo “supletivo”, pode estar recebendo alunos do ensino regular. Essa é uma das hipóteses cogitadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) para explicar o fato de os estudantes nos anos iniciais desta modalidade terem idade maior que os das etapas finais.
A conclusão faz parte do Resumo Técnico do Censo Escolar 2011, divulgado pelo órgão. Segundo especialista ouvido pelo UOL Educação, alunos que desistiram da escola há pouco tempo podem estar voltando, mas, dessa vez, para a EJA.
Segundo o estudo, enquanto a idade média nos anos iniciais (o equivalente à primeira etapa do fundamental, do 1º ao 5º ano) da EJA tem subido, de 36 em 2007 para 38 no ano passado, nos anos finais (6º ao 9º ano) houve uma ligeira redução –de 26 anos em 2007 para 25 em 2011. No ensino médio, a idade média se manteve em 28 anos.
Para o Inep, os anos iniciais poderiam não estar “produzindo demanda” para os anos finais e para o ensino médio, o que demonstraria haver “fortes evidências” de que a EJA está recebendo alunos do ensino regular.
Reprovação e abandono
Roberto Catelli, coordenador do programa de educação de jovens e adultos da Ação Educativa, afirma que isso pode ser um reflexo do próprio aumento do número de alunos nos anos iniciais na escola regular. No meio do processo, os estudantes abandonam as aulas ou são reprovados. Eles interrompem os estudos e voltam após alguns anos.
“Há mais gente entrando na escola nos anos iniciais. Você tem um ciclo maior de pessoas que saem e voltam para a escola. E não são pessoas que ficam 20 anos sem estudar, ficam três, quatro, cinco e voltam”, diz.
Segundo ele, isso acaba gerando uma tendência à “juvenilização” da modalidade, dado que muitos que entraram na idade certa no ensino regular vão para o antigo supletivo por causa de reprovações e abandono.
Faltam vagas
Esse movimento nas idades veio acompanhado de uma nova queda no número de matrículas. Entre 2010 e 2011, houve uma redução de 6% (de 4.234.956 para 3.980.203), que, porém, é menor do que a diferença entre 2010 e 2009, quando a diminuição foi de 8,7%.
Além disso, o relatório do Inep indica uma forte discrepância entre a demanda por EJA e o número de matriculados. Segundo o documento, enquanto a população acima dos 18 anos que não frequenta a escola e não tem o fundamental completo bate em 57,7 milhões, a matrícula está em torno de 4 milhões.
Para Catelli, a razão é só uma: o fechamento de turmas. “O que a gente pode olhar é que as [matrículas nas] redes estaduais estão caindo em EJA. Nas municipais, é menor, mas tem rede que caiu 20%. O motivo do fechamento é o que muita gente gostaria de saber”, diz.
Segundo ele, algumas hipóteses podem explicar o fim das salas do antigo supletivo. “Existe um foco de investimento em ensino regular e não na educação de adultos. Há problema de metodologia de ensino, evasão alta, falta de formação de professores especializados, faltam escolas diurnas. Você não tem condições reais e efetivas para que essa pessoa vá à escola. Entre o emprego e a escola, as pessoas vão para o emprego. Entre e a creche a escola, eu fico com meu filho. Não é uma escola em que ele é obrigado a ficar.”
O Censo Escolar da Educação Básica é realizado anualmente pelo Inep. Estabelecimentos públicos e privados de educação básica são obrigados por lei a oferecer as informações.

