quarta-feira, 29 de maio de 2013

1ª COIME É REALIZADA EM CAICÓ

COIME - CONFERÊNCIA INTERMUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


A educação brasileira, ao longo dos séculos vem sendo tratada como ação secundária para a construção da identidade humana e cultural e para o desenvolvimento do País. Desse modo, é preciso discutir a construção de um sistema nacional articulado de educação que contemple as diversas etapas, níveis e modalidades de ensino, com a participação da sociedade na construção, execução e avaliação da educação básica de forma ampla, intensa, permanente e, particularmente, democrática

No Rio Grande do Norte serão realizadas 18 Conferências Intermunicipais de Educação. Para tanto, educadores, pais e comunidade são convocados para a Conferência Intermunicipal de Educação - COIME, que desencadeará discussões sobre necessidades preocupações e propostas para a melhoria da Educação.


10ª Dired - Palco da COIME
As conferências intermunicipais de educação são eventos realizados com a finalidade de cumprir uma das etapas preparatórias para Conferência Nacional de Educação (CONAE/2014). 

A mobilização e a coordenação desses eventos nos municípios são conduzidas pelos Fóruns Estaduais de Educação (FEE) e Fóruns Municipais de Educação (FME) ou por comissões 



organizadoras das conferências, nos locais onde não há o FME. 

As propostas desta Conferência subsidiarão a Conferência Estadual e, posteriormente, a Conferência Nacional.

As contribuições e propostas elaboradas nas conferências intermunicipais de educação serão analisadas e debatidas durante as conferências estaduais de educação que devem ocorrer a partir do mês de junho. As deliberações resultantes das conferências estaduais serão levadas à 



Conferência Nacional de Educação (CONAE/2014) pelos delegados eleitos pelos segmentos e setores por eles representados. 

Ontem, 28 de maio, foi realizada a 1ª Conferência Intermunicipal de Educação - COIME do Polo Caicó que compreende os município de Caicó, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, Jucurutu e Serra Negra do Norte. 

COIMES são conferências intermunicipais de educação 

preparatórias para a CONAE (Conferência Nacional de Educação) que ocorrerá em fevereiro de 2014 em Brasília. 

A conferência contou com a presença de mais de 200 delegados. 

Das COIMES são escolhidos os delegados que chegarão até Brasília e que tomarão decisões acerca do Plano Nacional de Educação e do Sistema Nacional de Educação. 

O pólo Caicó está sendo coordenado pela Professora Associada da UFRN,  Grinaura Medeiros de Morais sob a orientação do Fórum Estadual de Educação e do Fórum Nacional de Educação. 

Pela manhã a programação da conferência contou com a leitura e aprovação do regimento das Coime e a realização de duas conferências temáticas: Qualidade da educação - democratização do acesso, 

permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem; Gestão Democrática,participação popular e controle social. 

A palestra temática "Qualidade da educação - democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem" foi  ministrada pela professora Doutora da UFRN Márcia Maria Gurgel, coordenadora estadual da COIME.


  


Enfatizou durante seu discurso que uma educação de qualidade só efetivará como disse a presidenta Dilma Rousseff "com a erradicação da pobreza". Mostrou dados estatísticos do próprio Ministério da Educação onde pode ser visto como ainda está longe o país para alcançar uma educação de qualidade.






A palestra temática "Gestão Democrática, participação popular e controle social", ministrada pelo professor da UFRN, Walter Júnior , mostrou em seu discurso a importância de  3(três) conquistas fundamentais para a efetivação da gestão democrática em nosso País: A universalização do acesso a educação; gestão democrática(LDB- ppp;Art. 14; CF-Art. 206); a ampliação e descentralização dos recursos financeiros. 

Também mostrou a importância das eleições diretas; criação dos conselhos escolares e a cultura democrática  focada na noção do que é público  como tarefas básicas para se alcançar uma gestão democrática.



Jardim de Piranhas esteve presente a esta conferência onde enviou representantes de vários segmentos da educação.
Delegados representando  os vários segmentos educacionais do nosso município

Aila Queiroz -Secretária Mun. de Educ de Jardim de Piranhas 
Prof João Filho - delegado representante dos pais da rede mun. de ensino
A Conferência deu continuidade na parte da tarde na Escola Estadual Ceja, onde foi debatido os eixos temáticos: 
Eixo I - O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: organização e regulação
Eixo II - Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos
Eixo III - Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável: cultura, ciência, tecnologia, saúde, meio ambiente
Eixo IV - Qualidade da Educação: democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem
Eixo V - Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social
Eixo VI - Valorização dos Profissionais da  Educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho
Eixo VII -  Financiamento da Educação: gestão, transparência e controle social dos recursos.
Foi a partir da discussão sobre cada eixo temático que seus delegados traçaram proposta para a melhoria da educação. Propostas estas que foram analisadas, votadas e aprovadas em plenário para subsidiar a Conferência Estadual e, posteriormente, a Conferência Nacional.

As discussões sobre o eixo II - Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos, foram orientadas pelo professor Fernando, da UFRN, Campos Ceres, de Caicó.
Neste  eixo II, foi muito marcante a presença de vários delegados da cidade de Jardim de Piranhas. O que veio a enriquecer bastante as discussões sobre o colóquio.
Delegados de Jardim de Piranhas presente nas discussões sobre o eixo
temático II - Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos 


Após a plenária de aprovação das propostas selecionadas foi realizada a eleição dos delegados e suplentes que irão participar da COEED - Conferência Estadual de Educação. Jardim  de Piranhas teve dois delegados escolhidos para representar a classe estudantil, os alunos do ensino médio da Escola Estadual Amaro Cavalcanti Daianny Fernandes e Aerton dos Santos.
         
