segunda-feira, 2 de julho de 2012

Brancos ganham o dobro que negros e dominam Ensino Superior no país, mostra Censo 2010

De acordo com levantamento, essa realidade é ainda mais acentuada na região Sudeste, onde os rendimentos recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos negros


Dados do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que os brancos continuam ganhando e estudando mais que os negros (pretos e pardos) no Brasil.
De acordo com o levantamento, essa realidade é ainda mais acentuada na região Sudeste, onde os rendimentos recebidos pelos brancos correspondem ao dobro dos pagos aos pretos. A menor diferença foi observada na região Sul, onde a população branca ganha 70% mais que a preta.
Segundo Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, esses indicadores pouco mudaram com o passar dos anos. “Nós até observamos uma redução da desigualdade nesse aspecto, mas a queda é muito tímida”, diz.
Para a o analista, a cidade de São Paulo serve como um “ótimo exemplo” dessas desigualdades. “A população do Alto de Pinheiros [bairro da zona oeste], por exemplo, é majoritariamente branca, enquanto em Parelheiros [bairro no extremo da zona sul] predomina a população negra."
“O rendimento médio domiciliar per capita de Parelheiros corresponde a 10% do rendimento dos moradores do Alto de Pinheiros. Não por acaso, a população negra do Alto de Pinheiros, assim como a branca de Parelheiros, é inexpressiva”, afirma Mariano, citando dados do IBGE.
O levantamento ainda constatou uma maior proporção das pessoas que se autodeclararam brancas entre os grupos de segurados da Previdência Social, bem como entre os empregadores (3% entre os brancos contra 0,6% entre os pretos e 0,9% entre os pardos).
Ensino superior
O Censo 2010 mostra que os brancos também dominam o ensino superior no país: do grupo de brasileiros com idade entre 15 e 24 anos que, em 2010, estavam inscritos em curso de graduação, 31,1% eram brancos, 13,4% eram pardos e 12,8% eram pretos.
A pesquisa ainda observou diferenças relevantes na taxa de analfabetismo entre as categorias de cor e raça. Enquanto para o total da população a taxa de analfabetismo é de 9,6%, entre os brancos esse índice cai para 5,9%. Já entre pardos e pretos a taxa sobe para 13% e 14,4%, respectivamente.

Fonte: UOL Educação
http://www.todospelaeducacao.org.br

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