Fonte: UOL Educação

Ainda falta a outra metade da Educação

Comitê avaliou a situação do ensino em Florianópolis e apontou desafios

A segunda reunião do movimento Floripa Te Quero Bem, ontem, apontou projetos de melhorias e desafios para a Educação na capital. O encontro do comitê, formado por representantes de entidades de classes, sociais e universidades, ocorreu no plenário da OAB.
Antes do início da apresentação dos dados que embasariam a discussão, Lúcia Delagnello, representante do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom), resumiu o panorama da Educação:
- Podemos dizer que estamos com uma situação em que o está copo pela metade, e podemos entender que ele está meio cheio e meio vazio. Meio cheio porque a cidade apresenta muitos indicadores bons e meio vazio porque existem muitos indicadores que devem ser melhorados.
As informações apresentadas por Valério Turnes, da Delos Associados, empresa responsável pelo levantamento de dados do projeto, endossaram a fala de Lúcia. Florianópolis tem valores discrepantes no setor educacional - é a Capital com menor taxa de analfabetismo do país, mas tem 40% dos jovens do ensino médio fora da escola.
Foi analisando números como estes, que os cerca de 30 presentes encaminharam a redação de desafios e objetivos do setor, com foco nas três faixas etárias que apresentam deficiências educacionais: de zero a três anos, crianças em idade infantil; de seis a 14, compreendendo o Ensino Fundamental; e de 15 a 19, jovens do ensino médio.
A redação do documento priorizou oferecer atendimento educativo para toda a demanda infantil, especialmente em áreas de vulnerabilidade social. Levou em conta também a melhora de qualidade da educação municipal em escolas que estão abaixo da média da cidade, e a missão de atrair e incentivar jovens de baixa renda a concluírem o Ensino Médio a iniciar uma formação profissional.
A próxima reunião do Floripa Te Quero Bem, iniciado pelo Grupo RBS com apoio do Instituto Guga Kuerten, Instituto Pe. Vilson Groh e Icom, acontece no dia 2 de maio e discutirá a temática da segurança.

Fonte: Diário Catarinense (SC)

Mais de um milhão de jovens estão "presos" no Ensino Fundamental, mostra Censo Escolar 2011

Esses alunos têm mais de 14 anos e, por conta de reprovações ou outros fatores, não conseguem passar de ano e, consequentemente, ir para o Ensino Médio

Mais de um milhão de jovens estão “presos” no Ensino Fundamental, mostra o Censo Escolar 2011. Esses alunos têm mais de 14 anos e, por conta de reprovações ou outros fatores, não conseguem passar de ano e, consequentemente, ir para o Ensino Médio.
“No Brasil, você tem uma forte defasagem idade-série. Boa parte não conclui o ensino fundamental na idade correta. Uma das causas disso é a forte reprovação", diz Tufi Machado Soares, professor da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e especialista em fluxo escolar. "Evidente que o sistema é falho. Se um aluno é reprovado, isso ocorre, pelo menos, porque ele não aprendeu o que deveria.”
Esse contingente - os mais de um milhão de estudantes empacados no Fundamental - é a diferença entre a população com mais de 14 anos e o número de matriculados no Ensino Fundamental, que atende justamente o público entre 6 e 14. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 29.204.148 pessoas nesta faixa etária e 30.358.640 estudantes registrados entre o 1º e o 9º ano das escolas brasileiras.
O fato de o estudante não conseguir ser aprovado gera a chamada “distorção idade-série”. No 8º ano, por exemplo, a idade média dos estudantes já supera os 14 anos, ficando em 14,3. No 9º ano, última série do Fundamental, a idade média é de 15,2.
Esse “movimento” entre um nível e outro é chamado de fluxo escolar. O cálculo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) leva em conta, entre outros fatores, o fluxo.
Histórico do fluxo
Porém, a situação já foi pior. "Estamos melhorando, mas está muito devagar. As políticas que foram planejadas foram se esgotando. Uma das causas para não se ter um bom fluxo é a reprovação e o abandono. É preciso combater isso melhorando a qualidade", disse Soares.
Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), no início dos anos 2000, a diferença entre matriculados e população chegava a 20% contra os atuais 3,9%. Os números de 2011 mostram também que hoje, afirma o governo, existe uma tendência a que os alunos consigam passar dos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).
A correção de fluxo, diz o especialista, é um processo que vem desde a década de 80 no Brasil. "Num determinado momento da nossa história, lá na década de 80, pensava-se que garantir a matrícula era o suficiente ara melhorar os níveis. Com o tempo, percebeu que isso não era suficiente. Construir escola não bastava", afirma. Na década de 90, ele diz, houve um aumento na política de correção de fluxo, que, no entanto, tem dado resultados menos efetivos atualmente.
Soares aponta a progressão continuada nos primeiros anos do fundamental como umas maneiras para reduzir a distorção: “A reprovação deve ser uma opção extrema a ser adotada pela escola. Sou contra a reprovação nos primeiros anos escolares, não vejo motivo para reprovar um aluno.”
Matrículas
Pelo quarto ano seguido, o Brasil teve uma redução no número de matrículas no ensino básico, com uma queda de 1,1% em relação a 2010. O censo identificou 194.932 escolas no país em 2011, com 50.972.619 alunos - 84,5% deles em escolas públicas. No ano passado, havia 51.549.889 estudantes.
A queda no número de matrículas foi puxada pela redução na rede pública fundamental (-2,1% em relação ao ano anterior) e na educação de jovens e adultos (-6,6% no nível fundamental e -4,4% no nível médio). Houve crescimento em praticamente todos os outros níveis.
O Inep atribui a redução à "acomodação do sistema educacional" e no "aperfeiçoamento" do método de coleta dos dados. Neste ano, para evitar duplicidades, o governo exigiu a comprovação documental de matrícula e de frequência para os estudantes com mais de um vínculo escolar (matrículas em mais de uma unidade). A distribuição de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) leva em conta o número de alunos dos municípios e Estados.
O Censo Escolar da Educação Básica é realizado anualmente pelo Inep. Estabelecimentos públicos e privados de educação básica são obrigados por lei a oferecer as informações.