           Daianny Fernandes                         Aerton dos Santos  

segunda-feira, 27 de maio de 2013

SEMEC - JARDIM DE PIR ANHAS

JARDIM DE PIRANHAS PARTICIPA DA 1ª CONFERÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM CAICÓ

A prefeitura de Jardim de Piranhas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), participa nesta terça-feira, 28, da 1ª Conferência Intermunicipal de Educação do Polo Caicó. O evento reunirá, além de Jardim de Piranhas, representantes educacionais de Caicó, Jardim do Seridó, Jucurutu e Serra Negra do Norte.
De acordo com a secretária Ália Eine de Queiroz Damásio, as conferências intermunicipais de educação são eventos realizados com a finalidade cumprir uma das etapas preparatórias para Conferência Nacional de Educação (CONAE/2014). A mobilização e a coordenação desses eventos nos municípios são conduzidas pelos Fóruns Estaduais de Educação (FEE) e Fóruns Municipais de Educação (FME) ou por comissões organizadoras das conferências, nos locais onde não há o FME.
Segundo Ália, as contribuições e propostas elaboradas nas conferências intermunicipais de educação serão analisadas e debatidas durante as conferências estaduais de educação que devem ocorrer a partir do mês de junho. As deliberações resultantes das conferências estaduais serão levadas à Conferência Nacional de Educação (CONAE/2014) pelos delegados eleitos pelos segmentos e setores por eles representados.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

ESCOLA PÚBLICA DO INTERIOR DA PARAÍBA SE DESTACA NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA


Na edição de 2012, Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista (PB), teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas


Ensinar matemática com atividades do cotidiano, como fazer compras na feira e medir ingredientes para uma receita, é a chave do sucesso da professora de matemática Jonilda Alves Ferreira para despertar o interesse dos alunos pela disciplina. Com esse método, a professora tornou a Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista (PB), com cerca de 12 mil habitantes, um destaque nas últimas edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

Na edição de 2012, a escola teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas. “Coloco os alunos para vivenciar a matemática”, resume Jonilda. A professora contou que sofria quando chegava à sala de aula e via os estudantes repudiando a disciplina. Foi quando decidiu que era preciso mostrar aos alunos que aprender a matemática pode ser prazeroso. “Fazer com que os alunos gostassem da disciplina era o meu maior desafio”, revelou.

Jonilda resolveu que iniciaria os conteúdos de matemática pela parte prática. Assim, quando chegasse à teoria, já teria despertado o interesse dos alunos. A feira, a pizzaria e a cozinha foram locais escolhidos pela professora da Paraíba para ensinar.

Na cozinha da escola, os alunos medem ingredientes para preparar receitas e aprendem conceitos de proporção. Na ida à pizzaria, recebem a lição sobre fração ao dividir os pedaços da pizza que depois vão comer. Uma feira livre também é cenário das aulas. A professora conta que chegou a levar 35 alunos à feira para fazer compras com um valor em dinheiro pré-determinado. Na aula de geometria, os estudantes tiram medidas da escola para calcular área e perímetro.

A olimpíada foi mais um estímulo para despertar o interesse pela disciplina. Desde a primeira edição, em 2005, a escola de Paulista se inscreve, mas a primeira medalha só veio em 2009, de bronze. Foi ai que estudantes e professores viram que seria possível conquistar mais e chegar ao ouro. O primeiro ouro veio em 2010.

O filho da professora, Wanderson Ferreira, que hoje tem 12 anos, já tem duas medalhas de ouro. Ele ganhou uma bolsa para estudos, mas quer conquistar mais uma medalha antes de aceitar o incentivo. Já inscrito na edição de 2013, o estudante pretende estudar em média seis horas diárias.

“O que vale mais é o aprendizado. Quero fazer arquitetura e engenharia, e saber matemática vai me ajudar muito”. O fato de ter uma mãe professora que incentiva tantos alunos a aprender matemática é fundamental, segundo ele. “É muito bom não ter a escola só de manhã, ter a escola durante o dia inteiro”, diz.

Uma das medalhistas de ouro de 2012, Daniele Mendes da Silva, de 13 anos, conta que o estudo é intensificado com a proximidade da olimpíada, quando a professora dá aulas também na própria casa. “Tínhamos aula normal de manhã na escola, à tarde estudávamos entre amigas e à noite tínhamos aulão com a professora Jonilda na escola. Tivemos outras preparações na casa da professora também. Com esse método dela, fica tudo mais interessante”, diz, ao relatar a preparação para a edição de 2012.

Para a estudante do 8° ano do ensino fundamental, o aprendizado irá fazer diferença no futuro. “Além de adquirir conhecimento para a vida, isso influencia muito para adquirir emprego e para toda a carreira profissional da gente”, diz Daniele.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas busca estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Em 2012, cerca de 19 milhões de alunos se inscreveram e 99,4% dos municípios brasileiros estiveram representados. Além das medalhas de ouro, prata e bronze, também há distribuição de bolsas de iniciação científica para os alunos.

Este ano, as provas da primeira fase da competição serão aplicadas no dia 4 de junho, em horário a ser definido pela própria escola. Os alunos com melhor desempenho serão classificados para a segunda etapa, que ocorrerá no dia 14 de setembro. A divulgação dos vencedores da olimpíada será feita no dia 29 de novembro. A expectativa é que 20 milhões alunos participem da competição este ano.

Fonte: Agência Brasil

Nota do blog:
Como professor de Matemática quero parabenizar a todos que fazem a educação de Paulista por este feito tão maravilhoso.

RECURSO TECNOLÓGICO ATENDERÁ ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC indicam que 70 mil estudantes apresentam deficiência auditiva e poderão ser atendidos pelo SUS

Estudantes com deficiência auditiva, na faixa de cinco a 17 anos, matriculados nas redes públicas, terão acesso ao sistema de frequência modulada pessoal (FM) a ser fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse recurso tecnológico visa melhorar a comunicação e interação de deficientes auditivos com professores, colegas e família, e ajudá-los a desenvolver mais rapidamente as competências sociais e a linguagem oral.

Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, indicam que 70 mil estudantes apresentam deficiência auditiva e poderão ser atendidos pelo SUS. De acordo com Martinha Clarete Dutra dos Santos, diretora de políticas da educação especial da Secadi, para se beneficiar do sistema pessoal FM, a criança ou adolescente precisa ser usuário de aparelho de amplificação sonora individual (Aasi) ou implante coclear (IC).

A decisão de oferecer o recursos tecnológico para estudantes está na Portaria nº 21, do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União em 8 de maio deste ano. A execução do projeto é dos ministérios da Educação e da Saúde, em parceria com as redes de educação e saúde de estados e municípios.

Martinha Clarete explica que o sistema pessoal FM é composto de um microfone ligado a um transmissor de frequência modulada portátil, usado pelo professor, que capta sua voz e transmite diretamente ao receptor de FM conectado ao aparelho (Aasi ou IC) do estudante. A transmissão direta permite ao aluno ouvir a fala do professor de forma mais clara, eliminando o efeito de ruído ou reverberação do ambiente escolar, além de suprimir a distância entre o sinal de fala do educador e o aluno.

Pesquisa – Para identificar os benefícios pedagógicos do uso do sistema pessoal FM no contexto escolar, e definir os critérios de indicação, o MEC desenvolveu, em 2012, o projeto uso do sistema de FM na escolarização de estudantes com deficiência auditiva em escolas públicas. A pesquisa envolveu 106 escolas, 202 estudantes e 99 professores do atendimento educacional especializado, nas cinco regiões do país.

Martinha Clarete informa que a pesquisa comprovou a eficácia do sistema FM por usuários de Aasi e IC na promoção de acessibilidade no contexto escolar, ampliando as condições de comunicação e interação entre alunos e professores. Ficou claro que o sistema FM agrega uma melhora na comunicação entre os alunos que o utilizam e os demais colegas, professores e pais. Ao melhorar a interação e comunicação oral, diz Martinha, eles desenvolvem mais rapidamente as competências sociais, resultando em exposição maior à linguagem oral.

Articulação – Para que a tecnologia chegue aos alunos será necessária uma articulação entre as redes de educação pública e o SUS, em estados e municípios. Cabe ao MEC qualificar os professores para identificar os potenciais usuários; será responsabilidade das escolas encaminhar os estudantes aos postos de saúde do município. No posto de saúde, a criança ou jovem será examinado por um médico otorrino, que vai fazer a configuração do aparelho e definir a faixa de frequência individual, para que a voz do professor chegue limpa e o aparelho cumpra sua função.

Martinha Clarete diz que é importante o esforço de todos para que a tecnologia chegue aos estudantes que dela precisam e que seu uso amplie as possibilidades de aprendizado. “Não adianta ter um recurso de alta tecnologia se não soubermos usá-lo adequadamente”, explica.

Fonte: MEC

ALUNOS BENEFICIADOS PELO BOLSA FAMÍLIA NO NORTE E NORDESTE TÊM APROVAÇÃO MAIOR QUE MÉDIA BRASILEIRA

Dados são do cruzamento de dados de 2011 do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

Estudantes beneficiados pelo programa governamental Bolsa Família nas regiões Norte e Nordeste têm rendimento melhor do que a média brasileira no ensino médio das escolas públicas. A taxa de aprovação desses alunos é 82,3% no Norte e 82,7% no Nordeste, enquanto a taxa brasileira é 75,2%.

Os números são do cruzamento de dados de 2011 do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apresentados hoje (16) pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

“Os mais pobres tiveram um desempenho melhor do que a média”, constata Tereza Campello. “Não só conseguimos garantir que essas crianças não saiam mais da escola, mas conseguimos garantir que elas consigam ir melhor na escola”. Ela atribui o rendimento ao fato de que os estudantes beneficiados pelo programa não podem ter uma taxa de frequência inferior a 85%. Para os demais alunos, a taxa é 75%. “Além disso, esses estudantes são superestimulados, as famílias entendem que é um ganho muito grande”, diz a ministra.

No Brasil, esses estudantes também se destacam. A taxa de abandono escolar brasileira no ensino médio era 10,8% em 2011, mas entre os alunos beneficiados pelo Bolsa Família, a taxa foi 7,1%. A taxa de aprovação entre os beneficiados foi 79,9% em comparação à taxa nacional de 75,2%.

No ensino fundamental, estudantes beneficiados do Norte e Nordeste tiveram taxa de rendimento um pouco inferior à taxa nacional. No Norte, a taxa de aprovação dos beneficiados foi 84,4% em 2011 e 82% no Norte, em comparação à taxa nacional de 86,3%. No Brasil, a taxa geral de aprovação dos beneficiados foi 83,9%. O abandono nacional nessa etapa do ensino foi 3,2%. Entre os beneficiados, também foi inferior, 2,9%.

A ministra também apresentou dados que mostram a maior presença dos 20% mais pobres da população brasileira no sistema de ensino. Em 2001, 17,3% dos jovens com 16 anos, que fazem parte desse grupo, tinham ensino fundamental completo. O número passou para 42,7%, em 2011. No Brasil, em 2001, 43,8% dos jovens nessa faixa etária tinham o ensino fundamental completo, e em 2011, 62,6%.

Entre os 20% mais pobres do país, os jovens de 15 a 17 anos na escola passaram de 71,1%, em 2001, para 81,1%. No Brasil, a porcentagem de jovens nessa faixa etária na escola passou de 81% para 83,7%. Entre os 20% mais pobres de 15 a 17 anos no ensino médio, - a idade adequada a essa etapa de ensino - a taxa passou de 13,6% para 35,9%. A variação nacional foi 37,4% para 51,7%. “Houve uma melhora no fluxo escolar e são os mais pobres que estão puxando esses indicadores para cima”, constata Tereza.



Ministra pede que municípios invistam em creches
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, pediu que os gestores municipais invistam em creches de educação integral para crianças até 4 anos de idade. A faixa etária, segundo a ministra, é uma grande preocupação sobretudo quando se trata de crianças pobres. “As crianças precisam ir para a creche, não porque a mãe precisa trabalhar, mas porque as crianças não têm o estímulo adequado. Temos que nos esforçar para a universalização desta etapa”.

