sábado, 27 de agosto de 2011

ENSINO MÉDIO - INTERDISCIPLINARIDADE

PROJETO INTERDISCIPLINAR

A Escola Estadual Amaro Cavalcanti - Ensino Médio, tem levado a seus educandos do turno noturno, uma nova proposta de trabalho - a "do ensino médio diferenciado", que consiste na oferta de disciplinas por blocos e conclusão por semestre. Dentro desta proposta de ensino está o diferencial que leva esses educando a participar ao final de cada semestre letivo, da realização de um projeto interdisciplinar. Assim a escola envolveu todos os professores e alunos no desenvolvimento do projeto interdisciplinar "INDÚSTRIA TÊXTIL: HISTÓRIA, TRABALHO, ECONOMIA E MEIO AMBIENTE".

O projeto está sendo desenvolvido com o intuito de, envolvendo os educadores e educandos, a fazer um trabalho de pesquisa sobre a indústria têxtil jardinense, estudando-a dentro de uma perspectiva econômica, social, cultural e ambiental, internalizando-a no contexto do desenvolvimento da própria comunidade.

Dentro desta proposta de trabalho, os alunos do 1° Ano E, 2° Ano D e 3° Ano D, da disciplina de Matemática - prof. João Filho, com a temática "A Produção Ttêxtil em Jardim de Piranhas", foram instigados a realizaram uma pesquisa temática que levou cada aluno dessas 3 turmas a desenvolverem uma pesquisa relacionada a levantamento de informações voltadas para o seu próprio ambiente de trabalho.

Em seus ambientes de trabalho, os alunos, divididos em equipes, registraram através de fotografias, entrevistas e dados numéricos a produção têxtil  em seus diversos setores de produção.

Com relação aos setores de produção pesquisados, verificou-se que são cinco: teares, alvejamento, costura, estamparia, e empacotamento. Já com relação aos produtos industrializados por estes setores, tivemos: panos de prato, franjas, tapetes, redes, mantas e conjuntos de cozinha.

Veja as fotos da pesquisa:

SETOR TÊXTIL DE PRODUÇÃO: TEARES


Produção de mantas

Produção de redes de dormir

Produção de franjas de tapetes

Produção de pano de prato

Produção de tapetes

SETOR TÊXTIL DE PRODUÇÃO: ALVEJAMENTO

Alvejamento de panos prato

SETOR TÊXTIL DE PRODUÇÃO: COSTURA

panos de prato para o corte



costura dos panos de prato

Costura de conjunto de cozinha
Corte de tapetes
Costura de tapetes


SETOR TÊXTIL DE PRODUÇÃO: ESTAMPARIA

Mesa de estampar com 12 bandejas - panos de prato sendo estampados

Panos de prato sendo recolhidos e levados para secagem no garajal
Conjuntos de cozinha sendo estampados
Conjuntos de cozinha e tapetes sendo estampados
Aluna Ramana do 1° Ano E - entrevista a empresária Santana

SETOR TÊXTIL DE PRODUÇÃO: EMPACOTAMENTO

Funcionárias - embalam e selam as dúzias de panos de prato
Panos de prato - prontos para transporte
Conjunto de cozinha - preparo para embalagem e selamento
Conjuntos de cozinha - embalados e pronto para o transporte
Tapetes e mantas sendo preparados para embalagem e tansporte

Redes e dormir - prontas para o transporte

Já em sala de aula, estes registros fotográficos, textuais e numéricos foram organizados em forma de relatório, tabelas, gráficos e produzido slides para a apresentação.

Veja as fotos:
 continua...


***************************************
***************************************

EDUCAÇÃO
UMA EQUAÇÃO VENCEDORA
Um grupo de professores conseguiu a façanha de formar jovens campeões de matemática em locais cheios de adversidade* e com os piores indicadores de ensino do país, Eles combinaram seu esforço com meritocracia




Violência, indisciplina e precariedade são alguns dos obstá­culos enfrentados diariamente pelos professores que ilustram as páginas desta reportagem. Eles seriam iguais a tantos outros não fosse o nível de excelên­cia que alcançaram em sala de aula. E numa disciplina tão temida quanto odia­da. O sucesso desse grupo foi verificado na última Olimpíada Brasileira de Mate­mática das Escolas Públicas, que reuniu 19 milhões de alunos, 0,02% deles laurea­do com medalhas. No ranking que mediu o desempenho dos docentes de todo o país — com base nas notas de seus alunos na competição —, tais professores ocu­pam o topo da lista de seus estados. Ou­tros no Brasil emplacaram até mais estu­dantes no pódio, mas o feito desses aqui retratados foi considerado extraordinário pelo cenário no qual emergiram: seus es­tados colecionam os piores indicadores de ensino na área. "Eles são a prova de que é possível lapidar talentos para os núme­ros mesmo em lugares que mais parecem desertos de idéias", diz Jacob Palis, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, que organizou a olimpíada.
Intuitivamente, esses professores im­plantaram em suas escolas práticas con­sagradas em países que oferecem um ensino de matemática de alto nível. Só conseguiram isso porque não se deixa­ram paralisar pelas adversidades de or­dem prática nem por bandeiras ideoló­gicas que tentam banir o princípio da meritocracia do ensino brasileiro. Ao contrário, souberam cultivar talentos acima da média. "Quando percebo que um aluno tem aptidão para os números, não penso duas vezes: eu o incentivo a resolver problemas cada vez mais com­plexos", conta Antônio de Pádua Quei­roz, de 56 anos, que assim conseguiu fazer de Erick Rodolfo Trindade, de 15, um dos dois medalhistas da escola mu­nicipal Oneide de Souza Tavares, na região metropolitana de Belém. Com as aulas extras que deu ao jovem, o profes­sor despertou sua atenção para uma car­reira que ele nem sequer cogitava: a de professor da disciplina.
Várias pesquisas já sinalizaram que o que mais angustia os alunos em relação à matemática são as fórmulas despejadas na lousa sem nenhuma conexão com o mundo real.