Fonte: UOL Educação

Opinião: Afinal, qual é a prioridade do Brasil?

"Governos vem investindo em programa de distribuição de livros didáticos, bolsas de estudos, novos equipamentos eletrônicos. Falta ainda dar conta da lei que obriga o pagamento do piso salarial para o professor", analisa Regiane de Oliveira

Não há dúvidas de que o Brasil tem um dos maiores mercados potenciais para empresas de Educação. Só em investimento público são mais de R$ 100 bilhões anuais recursos que, todos estão de acordo, não dão conta da demanda nacional. Para que o país seja o líder que almeja ser, os governos vem investindo em programa de distribuição de livros didáticos, bolsas de estudos, novos equipamentos eletrônicos (os alunos brasileiros deverão ter até tablets num futuro próximo). Falta ainda dar conta da lei que obriga o pagamento do piso salarial para o professor. Mas nada que não possa ser resolvido quando o legislativo aprovar o novo Plano Nacional de Educação (PNE), com promessa de aumentar de cerca de 5% do Produto Interno Bruto para 7%, 7,5% ou mesmo 10% pedidos pela sociedade.
Afinal, Educação é prioridade, certo? Errado. E prova disso, é o descaso com que o alto escalão do governo federal trata o tema investimento. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve um encontro a portas fechadas com parlamentares da Comissão Especial responsável pela análise da proposta do novo PNE . A área econômica apoiou a intenção do relator Angelo Vanhoni (PT-PR) de determinar que o país alcance, em dez anos, um volume de investimento público direto em Educação de 7,5% do PIB.
Em nota pública sobre o encontro, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação lembrou que no dia 15 de outubro de 2010, a então candidata à presidência Dilma Rousseff se comprometeu em uma Carta-compromisso pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade, a alcançar um patamar de investimento público em Educação pública na ordem de 7% do PIB até o fim de seu mandato, ou seja, 2014. Agora, o governo diz que vai tentar cumprir esta meta em uma década. O que mudou neste dois anos, faltou dinheiro? Não segundo análise do Ipea. Falta é prioridade. E talvez fosse de bom tom o ministro explica o que é mais prioritário do que a Educação do país. Jogar bola?

Fonte: Brasil Econômico (SP)
*REGIANE DE OLIVEIRA

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CONSELHEIROS ESCOLARES

SEEC fará Encontros de Conselheiros Escolares em todas as regiões do RN

 
Secretaria de Estado da Educação fará Encontros de Conselheiros Escolares em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Serão promovidos 19 Encontros Regionais para 3 mil Conselheiros Escolares envolvendo 600 Escolas Estaduais e 16 Diretorias Regionais de Educação (Direds).