Ela falou hoje (16) no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A ministra fez um apelo: “Eu sei que vocês têm que cumprir a emenda [que termina que todas as crianças a partir dos 4 anos esteja na escola em 2016], mas nós acreditamos que é possível cumprir a meta e investir em creches”.

Tereza Campello disse que as creches têm que oferecer qualidade. “Não estamos falando em locais que são piores a casa. Tem escolas superlotadas que a criança fica sem higiene, sem condições adequadas. Não é disso que estamos falando. Estamos falando em um ambiente adequado, com condições adequadas”.

Para estimular a criação de creches, o governo antecipa recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que antes podiam demorar até dois anos para ser repassados. Além disso, as creches que atendem a beneficiários do Programa Bolsa Família recebem recurso adicional de 50% para cada aluno. 

Fonte: Agência Brasil

MAIS DE 2 MIL CIDADES AINDA NÃO TÊM PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Joao Bittar-MEC

Números do IBGE mostram que apenas 246 municípios criaram seus planos entre 2009 e 2011

Dos 5.5565 municípios existentes no Brasil, 2.181 não têm plano municipal de Educação. O número representa 39% das cidades do País. Os dados são de 2011 e fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números mostram ainda que o total de cidades que criaram seu plano entre 2009 e 2011 aumentou em 246. Em 2009, 3.138 (56% do total) tinham elaborado e aprovado o documento.

Hoje, do total de 3.384 cidades que têm plano, os dados do IBGE revelam que apenas 1.969 contemplam diretrizes para a Educação Especial. Além disso, 2.728 incluem em suas metas a Educação de Jovens e Adultos (EJA); 3.282 a Educação Infantil e 3.384, o Ensino Fundamental, etapa que, por lei, deve ser prioritariamente atendida pelo poder municipal.

Ainda em relação ao total, apenas 968 planos referem-se ao Ensino Médio; 527 ao Ensino Profissionalizante; 502 ao Ensino Superior; 980 à Educação Rural; 157 à Educação Indígena e, 628, à Educação Ambiental.

Legislação 
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (veja aqui), os municípios estão incumbidos de “organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados”. Ou seja, o plano municipal deve ser proposto em consonância com o estadual e o federal.

Os estados, por sua vez, devem “elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de Educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus municípios”. A União é a responsável pela elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE), em regime de colaboração com os outros entes federados. O PNE tem a vigência de dez anos após a sua aprovação. Com três anos de atraso, a discussão da lei que estabelece o próximo PNE tramita no Senado, depois de ter sido aprovada na Câmara (para saber mais, clique aqui).

Implicações
Para especialistas, a ausência de um plano de Educação para o sistema municipal de ensino prejudica essencialmente a continuidade dos projetos e das políticas públicas. “O plano municipal é um instrumento de Estado, não de governo. Ele estrutura políticas públicas que duram muito mais do que o tempo de uma gestão”, explica Tatiana Bello coordenadora do Programa Melhoria da Educação no Município, coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) em parceria com a Fundação Itaú Social.

De acordo com ela, a maior dificuldade das prefeituras em elaborar seus planos de Educação está na falta de capacitação técnica. “Temos cerca de 70% de cidades com até 50 mil habitantes. Existem municípios muito pequenos no Brasil e que ainda não passaram por um processo de desenvolvimento técnico”, afirma. “Sabemos que muitas cidades contratam pessoas para fazerem os planos, o que pode ser um problema porque o documento resultante, às vezes, não diz nada sobre o município.”

Roberta Panico, diretora da Comunidade Educativa Cedac, a ausência de planos municipais é reflexo de uma cultura de planejamento deficiente no Brasil. “A Educação tem uma cultura de ideias inovadoras. Implementam-se programas e mais programas sem planejar”, explica.

Ela ressalta que não é por que uma cidade não tem um plano que ela não esteja investindo na Educação municipal. “Ter um plano facilita a clareza das metas, de onde se quer chegar. Caso contrário, os projetos ficam ‘patinando’”, afirma.

Discussão democrática
Tatiana, do Cenpec, afirma que o plano deve ser resultado de um processo de participação social e reflexão sobre as necessidades da Educação do município. “É preciso se ter um diagnóstico claro, que faça sentido para todos”, afirma.
Roberta concorda. “A elaboração de um plano deve ser discutida com os gestores sim, mas deve haver diálogo. Mesmo porque esse plano precisa chegar até o projeto político pedagógico de cada escola municipal”, considera.

Implementação
Segundo Tatiana, para que o plano saia do papel e realmente se torne realidade, impactando a qualidade da Educação de um município, são necessários monitoramento e controle. “Além disso, é preciso haver mobilização social. Precisamos de um pacto nacional que envolva todos os atores na melhoria da qualidade da Educação. Essa pauta precisa ganhar relevância para o desenvolvimento do País”, diz.

ESTUDANTES MEDALHISTAS E MESTRA GANHAM HOMENAGEM

22 alunos de Paulista, cidadezinha paraibana com 12 mil habitantes, foram premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das escolas públicas

Capiberibe (2º à esq.) conduz a audiência que homenageou Alunos de Escola pública premiados na competição (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)13 estudantes de Escola municipal de Paulista (PB) receberam medalha na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Com aulas práticas, Professora desperta interesse de Alunos

No ano passado, 22 Alunos de Paulista, cidadezinha paraibana com 12 mil habitantes, foram premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas — 5 medalhas de ouro, 2 de prata, 3 de bronze e 12 menções honrosas. O caso chamou a atenção para os métodos de Jonilda Alves Ferreira. Ontem, os estudantes, que têm entre 11 e 13 anos, e a Professora foram homenageados pela Comissão de Educação (CE).

— Jonilda promoveu em sua cidade uma revolução silenciosa no Ensino de matemática, em meio a uma região afetada pela seca — disse Vital do Rêgo (PMDB-PB). Vital propôs a homenagem com João Capiberibe (PSB-AP), que presidiu a audiência.

