sábado, 14 de julho de 2012

Falta de infraestrutura castiga os estudantes da rede pública

No Distrito Federal, a realidade ainda está muito longe da inclusão digital nas escolas públicas. Isso porque as unidades da rede não possuem estrutura adequada para fazer com que os alunos tenham acesso ao computador e à internet

O governo tem anunciado a distribuição de 600 mil tablets para professores do Ensino médio da rede pública de Ensino. Porém, na contramão do otimismo, projetos antigos ainda estão engatinhando, como o Um Computador por Aluno (UCA), que tem como objetivo ser um plano educacional utilizando tecnologia e inclusão, distribuindo computadores portáteis para Alunos e professores da educação Básica.
No Distrito Federal, a realidade ainda está muito longe da inclusão digital nas escolas públicas. Isso porque as unidades da rede não possuem estrutura adequada para fazer com que os Alunos tenham acesso ao computador e à internet. Muitas não têm laboratórios, professores específicos e equipamentos. E as que possuem algum computador sofrem com problemas como falta de manutenção.
Não há aula de informática em 64 escolas públicas do DF, como no Centro de Ensino fundamental 08 do Gama. “Não tínhamos professor, mas já foi providenciado e as aulas deverão iniciar em breve. O problema é que não temos manutenção, ninguém nos oferece esse apoio e nem temos verba para investir nisso. A inclusão digital nas escolas é bem complicada, não tem uma que esteja funcionando”, afirma o vice-diretor Wilson Tiago.
E os Alunos também reclamam, sentem falta de um espaço ideal para estudar e acessar a internet. “Tem a sala de informática aqui na escola, mas nunca a abriram, não sei nem como é lá dentro. O que acho errado, pois é fundamental para o nosso aprendizado”, reclama a estudante Betânia Ferreira.
O estudante Abner Carvalho sente falta de um apoio digital e pede a abertura do laboratório de informática para os Alunos. “Acho que aprenderíamos muito mais, pois seria uma forma de prender mais a nossa atenção, de nos interessarmos mais pela matéria. Tomara que abram logo essa sala”, clama.
No Centro Educacional 104 do Recanto das Emas, a situação não é diferente. De acordo com um funcionário que preferiu não se identificar, o laboratório da escola foi montado com a ajuda de voluntários, mas está inativo por falta de recursos. “Quando ele começar a ser usado, vai ter que ser pelos professores mesmo, pois não temos um monitor de informática. Além disso, não tem equipamento suficiente para cada Aluno. Eles terão de se revezar”, afirma.
Para as alunas Rafaela e Lúcia, o computador faria toda a diferença na hora de estudar. “Poderíamos fazer pesquisas na hora da aula e aprender melhor. Acho que a turma seria mais interessada”, comentam.

Fonte: Jornal de Brasília (DF)

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