Os Encontros de Conselheiros Escolares acontecem no período de abril e junho deste ano e a carga horária total é de 8 horas. As ações ocorrerão na sede de cada Dired. A abertura ocorre no dia 17 deste mês na cidade de Pau dos Ferros, nas dependências do IFRN.

O tema é - "Conselho Escolar: uma reflexão em busca da democratização e participação coletiva da gestão escolar". O projeto, desenvolvido pela Coordenadoria Regional de Educação (CORE), contempla conjunto de ações que promovam a articulação e a dinamização da gestão democrática e participativa.

O objetivo de acompanhar, assessorar e monitorar as Direds e as Escolas Estaduais na formação e fortalecimento dos Conselhos Escolares buscando efetiva participação e consolidação. O público dos Encontros é formado pela comunidade escolar com representantes de pais, estudantes, professores, funcionários, e gestores.  

A função social da escola é contribuir efetivamente para a formação plena do cidadão. Neste sentido, o Conselho Escolar tem um papel decisivo, na medida em que se constitui como espaço de representação de todos os segmentos que fazem parte da comunidade escolar.

É necessário que o Conselho seja plenamente ciente de suas responsabilidades e de sua contribuição para a tomada de decisões coletivas e a busca por uma educação de qualidade.

Cronograma dos Encontros
Dired de Pau dos Ferros: dia 17 de abril, no IFRN. Dired de Mossoró: 18 e 19 de abril, na Escola Estadual Eliseu Viana. Dired de Apodi: 20 de abril, na Escola Estadual Antonio Dantas. Dired de Parnamirim: 23 de abril, na Escola Estadual Augusto Severo. Dired de Umarizal: 25 de abril, no Salão Paroquial. Dired de Santa Cruz: 27 de abril, no Centro da Juventude João de Dula.

Dired de Ceará Mirim: 03 de maio, na Escola Estadual Otton de Brito Guerra. Dired de Nova Cruz: 07 e 08 de maio, na Escola Estadual Joanita Arruda Câmara. Dired de Caicó: 15 de maio, no CEJA - Centro Educacional José Augusto. Dired de Currais Novos: 16 de maio, na Escola Estadual Celestino Alves. Dired de São Paulo do Potengi: 18 de maio, na Escola Estadual Maurício Freire.

Dired de Angicos: 22 de maio, na Escola Estadual Francisco Veras. Dired de Assu: 23 de maio, no campus da UERN. Dired de Macau: 29 de maio. Dired de João Câmara: 30 de maio, na Escola Municipal Professora Alzira M. de Melo. Dired de Natal/Zona Sul e Extremoz: 11 de junho. Natal/Zona Leste: 12 de junho. Natal/Zona Oeste e São Gonçalo do Amarante: 13 de junho. Natal/Zona Norte e Macaíba: 14 de junho. 

Por Assessoria da SEEC

SEEC fará Encontros de Conselheiros Escolares em todas as regiões do RN

ASSEMBLÉIA

Estado delibera novas ações para a Campanha Salarial
No último dia 12, os Trabalhadores em Educação do Estado deliberaram novas ações da campanha salarial deste ano. Uma das decisões será a paralisação das atividades por um dia, junto ao Fórum dos Servidores e visa reforçar a luta pelo cumprimento do Plano de Carreira dos Funcionários. A data ainda será definida.
Também foi deliberada a busca por uma audiência com o Secretário da Administração para reivindicar o pagamento dos 22,22% aos aposentados e pensionistas em parcela única neste mês de Abril; e a solicitação de audiência com a Secretária Betânia Ramalho para agilizar a execução dos compromissos assumidos pelas SEEC junto ao Sinte. O documento foi enviado pela secretária em março deste ano.
Além disso, o Sinte publicará uma nota de repúdio em jornal de circulação estadual pela conduta corrupta dos Desembargadores envolvidos no escândalo dos precatórios; buscará a documentação sobre o pregão da Merenda Escolar; incluirá na pauta a discussão do modelo de planilha; organizará uma reunião com os diretores de escola sobre a jornada de trabalho do professor e o 1/3 de hora atividade. Ainda serão solicitados aos gestores que eles recebam os requerimentos de pedidos das licenças-prêmio e não intimidem os profissionais que requisitarem este direito. A assembleia também decidiu que não iniciará o ano letivo se o quadro de professores e funcionários na escola não estiver completo. 
SINTE/RN