Dos 22 Alunos premiados, 13 estudam na Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, onde a Professora Jonilda leciona. Ela conta que, sempre que possível, dá “aulas práticas” para envolver os estudantes. Leva-os, por exemplo, à ­pizzaria para ensinar frações ou ao posto de gasolina para explicar os números decimais e a regra de três. Nas aulas de Geometria, ela os faz medir a área e o perímetro da Escola.
— Eu os coloco em ­situações nas quais vivenciam a ­matemática — explica.

Mônica Gardelli Franco, diretora de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação básica do Ministério da Educação (MEC), diz que Jonilda “deu concretude a uma disciplina que, em geral, é ensinada de forma muito abstrata e que, por isso, muitas vezes acaba não fazendo sentido no cotidiano”.

Realizada pelo MEC e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é executada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

Claudio Landim, coordenador-geral da olimpíada, afirma que um dos objetivos da competição é “detectar Alunos com talento para a matemática e permitir que eles tenham uma boa formação nessa área”.

Entre os exemplos, está o de Tábata Amaral, de São Paulo. Após obter medalha de prata em 2005 e de ouro em 2006, ela ganhou bolsa de estudos de uma Escola particular, participou de competições semelhantes no exterior e hoje estuda na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
Neste ano, 47 mil Escolas públicas se inscreveram. Ao todo, mais de 18 milhões de Alunos vão participar.



“Professora é exemplo para o país”, afirma Cícero
Cícero Lucena (PSDB-PB) disse que a conquista da Professora Jonilda Alves Ferreira e dos Alunos dela deve provocar uma reflexão sobre a Educação no Brasil.

O senador contou que a Escola fica em uma região sofrida, por causa da seca e da falta de investimentos. No entanto, disse, a Professora e os Alunos superaram as dificuldades “com garra, esforço e competência” e se destacaram nacionalmente.

Ele acrescentou que “esses pequenos bravos” concorreram com Alunos de todo o país, inclusive com aqueles que estudam em centros mais avançados. Para Cícero, a vitória mostra uma importante lição sobre o avanço da qualidade da Educação.

— As iniciativas pedagógicas da Professora mostram que é possível fazer muito mais pelas crianças do Brasil. Os legisladores e a sociedade precisam refletir sobre essa conquista — disse.

Cícero afirmou que é possível avançar na qualidade do Ensino usando a criatividade. Ele leu um texto da Professora Jonilda em que ela afirma que “só desperta paixão de aprender quem tem paixão de ensinar”.
— Peço a Deus que existam cada vez mais Jonildas por este Brasil afora — disse.

Fonte: Jornal do Senado (DF)

IBGE: ACESSO À INTERNET DE ALUNOS DA REDE PÚBLICA MAIS DO QUE DOBRA

Dos 37,5 milhões de estudantes identificados pela Pnad em 2011, 72,6% acessaram a web naquele ano

O acesso de estudantes da rede pública de ensino à internet disparou nos últimos anos no País, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2011, 65,8% dos alunos de instituições públicas, o equivalente a 19,2 milhões de estudantes, se conectaram à rede mundial de computadores por meio de microcomputadores ou notebooks.

Antes, em 2005, apenas 24,1%, - ou 7,5 milhões de alunos - desse sistema de ensino navegaram pela web, de acordo com informações do documento “Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal”, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011).

“Isso não significa que aumentou o acesso de alunos pelas escolas públicas. Mas não deixa de ser um indício. A pesquisa não mediu de onde as pessoas se conectaram à internet”, afirmou Cimar Azeredo, técnico do IBGE responsável pelo levantamento.

Já na rede privada, constata-se que quase a totalidade dos alunos teve acesso à internet em 2011. Dos 8,4 milhões de estudantes, 8,1 milhões, o equivalente a 96,2% do total dos que estudam em instituições particulares, navegaram a rede mundial de computadores. Em 2005, 82,4% dos estudantes da rede privada de ensino já tinham alguma conexão com a internet.

Do total de 37,5 milhões de estudantes identificados pela Pnad em 2011, 72,6% acessaram a web naquele ano. Antes, em 2005, 35,7% dos alunos da rede de ensino brasileira haviam se conectado à rede mundial de computadores. Isso significa que, de 2005 a 2011, o total de estudantes internautas praticamente dobrou, com mais 13,4 milhões de alunos conectados.

A amostra do IBGE foi feita a partir de entrevistas com cerca de 359 mil pessoas, em 1.100 municípios brasileiros. Nessa análise, o instituto levou em conta apenas o acesso à internet via microcomputadores ou notebooks. A navegação em celulares e tablets não foi levada em conta.

Maior parte dos empregados acessa a internet
O IBGE observou que, das 77,7 milhões de pessoas que utilizaram a internet, 60,1% trabalhavam. Em relação a 2005, houve pouca variação, já que 62,1% dos que acessavam a rede mundial de computadores em 2005 estavam ocupadas.

Em 2011, dos 93,5 milhões de trabalhadores identificados pelo levantamento, 49,9% navegaram na web. Seis anos antes, essa proporção não passava de 22,8%. Já do total de pessoas não ocupadas em 2011, 42,2% acessaram a rede mundial de computadores. Em 2005, esse contingente representava 18,4%.

Mais pobres navegam cada vez mais na web
A parcela mais pobre da população também vem tendo cada vez mais acesso à internet. Do total da população cuja renda mensal domiciliar per capita não passa de um quarto do salário mínimo, 21,4% navegaram pela web em 2011. Em 2005, essa proporção era de apenas 3,8%.

Já na parcela da população cuja renda mensal domiciliar per capita varia de três a cinco salários mínimos, 76,1% se conectaram à rede mundial de computadores em 2011. Em 2005, 62,6% do total dessa classe de rendimento navegaram pela web.