Intuitivamente, esses professores im­plantaram em suas escolas práticas con­sagradas em países que oferecem um ensino de matemática de alto nível. Só conseguiram isso porque não se deixa­ram paralisar pelas adversidades de or­dem prática nem por bandeiras ideoló­gicas que tentam banir o princípio da meritocracia do ensino brasileiro. Ao contrário, souberam cultivar talentos acima da média. "Quando percebo que um aluno tem aptidão para os números, não penso duas vezes: eu o incentivo a resolver problemas cada vez mais com­plexos", conta Antônio de Pádua Quei­roz, de 56 anos, que assim conseguiu fazer de Erick Rodolfo Trindade, de 15, um dos dois medalhistas da escola mu­nicipal Oneide de Souza Tavares, na região metropolitana de Belém. Com as aulas extras que deu ao jovem, o profes­sor despertou sua atenção para uma car­reira que ele nem sequer cogitava: a de professor da disciplina.

Várias pesquisas já sinalizaram que o que mais angustia os alunos em relação à matemática são as fórmulas despejadas na lousa sem nenhuma conexão com o mundo real. Um grande erro. Diz o ame­ricano John Allen Paulos, autor do livro Innumeracy (em português, algo como "analfamatematismo"): "Não são as fór­mulas que limitam a liberdade de pensa­mento, e sim a incapacidade dos professores em usá-las para traduzir o mundo em que vivemos". Da cidade de Coruripe, a 80 quilômetros de Maceió, vem um bom exemplo de como, à base de inicia­tivas bem simples, os alunos passam a ver um propósito prático nas equações da lousa. Na escola municipal General Gois Monteiro, Djalma Nascimento, de 43 anos, sedimenta conceitos de trigonome-tria calculando ângulos nas dependências do colégio. "Com esse tipo de aplicação, meus alunos perderam o pavor da mate­mática", comemora o professor, que em­placou dois deles entre os medalhistas da última olimpíada.
 

O grupo de professores campeões constitui, antes de tudo, um exemplo de esforço. Egressos de famílias pobres, eles tiveram o diploma universitário fes­tejado como um troféu pelos parentes, que, em sua esmagadora maioria, não foram tão longe. Seu desempenho uni­versitário contrasta com o do típico estu­dante que conclui o curso superior de matemática no Brasil — a média no úl­timo exame aplicado pelo Ministério da Educação não passou de 27 em uma pro­va que vale 100. Está aí a raiz do péssimo ensino da disciplina. Diz o doutor em matemática Elon Lages Lima, autor do livro Matemática e Ensino: "A maioria dos professores nem sequer domina os fundamentos da matéria que ensina".
O mau ensino dos números é um obs­táculo e tanto para que o Brasil comece a sonhar em ser um país que produza ino­
vações científicas em grande escala. Para ter uma medida do atraso nesse campo, em 2010 os chineses solicitaram o regis­tro de mais de 12000 patentes — 25 ve­zes o número brasileiro. Nas economias emergentes, é crescente a demanda por  matemáticos e profissionais afins. Tudo isso só reforça a necessidade de multi­plicar os bons exemplos dos professores que despontaram na última olimpíada. O Brasil precisa de gente como Greiciane Lima, que, com apenas 25 anos, apa­rece no topo do ranking de docentes do Maranhão. Ela encara seu ofício como uma missão: "Quero formar um bata­lhão de bons matemáticos". Bons mate­
máticos são aqueles que enxergam na sua área não apenas verdade, mas "su­ prema beleza — a beleza fria e austera, como a da escultura". A frase é do filó­sofo, historiador — e matemático — in­glês Bertrand Russell.   
  
        

Leia reportagem na íntegra(Veja - edição 2231, 24 de agsto de 2011/pag 104)

Por Gabriela Roméro e Helena Borges

2 comentários:

  1. bom- dia !!!
    tenho interesse de comprar panos p pratos.
    gostaria de mais informaçoes sobre como comprar...
    aguardo resposta de vcs.
    meu zap 81821405

    ResponderExcluir
  2. nao desista dos seus sonhos......

    ResponderExcluir