sexta-feira, 13 de abril de 2012

BOLSA DE MESTRADO

MEC oferece Bolsas de Mestrado para Professores de Matemática
Professores de matemática que lecionam em escolas públicas poderão se inscrever em maio deste ano no único mestrado profissional semipresencial recomendado pelo Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O edital do exame de ingresso para a turma de 2013 tem previsão de 1.575 vagas.
Os professores precisarão fazer uma prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1,2 mil. Atualmente 2,5 mil professores da rede pública estão no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num total de 74 polos presenciais.
O mestrado tem duração de dois anos e a tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula. "É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação básica. Não dá para termos no Brasil alunos analfabetos em números", diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores inscritos em 2011, na primeira chamada do programa.
Em contrapartida ao investimento do governo federal, os professores bolsistas devem atuar na escola pública nos cinco anos seguintes após a conclusão do mestrado. A prioridade do Profmat é para professores de escolas públicas, mas 20% das vagas poderão ser preenchidas por docentes da rede privada.
(O DIÁRIO ONLINE)
 CNTE Informa 615 - 12 de abril de 2012

CURSOS DE LICENCIATURA

Baixos salários e más condições de trabalho têm afugentado alunos dos cursos de licenciatura
Se tornou chavão dizer que sem educação não há futuro. Garantir educação de qualidade é extremamente importante, mas também é necessário que haja pessoas dispostas a seguir a carreira docente. Afinal, um bom aluno depende em grande parte de um bom professor. O problema é que o número desses profissionais pode não ser suficiente.
Na Universidade Estadual de Londrina (UEL) o número de vagas remanescentes, ou seja, as que não foram preenchidas depois de todas as chamadas do vestibular, foi em sua maioria de cursos de licenciatura, destinados a formar professores, não só para os primeiros anos do Ensino Fundamental, mas também do Ensino Médio.
De acordo com um edital da Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops), dos 17 cursos que não completaram vagas, 10 são licenciaturas, ou seja, 58,8%. No total, 399 vagas não preenchidas pelo vestibular e foram repassadas para quem fez o Enem e portadores de diploma de curso superior.
Letras, Física, Química e Matemática, entre outros, estão sofrendo com a sobra de vagas, mas o curso de Pedagogia, considerado a base, tem a situação mais alarmante. Das 80 vagas ofertadas no período noturno, 41 não foram preenchidas. No período matutino, sobraram 39 vagas, das também 80 ofertadas.
A coordenadora do colegiado do curso, Maria Luiza Macedo Abbud, explica que entre os motivos para a baixa procura estão as condições de trabalho e os baixos salários. "O salário do professor para 40 horas de serviço é R$ 1,4 mil. Só que 40 horas em sala de aula significam mais 40 horas fora de sala para preparação de aula e correção de provas. E isso é uma questão de opção política, enquanto se acha que pode pagar R$ 1,4 mil por 40 horas, não se quer mesmo ter professores", destaca ela.
(FOLHA DE LONDRINA)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Filho de pescador, Indiana Jhones é campeão brasileiro de matemática

Estudante do Povoado de Poxim (AL) ficou quatro anos fora da escola. 'A matemática é muito importante para mim', diz jovem com nome de herói