Triplica o número de pessoas que moram em casas com computador e acesso à internet
De 2005 a 2011, triplicou o número de pessoas que residiam em um domicílio com computador e acesso à internet. Em 2005, eram 22,3 milhões de pessoas nesta situação. Já em 2011, esse contingente subiu para 65,7 milhões de pessoas.

Ao mesmo tempo, do total de pessoas que moram em casas sem acesso à internet, 25,6% navegavam na rede mundial de computadores de outro local, em 2011. Seis anos antes, apenas 11,9% se enquadravam em situação semelhante.

Fonte: Terra

quarta-feira, 15 de maio de 2013

OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA INCENTIVA ESCOLAS PÚBLICAS

Estudantes com melhor desempenho ganham medalhas e menções honrosas; os premiados com medalhas (serão 6 mil, em 2013) são convidados a participar de um programa de iniciação científica

Uma Professora e dez Alunos de Escolas públicas de Paulista, pequena cidade do interior da Paraíba, são os convidados da audiência que a Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado promove amanhã. Os senadores querem saber como a cidade, de pouco mais de 13 mil habitantes, conseguiu obter desempenho notável na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).

O coordenador de Tecnologia da Educação do Ministério da Educação (MEC), Mauricio Almeida Prado, também participa da audiência, que começa às 10h na sala 15 da Ala Alexandre Costa.
Em 2012, os paulistenses conquistaram 22 prêmios. Treze deles foram para a Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, para Alunos de Jonilda Alves Ferreira, a Professora convidada para a audiência de amanhã.

A iniciativa de promoção da audiência é dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Vital do Rêgo (PMDB-PB). Para Capiberibe, os estudantes de Paulista e a Professora “são exemplos para o Brasil”. Vital afirma que o Senado precisa conhecer e divulgar métodos como o de Jonilda:

— Ela soube construir uma teoria com alto padrão de aplicabilidade prática. Queremos que venha à comissão explicar ao país como consegue fazer isso.

Defendendo a tese de que é preciso dinamizar o Ensino da disciplina, a Professora costuma levar turmas à feira livre da cidade para ensinar na prática o cálculo de frações, medições de área ou operações de soma e subtração.

— Eles precisam vivenciar as situações para perceber o quanto a matemática é importante na vida da gente. Quando começam a gostar e se interessar, você pode puxar por eles, e eles respondem — conta Jonilda, que usou a sala de casa para dar aulas de reforço aos Alunos, à noite.

Outra pequena cidade campeã na Obmep foi elogiada em Plenário por Ciro Nogueira (PP-PI), Wellington Dias (PT-PI) e João Vicente Claudino (PTB-PI): a piauiense Cocal dos Alves, de 5 mil habitantes, classificada de “fenômeno educacional” por conquistar quatro medalhas de ouro na edição de 2011.

Paulista e Cocal dos Alves são exemplos da motivação que a Obmep vem levando às Escolas públicas brasileiras. Idealizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), a olimpíada é promovida anualmente pelo MEC e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Podem se inscrever Escolas de redes municipais, estaduais ou federais com turmas dos anos finais do Ensino fundamental (6º a 9º ano) e de Ensino médio. A edição deste ano tem 47,1 mil Escolas e 18,7 milhões de Alunos inscritos. Os estudantes com melhor desempenho ganham medalhas e menções honrosas. Os premiados com medalhas (serão 6 mil, em 2013) são convidados a participar de um programa de iniciação científica. Professores (como Jonilda, premiada em 2012), Escolas e secretarias de Educação também são laureados.

A olimpíada Escolar foi criada pelo Impa com objetivo de revelar jovens talentosos e estimular o Ensino da disciplina na rede pública. A primeira edição aconteceu em 2005. Na época, já existia a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), que abrange redes públicas e privadas. Mas os premiados, em geral, eram estudantes de instituições particulares.

— A Obmep surgiu porque entendeu-se que Alunos da rede pública também tinham o direito de ser estimulados a aprofundar seus conhecimentos em matemática, uma área estratégica para o país — conta Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que na época era secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI e foi responsável, no ministério, pelas duas primeiras edições do projeto.

Com orçamento de R$ 40 milhões (pouco mais de R$ 2 por Aluno), a olimpíada se firma como exemplo de política pública de baixo custo e grandes resultados.

— Estamos conseguindo despertar vocações, revelar talentos e estimular Alunos da rede pública a estudar com o objetivo de ingressar na universidade — afirma Cláudio Landim, diretor-adjunto do Impa e coordenador da Obmep. Além de incentivar estudantes, a olimpíada motiva Professores, gestores Escolares e redes de Ensino, explica Landim. A competição faz colégios e Docentes valorizarem a matemática e muitos passam a desenvolver programas, fora do horário das aulas, para preparar os Alunos.

— Uma medalha ou menção honrosa tem impacto na Escola como um todo, porque reconhece o mérito ao esforço, ao estudo. Isso desperta o desejo de aprender.

Desafio é atrair bons professores
O desempenho dos estudantes da rede pública brasileira é preocupante em matemática. Em exames internacionais como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, promovido pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, a OCDE), o Brasil ficou na 57ª posição entre 66 países avaliados. Outro levantamento — feito pelo movimento Todos Pela Educação com base nos resultados da Prova Brasil, do MEC — mostrou que apenas 10% dos Alunos chegam ao fim do Ensino médio sabendo o esperado em matemática.

Para o diretor-adjunto do Impa e coordenador-geral da Obmep, Cláudio Landim, o grande desafio para melhorar a aprendizagem da disciplina é promover o reconhecimento do magistério no Brasil.

— O Professor é a peça fundamental do Ensino de matemática. Ou o país encontra formas de valorizar o Professor, ou o problema vai perdurar — afirma.

Na visão de Cristovam Buarque (PDT-DF), as deficiências no Ensino da disciplina são apenas parte de um problema estrutural da Educação básica pública brasileira, em que a Escola não consegue ensinar nem matemática, nem outras disciplinas. Cristovam defende que o caminho é uma reforma ampla no sistema de Ensino, com investimentos que possam garantir um padrão de qualidade para todas as Escolas públicas e sustentar a criação de uma carreira nacional do magistério público, com piso salarial unificado em um valor inicial, sugerido por ele, de R$ 9 mil. Isso, defende o senador, só seria possível com a federalização da Educação básica, em que a União passaria a custear o sistema (atualmente, a manutenção dos Ensinos infantil, fundamental e médio é responsabilidade dos municípios e dos estados).

— As olimpíadas Escolares têm seu mérito, revelam gênios, e descobrir esses talentos é bom. Mas não há um impacto no quadro educacional como um todo. O Brasil precisa é que todos os milhões de meninas e meninos brasileiros saibam matemática e também português, ciências, história, inglês... Precisamos de Educação de qualidade para todos.
Em abril, o MEC ­anunciou que prepara programa visando atrair estudantes do Ensino médio para a carreira de Professor da Educação básica, especialmente em matemática, química, física e biologia. Para isso, planeja criar parcerias com universidades e oferecer bolsas a Alunos de Ensino médio e de licenciaturas.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante (que hoje fala à CE sobre planos do ministério), afirmou recentemente, em audiência na Câmara, que é preciso estimular a vocação de Professor, pois a demanda por licenciaturas — principalmente na área de Exatas — é baixa. Uma das ideias é incorporar ao programa estudantes medalhistas das olimpíadas de matemática.

A preocupação com a necessidade de melhoria do Ensino de matemática, a formação de Professores e o incentivo às olimpíadas também está presente no projeto do Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), que pode ser votado hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (veja página 6). O plano, que define os rumos do setor nos próximos dez anos, tem várias estratégias relacionadas à disciplina.

Participação em provas movimenta colégio da Ceilândia
O Centro de Ensino médio (CEM) 09 da Ceilândia (DF) é uma prova do que afirma Landim. A Escola começou a participar da Obmep em 2007. Ano a ano, os resultados melhoravam, o que despertou na direção, nos Professores e nos Alunos a vontade de ingressar em outras competições. O CEM 09 criou então o Projeto Olimpíadas, direcionado a várias áreas de conhecimento, e o Projeto Matemática Todo Dia, específico para a preparação em Exatas. Nas precárias instalações da Escola, cartazes convidam: “Seja um Aluno olímpico, não perca esta oportunidade. Garanta sua premiação e seu curso de iniciação científica”.

No ano passado, o CEM 09 foi campeão da Obmep no Distrito Federal, 17 Alunos foram ­aprovados na Universidade de Brasília (UnB) e no curso de Medicina da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e 18 conseguiram bolsa integral do ProUni por causa do bom desempenho no Enem. Competindo com instituições privadas, a Escola foi a terceira colocada, no Brasil, na Olimpíada Internacional Matemática sem Fronteiras, e seis Alunos viajaram à Índia para participar da Quanta, competição mundial de matemática e ciências. O CEM 09 também obteve medalhas em olimpíadas de astronomia, robótica, física e oceanografia e foi campeão da 4º Jornada de Foguetes. Graças ao desempenho, vários Alunos conseguiram bolsa de pesquisa em programas de iniciação científica. E essas são apenas algumas das conquistas, que renderam ao centro o apelido de “Escola olímpica”.

— A Obmep mudou a cultura da nossa Escola. Hoje, nossos projetos estão transformando vidas. Os Alunos perceberam que o esforço vale a pena, que estudante de Escola pública também pode competir e que, estudando, todos são capazes — resume a Professora Alessandra Lisboa, coordenadora dos projetos olímpicos.

Fonte: Jornal do Senado (DF)

CURSOS ATUALIZAM PROFESSORES PARA O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS

Programa do MEC disponibiliza conteúdos e recursos multimídia

Há 17 anos no magistério, Maria Célia Martins Fernandes participa com frequência de cursos para aperfeiçoar os conhecimentos e tornar as aulas mais dinâmicas. Formada em Letras, com experiência no Ensino de língua portuguesa no Ensino médio, a Professora de Rosário Oeste, no centro- sul de Mato Grosso, exerce desde 2011 a função de coordenadora pedagógica na Escola Estadual Professora Elizabet Evangelista Pereira.

Maria Célia tem participado de cursos promovidos pelo Centro de Formação dos Profissionais da Educação básica (Cefapro) de Diamantino (MT), principalmente aqueles relacionados ao uso de novas tecnologias. “Os avanços tecnológicos são muitos, e nós, Professores, precisamos estar atualizados”, diz a Professora, que já concluiu, entre outros, os cursos de tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as tecnologias da informação e comunicação (Tics) e de elaboração de projetos (Pitec) do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) do Ministério da Educação. “Como estou na coordenação pedagógica, tenho usado esses conhecimentos também para a formação dos profissionais da minha Escola” diz Maria Célia.

Segundo ela, vários recursos estavam disponíveis, mas eram pouco aproveitados. A partir das aulas sobre o uso das tecnologias e do incentivo para que fossem adotadas por todos, o agendamento tornou-se uma necessidade. De acordo com Maria Célia, que tem pós-graduação em mídias na Educação e em Ensino de língua portuguesa e literatura, os cursos ajudam os Professores a desenvolver metodologias inovadoras e até a dar suporte aos Alunos que dele necessitem na preparação de trabalhos. “Esses conhecimentos servem para melhorar a qualidade das aulas e também o aprendizado dos Alunos”, destaca a Professora, que cursa especialização em coordenação pedagógica.

Ela diz que as aulas ficaram mais atrativas e houve melhora na aprendizagem. “Aqueles Alunos que não demonstravam interesse passaram a trabalhar mais em grupo, a pesquisar e a ter mais participação nas aulas”, diz. “Faltava, na realidade, a capacitação dos Professores, e isso foi suprido com os cursos oferecidos.”