Assim como o famoso personagem do cinema, o estudante Indiana Jhones dos Santos, de 19 anos, gosta de decifrar enigmas. Nas telas, o professor de arqueologia interpretado por Harrison Ford se aventura em busca de relíquias e tesouros. Na vida real, o garoto que mora no povoado de Poxim, em Coruripe, em Alagoas, tenta reescrever a história de sua família por meio dos problemas da matemática. Indiana ganhou medalha de ouro na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
George Lucas, produtor e roteirista da saga, teve um cão com o nome que inspirou o personagem. Fã da série de filmes criada por Lucas e por Steven Spielberg, a dona de casa Angelita Maria dos Santos Silva, de 42 anos, não titubeou na escolha ao batizar seu primogênito. “Assisti aos filmes e achei tão lindo, tão bonito que quis que meu filho tivesse esse nome", afirma. Indiana diz que gosta da homenagem, não se incomoda com a curiosidade alheia, mas preferiria ter um nome mais comum.
Indiana mora com a mãe e o padrasto José João Batista, de 64 anos, a quem considera pai, em uma casa simples de um dos povoados de Coruripe, a cerca de 90 km de Maceió. São três cômodos e uma cortina colorida pendurada, dividindo a sala da cozinha. Na parede, imagens religiosas. Está próxima à praia de Poxim, no litoral sul alagoano, um paraíso de águas claras, com coqueiros, muito visitado pelos turistas.
Mãe e padrasto estão desempregados. Batista pesca “para a família não passar necessidade.” A única renda da casa vem do benefício do Bolsa Família. Indiana não trabalha, mas pensa em dar aulas de matemática para reforçar o orçamento. Prefere os números à pescaria. O garoto diz que não vê o pai biológico há sete anos.
O prêmio de campeão na Obmep é inédito, mas Indiana já garantiu medalhas de bronze nas edições de 2009 e 2010. Em 2007, na estreia da competição, levou menção honrosa. Além das medalhas dos anos anteriores, ganhou uma bolsa de R$ 100 por mês do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), mas perdeu o benefício por falta de acessos ao site, o que garantia a permanência da bolsa. O jovem não tem computador em casa.
A medalha de ouro será entregue no Rio de Janeiro. Indiana, que só conhece a capital do estado onde nasceu, está ansioso com a viagem de avião e com a expectativa de fazer amigos e conhecer novos cenários.
As 19 anos, o garoto tímido e de aparência triste já poderia ter concluído a educação básica, mas, aos 16, desistiu de estudar e ficou 4 anos fora de escola. Agora cursa o primeiro ano do ensino médio em um colégio do estado. Nos anos anteriores, quando disputou a Obmep, estava no 9º ano na escola municipal General Goes Monteira, localizada no Povoado de Poxim.
Sobre o tempo em que parou de estudar, Indiana tem pouco a falar. Diz que não o fez porque tinha de trabalhar, mas apenas faltava estímulo. “Tinha preguiça, não tinha vontade de ir para a escola, ainda mais à noite. Mas quando ganhei minha primeira medalha fiquei incentivado e deu mais vontade de estudar.” Desde então, garante que não vai mais abandonar a sala de aula.
Melhor Ideb de Alagoas
Indiana teve a seu favor a qualidade da rede de ensino que possui o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre os 102 municípios alagoanos. A nota é 4,5 - meta prevista para ser atingida em 2015. A rede possui 19 escolas que atendem 14 mil alunos.
O estudante também contou com o apoio do professor Djalma Felix do Nascimento, de 43 anos, que logo identificou seu talento com os números. “Percebi que ele tinha um dom, superava os outros facilmente. Para mim o Indiana é um aluno especial, tem muita capacidade e consegue resolver os problemas mais difíceis. Ele é muito respeitado na escola.”
Quando fala da matemática, Indiana sorri. Diz que a matéria é difícil, por isso causa tanta antipatia entre os estudantes, mas, se houver dedicação, não é impossível. “Tem de prestar atenção nos professores e estudar em casa ajuda muito. A matemática é muito importante para mim. Desde criança tenho facilidade e acho que ela pode ser um caminho para eu conquistar uma vida melhor.”