Demanda - Responsável pelos cursos do ProInfo Integrado no Cefapro de Diamantino, o Professor Osvaldo Rodrigues de Sousa adianta que a procura pelas aulas, ministradas a distância, é grande. Elas são oferecidas a todos os profissionais envolvidos com a construção do conhecimento e não apenas aos Professores. “Em razão disso, temos um planejamento anual de formação, pois não conseguimos atender toda a demanda”, revela. Há 23 anos no magistério, Osvaldo tem licenciatura em Letras e pós-graduação em Informática na Educação. Além de Diamantino, outros 11 municípios de Mato Grosso têm unidades do Cefapro, o que facilita a formação descentralizada, mais próxima do local de trabalho do Professor. Criados pela secretaria estadual de Educação, em 1997, os Cefapros contam com salas de aulas, biblioteca, midiateca, acervo de fitas gravadas da TV Escola, microcomputadores, equipamentos audiovisuais e Professores especialistas. “Nesses centros trabalham Professores formadores de cada área do conhecimento bem como de áreas específicas, como Educação indígena, Educação do campo e Educação especial”, explica Josimar Miranda Ferreira, coordenadora de formação e avaliação dos Cefapros.

Esses Professores desenvolvem diversas ações de formação continuada, sejam específicas da política estadual, como o projeto Sala de Educador, executado pelas Escolas da rede estadual de Ensino sob acompanhamento e orientação dos Cefapros, sejam propostas pelo governo federal, como os programas Proinfo Integrado e Proinfantil e o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O conteúdo dos cursos de formação é definido com as Escolas, de modo a atender as particularidades de cada uma.

Fonte: Em Questão (DF)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ESCOLA RECEBE ESTAGIÁRIAS

USO DAS TECNOLOGIAS
A Escola Municipal Monsenhor Walfredo Gurgel – Ensino Fundamental e Eja está recebendo a partir deste 2° bimestre duas alunas estagiárias do curso de Geografia da Universidade Federal do Rio grande do Norte – UFRN, Campus Ceres/Caicó, as alunas Luzia da Conceição e Ana Paula. Em fase de realização do estágio, a escola foi escolhida por essas alunas estagiárias uma vez que as mesmas residem na cidade. 

Uma das estagiárias é ex-aluna da escola e falou do orgulho de está retornando a escola agora como aluna estagiária. Falou também do aprendizado que adquiriu na escola e da importância do mesmo para sua carreira profissional. Enfatizou a receptividade que teve por parte da direção, da equipe pedagógica, dos professores e principalmente da turma onde irá realizar o estágio. Deram enfase ainda a estrutura física e didático pedagógica da escola. 

O estagio está sendo realizado com a turma do 8° ano “C” do turno vespertino, cujo professor titular é Hugo Martins que fará a supervisão dessas aulas. 

Com relação aos recursos multimídia que a escola disponibiliza, as estagiárias neste momento inicial já trouxeram à sala de informática sua turma para a apresentação de uma aula sobre “A Regionalização do espaço Geográfico Mundial”, onde fizeram uso dos recursos tecnológicos oferecidos neste ambiente de aprendizagem, no caso, o data show. A aula foi apresentada através de slides. 

Veja as fotos: 


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Edição: Professor João Filho (resp. Lab. Inf. Tarde)

LABORATÓRIO DE INFOMÁTICA

PROFESSORES COMEÇAM A FAZER USO DE TECNOLOGIAS 


As aulas na Escola Municipal Monsenhor Walfredo Gurgel – Ensino Fundamental e Eja do turno vespertino começam a ser direcionadas para o uso das novas tecnologias. Dispondo de uma Laboratório de Informática, o aluno da escola já começa a perceber como as tecnologias podem ajudá-los no seu processo de ensino e aprendizagem. 
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Alguns professores desse turno já começaram a familiarizar seus alunos no uso e manuseio dessas novas tecnologias e suas ferramentas. O uso do Laboratório para pesquisa na Internet tem sido constante. Alguns aplicativos já começam a serem conhecidos pelos alunos e utilizados pelos professores. Um deles é “Google Tradutor”, uma ferramenta para a tradução de texto que tem sido muito utilizado nas aulas de Inglês pelos professores Fernando Guedes, Graça Jales, Tâmara Magna e Conceição Souza onde seus alunos tem tido a oportunidade de fazer uso desse aplicativo nas atividades de leitura e tradução de textos. 

As professoras de Artes e Cultura, Alice e Tâmara Magna, também tem feito uso da Internet para fins de pesquisa de assuntos relacionados aos conteúdos ministrados em sala de aula. 

Outra ferramenta bastante utilizada no Laboratório é o Data Show. Utilizado para a apresentação de aula através de vídeos e filmes(em dvd ou canal You Tube) cujo principal objetivo é a contextualização dos conteúdos ora ministrados em sala de aula passa a ser parte dessa nova realidade assumida pelos professores de algumas disciplinas. A exemplo, citamos os professores Erivaldo Alves(Xuxu), Neily Lopes, Ana Santana, Hugo Martins, Daliane Lucena, Graça Jales e Ana Santana Gomes, esta última, professora de Ciências vem intercalando seus conteúdos a três momentos: sala de aula, pesquisa via Internet e aula video com uso do Data Show. Segundo a professora Ana Santana depois de está utilizando estes três recursos, tem percebido um melhor rendimento de aprendizagem em suas turmas. 

Veja o registro do uso do Data Show numa dessas aulas:








Profª Ana Santana Gomes - Ciências


Profª Neily Lopes - História





Prof. Fernando Guedes - Inglês

Edição: Professor João Filho(resp. lab. inf. tarde)

ESCOLA MARIA DE NAZARETH


INCENTIVO A LEITURA

“Não é a leitura que conduz o indivíduo a novas formas de inserção social. É, ao contrário, o tipo de vínculo que ele estabelece que pode conduzi-lo eventualmente a ler certas coisas de certo jeito. A leitura, mesmo feita em recolhimento, não é um comportamento subjetivo, uma questão de hábito ou de postura, é uma prática inscrita nas relações histórico-sociais.” (Britto, 2003)