Fonte: G1

Para educadores, tecnologia deve ser usada com cautela

Pesquisador diz que o primordial é investir na formação dos professores. Professora da Unicamp afirma que ideia é privatista porque as empresas cuidariam do conteúdo digital na sala

Pesquisadores consultados pela reportagem afirmaram ser favoráveis à introdução de tecnologia nas escolas estaduais. Disseram, porém, que o projeto do governo tem problemas.
"Muita gente diz que a escola mantém práticas defasadas. O projeto pode ser interessante, até porque os índices de qualidade estão ruins", disse a professora do curso de pedagogia Angela Soligo, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Por outro lado, ela vê como problema o fato de empresas criarem conteúdos para as aulas. Ele disse que há o risco de a iniciativa privada passar suas ideias e conceitos aos estudantes. "Mesmo que sutil, é privatização de uma obrigação do Estado."
Ela criticou também a fixação de um percentual destinado aos conteúdos digitais. "O professor deve ter liberdade. As turmas são diferentes."
O Grupo Folha não autoriza a publicação na íntegra do conteúdo produzido pelo jornal Folha de S.Paulo

Fonte: Folha de S.Paulo (SP)

Cerca de 600 alunos da rede municipal ganham escola com Educação em tempo integral

Diretor afirma que reformas proporcionarão melhor ambiente de trabalho e de estudo e adequarão o espaço para desenvolvimento do programa Mais Educação


Nesta terça-feira, 10, às 9h, acontecerá a solenidade de reinauguração da Escola Municipal Valdecir Nunes da Silva, que passou por uma completa reforma, sendo que a estrutura externa foi totalmente reconstruída. A entrega do novo estabelecimento de ensino será feita pelo prefeito Manoel Cunha Neto, "Souza" (PP), e pelo secretário municipal de Educação, professor Raimundo Lacerda, que está de volta ao cargo com o pedido de afastamento da ex-titular da pasta, Gecilda Monteiro, para concorrer a uma vaga de vereadora nas eleições deste ano.
Em contato com a reportagem, o diretor da Escola, Aldemir Seixas, disse que as reformas introduzidas mudanças na estrutura física do estabelecimento de ensino, o que proporcionará um melhor ambiente de trabalho e de estudo, como também adequou o espaço para desenvolve o programa Mais Educação, que garante Educação em tempo integral aos alunos.
Segundo Aldemir Seixas, na Escola Valdecir Nunes foram matriculados para o ano letivo de 2012 quase 600 alunos (foram exatas 590 matrículas) do Nível I ao 9º ano, nos turnos matutino e vespertino. São disponibilizadas 20 salas de aula com salão de jogos e recreação, onde também são realizadas oficinas de tae kwon do e capoeira.
Ainda de acordo com o diretor Aldemir Seixas, o Mais Educação também oferece oficinas para os alunos que passam o dia na Escola, onde tem acesso a atividades didático-pedagógica, lazer, além de merenda e almoço para os que estudam pela manhã, e merenda e jantar para os da parte da tarde. A Escola possui um laboratório de informática com 30 microcomputadores, onde o aluno aprende as noções básicas para manusear a ferramenta, bem como utiliza os equipamentos para auxiliá-los pedagogicamente nas tarefas diárias.
Outra boa notícia dada pelo diretor Aldemir Seixas é que a Escola foi contemplada com o programa Segundo Tempo, uma parceria do município com o Ministério do Esporte, com o objetivo de democratizar o acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral dos alunos ali matriculados.
Ele disse que já chegaram os materiais esportivos e uniformes que serão usados nas aulas oferecidas pelo programa no município. "A prefeitura recebeu do Governo Federal todo o material necessário à execução das atividades compreendendo a importância dos mesmos, para o desenvolvimento adequado das ações direcionadas pelos professores, para aprendizagem das crianças e jovens envolvidos", explica Aldemir Seixas.
Segundo ele, serão oferecidas aulas de futebol de campo, futebol society, futsal, beach soccer, vôlei, vôlei de praia, handebol, handebol de campo, basquete, atletismo e ginástica.

Fonte: O Mossoroense (RN)

Estados têm dificuldade para pagar piso aos professores, diz secretário

Eduardo Deschamps diz que a lei que garante o pagamento de um piso salarial nacional para os professores da Educação Básica precisa ser revista

O secretário de educação de Santa Catarina e representante do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Eduardo Deschamps, disse que a lei que garante o pagamento de um piso salarial nacional para os professores da educação básica (Lei 11.738/08) precisa ser revista. O secretário participa de audiência da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, a maioria dos estados e municípios tem dificuldades para o cumprimento da norma, que prevê o pagamento de R$ 1451 mensais aos docentes, reajustados anualmente pelo valor do crescimento do valor anual mínimo por aluno definido pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
De acordo com Deschamps, a falta de verbas é um empecilho para a aplicação do piso. “Estamos chegando a um conflito: ou estados vão cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal ou eles vão cumprir a lei do piso. O gestor não terá como resolver isso”, alertou. Segundo o secretário, os estados, em regra, também não conseguem garantir a carga horária mínima fora da sala de aula prevista na lei do piso, segundo a qual pelo menos um terço da jornada deverá ser exercida em atividades extraclasse.
Para o representante do Consed, o índice de reajuste do piso também deverá ser revisto. “O índice leva em consideração um indicador que não está ligado ao aumento de receita dos estados e, portanto, não é sustentável”, argumentou.
Debate
O debate sobre o piso salarial dos professores foi requerido pela deputada Flávia Morais (PDT-GO) e acontece nesta terça-feira (10) no plenário doze da Câmara dos Deputados.
Já estão presentes ao debate o secretário de educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps; o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Franklin de Leão; o presidente da CMN (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Ziulkoski; e a diretora de comunicação da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Márcia Adriana de Carvalho.
O presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), entidade vinculada ao MEC (Ministério da Educação), foi convidado, mas até o momento nenhum representante do órgão compareceu.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Justiça decidirá legalidade da greve dos professores

Com atividades paralisadas há 11 dias, educadores municipais podem ter movimento interrompido


A Prefeitura Municipal do Natal aguarda uma decisão da Justiça para assegurar a retomada das aulas nas Escolas municipais. A ação foi impetrada no último dia 4, pela Procuradoria Geral do Município, diante da greve dos professores, que, sem os anseios atendidos, pode comprometer o ano letivo dos mais de 55 mil alunos atendidos pela rede municipal de ensino. O secretário municipal de Educação, Walter Fonseca, confirmou que as Escolas e os centros municipais de Educação (CMEIs) estão funcionando parcialmente.
Os professores da rede municipal de Natal decidiram entrar em greve no dia 30 de março. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, realizada um dia antes. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Norte, os professores querem uma correção salarial de 22,22%, mesmo percentual aprovado para o piso nacional da categoria - baseados na Lei Federal nº. 11.738/08 -, além de outras reivindicações.
O titular da pasta, Walter Fonseca, teria apresentado à direção do Sinte uma proposta que apontava 10% de reajuste, dividido em três vezes. Os professores não aceitaram a proposição do Município e optaram pelo indicativo de greve. De acordo com a diretora do Sinte, Fátima Cardoso, o salário de um professor do município é de R$ 1.200 para 20 horas semanais, e R$ 1.400 para 30 horas.
Paralisação
Com a decisão, 55 mil alunos podem ficar longe das salas de aula por tempo indeterminado. Segundo a coordenadora geral do Sindicato, Fátima Cardoso, a categoria tem uma série de reivindicações acordadas, mas que não teriam sido cumpridas pela prefeitura. Entre as críticas está a falta de concurso para professores.
Segundo Fonseca, a prefeitura não tem caixa suficiente para bancar um reajuste maior que os 10% ofertados, percentual que está acima da inflação. "Seria inviável. Não há receita, pois a folha dos docentes hoje é superior a R$ 8 milhões. Nós gastaríamos quase R$ 2 milhões, o que não é possível e feriria a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou.

Fonte: Diário de Natal (RN)